Cirurgias eletivas em hospitais do Corpo de Bombeiros do RJ estão suspensas | Rio das Ostras Jornal

Cirurgias eletivas em hospitais do Corpo de Bombeiros do RJ estão suspensas

Cirurgias eletivas estão suspensas em hospitais do Corpo
de Bombeiros (Foto: Reprodução TV Globo)
Corporação culpa caos financeiro e informa que exames laboratoriais também estão restritos a casos de emergência. Militares reclamam repasses de fundo de saúde.
Estão suspensas as cirurgias eletivas (aquelas que não são emergenciais) em unidades de saúde do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Questionada, a corporação informou ao G1 na noite desta segunda-feira (16) que algumas empresas pararam de fornecer materiais cirúrgicos por falta de pagamento e, por isso, a instituição precisou fazer "opções". Segundo o Corpo de Bombeiros, a causa para a paralisação nos serviços é a crise financeira do Rio de Janeiro.
Enquanto isso, se multiplicam as reclamações de militares que contam com os atendimentos nas 60 unidades da rede de saúde da corporação. O problema estaria ocorrendo desde meados de dezembro último, segundo a instituição.
Os quase 15.600 bombeiros do Rio contam com a rede para serem atendidos em hospitais, postos médicos, policlínicas e odontoclínicas. Em nota, a corporação ressaltou que cirurgias emergenciais continuam sendo feitas e que suspender as operações eletivas foi uma forma de "manter a excelência de todos os procedimentos emergenciais".
A realização de exames laboratoriais também preocupa os servidores. A corporação informou que a empresa contratada para prestar o serviço não foi paga integralmente e, por isso, só estão sendo realizados exames de "análises clínicas de pacientes internados e emergenciais".
"A minha esposa está aguardando uma cirurgia de hérnia abdominal pós-cesárea e o médico dela, no HCAP [Hospital Central Aristarcho Pessoa], informou que não tem previsão para essa cirurgia e, inclusive, elas estão suspensas", desabafou um bombeiro que pediu para não ser identificado.
Fundo de Saúde
Fora as suspensões de cirurgias e exames, bombeiros estão indignados porque o Estado desconta mensalmente ao menos 10% do salário deles para pagar o custeio dos serviços de saúde. O valor que é arrecadado vai para o Fundo de Saúde dos militares e, então, é repassado pela Secretaria de Estado de Fazenda para a corporação, que fica responsável pela gestão dos recursos.
"A nossa maior preocupação é em relação ao Fundo de Saúde. Se cada bombeiro colabora com 10% e 1% por dependente, é um valor que não pertence ao Estado, e nem ao Corpo de Bombeiros, mas sim ao militar, e deve ser utilizado exclusivamente nisso [na saúde]", explica o presidente da Associação de Bombeiros Militares do RJ, Mesac Eflain.
Ainda segundo Eflain, o repasse do governo para o Fundo de Saúde do Corpo de Bombeiros não tem sido realizado há meses e o passivo estaria em torno de R$ 20 milhões. Até o fechamento desta reportagem, a Secretaria de Estado de Fazenda não informou se há atraso no repasse.

Do G1 Rio
Postar no Google +

About Redação

This is a short description in the author block about the author. You edit it by entering text in the "Biographical Info" field in the user admin panel.
    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!