AGU recorre contra liminar que barrou nomeação de Moreira Franco | Rio das Ostras Jornal

AGU recorre contra liminar que barrou nomeação de Moreira Franco

AGU afirmou que suspensão da posse de Moreira Franco
 pode provocar 'danos irreparáveis ao país'
 (ANDRESSA ANHOLETE/AFP)
Juiz comparou a indicação do peemedebista à de Lula na Casa Civil ao suspender sua posse
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu na noite desta quarta-feira contra a liminar do juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, que suspendeu a posse de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O recurso foi apresentado à Presidência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Em sua decisão, o juiz Rocha Penteado comparava a nomeação de Moreira Franco com a posse de Lula na Casa Civil em março do ano passado. Na época, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que a nomeação do ex-presidente por Dilma Rousseff visava dar foro privilegiado ao petista, que era réu na Operação Lava Jato. A ação popular que motivou a liminar alega “desvio de finalidade” e “ofensa à moralidade” na nomeação de Moreira Franco.
A argumentação da Advocacia-Geral da União repete o discurso feito pelo peemedebista, no dia de sua posse, de que a situação dele e do petista são “distintas”. “Primeiramente, porque o ministro Moreira Franco, ao contrário do ex-presidente, já exercia funções no atual governo, como secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criado em setembro de 2016. A transformação do cargo, afirma a peça, teve como finalidade fortalecer o programa governamental”, diz nota do órgão.
O texto afirma ainda que não há qualquer caso concreto que coloque sob suspeita o ato de nomeação, já que a ação popular cita somente o vazamento de delações que ainda estão sob sigilo. “Com o devido respeito, não há nada nos autos que dê a mínima pista de que o ato presidencial visava obstruir a Justiça”, diz um trecho do recurso.
Ainda de acordo com o comunicado da AGU, dizer que o objetivo da nomeação é conferir foro privilegiado, como alegavam os autores, é ilação. “Tampouco isso poderia conferir qualquer privilégio pois o ministro está atualmente sujeito a julgamento pela mais alta corte do país.”
A Advocacia-Geral da União diz ainda que a manutenção da liminar pode provocar grave lesão à ordem pública e administrativa, capaz de provocar “danos irreparáveis ao país”.
Nomeação
No dia 2 de fevereiro, o presidente Michel Temer (PMDB) nomeou Moreira Franco ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, pasta que havia sido extinta por Dilma e que foi recriada para abrigar o peemedebista – ela agrupou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), as secretarias de Comunicação e Administração e o Cerimonial da Presidência.
Moreira Franco era um dos principais articuladores políticos do governo Temer, mas o fato de não ocupar formalmente um cargo no primeiro escalão o deixava sem foro privilegiado em um momento delicado para o peemedebista, que havia sido citado em delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Claudio Mello Filho.

(Com Estadão Conteúdo)
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