Facebook (Thomas Hodel/Reuters)
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A medida
seria aplicada para cidadãos dos sete países muçulmanos afetados por uma ordem
executiva de Donald Trump
O governo dos Estados
Unidos está cogitando exigir senhas de acesso às redes sociais dos
cidadãos dos sete países citados no decreto anti-imigração do presidente Donald
Trump. Em audiência no Congresso, o secretário de Segurança Nacional, John
Kelly, comentou que a medida pode ser parte do plano para reforçar o controle
sobre refugiados e estrangeiros.
Questionado
sobre uso das redes sociais para avaliar imigrantes, Kelly comentou que o
governo tem pensado em outros planos, enquanto a Justiça americana analisa a ordem executiva de Trump. No dia 27 de
janeiro, o presidente decidiu vetar a
entrada, por 90 dias, de estrangeiros do Iraque, Síria, Irã, Líbia,
Somália, Sudão e Iêmen.
“Queremos entrar
em suas redes sociais, com senhas”, disse Kelly, em conversa com Comissão de
Segurança Interna do Congresso. “Pode demorar um mês, ou algum tempo, para
analisarmos, mas se não quiserem nos dar as informações, então não entram”,
afirmou.
De acordo com o
secretário, a medida seria uma forma de coletar informações sobre imigrantes
que oferecem perigo aos Estados Unidos, que podem não estar disponíveis
publicamente. “É muito difícil realmente vetar as pessoas desses sete países,
pois muitos não têm estrutura interna ou têm governos falhos”, disse Kelly.
O secretário
ressaltou que a análise das redes é uma possibilidade que ainda está sendo
discutida, junto a outros mecanismos de segurança. “Quando alguém diz ‘Sou
desta cidade e essa é minha profissão’, os oficiais têm essencialmente só a
palavra deste indivíduo”, comentou Kelly. “Eu francamente não acho que seja o
suficiente e o presidente Trump também não acha. Temos que, talvez, adicionar
algumas camadas de segurança”, disse.
Pedir senhas a
imigrantes e turistas não é uma ideia inovadora da gestão de Trump. Segundo a
emissora NBC, o Departamento de Segurança Nacional já avaliou a medida
durante a administração de Barack Obama, mas não chegou a adotar a
política. Em dezembro, o governo começou a pedir que turistas
informem voluntariamente o endereço de seus perfis públicos nas redes, informou
o site Politico. A opção aparece nos formulários preenchidos por
visitantes dos 38 países que têm isenção de visto de turismo para os Estados
Unidos. O campo, porém, não é obrigatório.
(Com AFP)
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