Manifestantes se posicionam em frente à igreja que foi invadida
na semana passada (Foto: Cristina Boeckel)
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Um homem foi
preso com pedras, segundo a PM. Servidores entregam rosas a PMs como
demonstração de paz.
Servidores e
outros manifestantes protestavam no entorno da Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj) por volta das 14h desta segunda-feira (12) contra o pacote de
austeridade do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Com cartazes e bandeiras,
eles questionavam as medidas. Por volta das 11h30, as ruas Primeiro de Março e
um trecho da Presidente Antônio Carlos estavam interditadas ao trânsito. No
mesmo horário, o desvio era feito pela Almirante Barroso. Por volta das 12h, um
homem foi detido com pedras e levado para a 9ªDP (Catete).
Na manhã desta
segunda, a Polícia Militar disse que iria mudar a estratégia de segurança no
entorno da Casa para tentar evitar protestos violentos como os que aconteceram
nas últimas semanas durante as manifestações contra o pacote de austeridade
enviado pelo Governo. De acordo com o major Ivan Blaz, porta-voz da Polícia
Militar, a Força Nacional ficará posicionada atrás das grades que protegem a
Alerj e só sairá de lá caso seja atacada. Para evitar depredação e prejuízos
durante possíveis protestos, estabelecimentos da região e agências bancárias
chegaram a instalar tapumes nas vitrines após os protestos da semana passada.
Depois dos
últimos protestos violentos no Centro, manifestantes entregaram rosas brancas a
PMs. O objetivo é evitar que o clima de tensão, que culminou em bombas
disparadas a esmo e policiais atirando de dentro da Igreja São José, não se
repita nesta segunda-feira.
Nesta semana, a
votação será retomada na terça-feira (13), às 13h. O primeiro projeto a ser
votado será o projeto de lei 2.242/16, que prevê aumento das alíquotas do ICMS.
Das 22 propostas originais, 10 foram devolvidas ou retiradas de pauta e 12
foram discutidas.
O adiamento das
votações desta segunda-feira foi justificado pela presidência da Casa pela
necessidade de mais tempo de negociação, mas deputados ouvidos pelo G1 dizem
que a decisão foi motivada também para desmobilizar as manifestações contra o
pacote de austeridade.
Os projetos
seriam votados até esta segunda, mas quatro deles só vão ser definidos na
quarta. Entre eles, está o texto polêmico que aumenta percentual de
contribuições previdenciária e patronal para o RioPrevidência. Pelo projeto, a
contribuição previdenciária dos servidores estatutários, ativos e inativos,
assim como pensionistas, pode passar dos atuais 11% para 14%. Além disso, a
contribuição patronal pode passar de 22 para 28%.
Também seriam
votadas na quarta-feira o texto que determina que a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) de cada ano contenha os limites percentuais de despesas dos
poderes Legislativo e Judiciário em relação à Receita Corrente Líquida (RCL); o
projeto de lei que limita o crescimento da despesa de pessoal dos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário e suas autarquias a 70% do aumento real da
Receita Corrente Líquida do ano anterior; e o projeto que adia para o ano de
2020 os aumentos salariais aprovados em 2014 e que entrariam em vigor em 2017,
2018 e 2019.
Reforço na segurança
Segundo a PM,
para evitar que manifestantes se aproximem da Alerj com artefatos explosivos,
os PMs ficarão no entorno da Casa fazendo revistas. “A Polícia Militar está com
um procedimento preventivo com a tropa de Choque no interior [da Alerj], por
trás do gradeamento, que só irá sair se for atacado. Faremos também um cinturão
de segurança aqui na região para poder nos preservar tanto os museus, igrejas,
antigas aqui do Centro da cidade, mas também para abordarmos cidadãos que
estejam com explosivos”, explicou o major Ivan Blaz.
Segundo Blaz, a
ideia é permitir que a manifestação ocorra naturalmente e que os manifestantes
possam se aproximar da Alerj para exercer o seu direito. “O nosso objetivo principal
é impedir que artefatos explosivos cheguem à essa proximidade”, disse o
porta-voz da PM.
A Polícia
Militar também está trabalhando para identificar os grupos de manifestantes que
tem tumultuado com violência os protestos em frente à Alerj. Imagens de câmeras
da região estão sendo analisadas pela polícia para ajudar nessa identificação.
“Nós temos aqui
vários minutos de imagens que mostram condutas absurdas de determinados
manifestantes, pessoas que não necessariamente são servidores do estado, tudo
isso coletado pela nossa Coordenadoria de Inteligência e todos esses dados
estão sendo encaminhados para as suas devidas corregedorias e também para a
Polícia Civil”, disse o major Ivan Blaz.
Do G1 Rio
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