Em depoimento à Justiça Eleitoral
no processo que visa a cassação da chapa Dilma-Temer, Delcído do Amaral
confirmou o que disse
anteriormente Otávio Azevedo: dinheiro da propina de Belo Monte foi
p
arar na campanha 2014 de Dilma Rousseff.
Delcídio também comentou que
Ricardo Pessoa lhe revelou sobre propina de Angra 3 sendo enviada para ajudar a
eleição da petista.
O ex-senador ainda foi questionado
se Dilma sabia do esquema. Ele respondeu que seria impossível a ex-presidente
não saber.
Sobre Michel Temer, pegou um pouco
mais leve. Quem acompanhou a audiência disse que Delcídio comentou desconfiar
que o atual presidente soubesse do esquema, mas não podia afirmar isso
peremptoriamente pois, pelo que percebeu, ele realmente era “um
vice-decorativo”.
Apesar das acusações, os advogados
pediram que Delcídio entregasse provas do que falou e ele não as apresentou,
por isso, para a defesa de Dilma Rousseff, as falas de Delcídio são as de “um
ressentido que faltou com a verdade”.
Aécio
Durante o depoimento, Delcídio foi
questionado sobre a campanha do senador Aécio Neves.
Ele disse que teria de ser
honesto, por isso não poderia falar apenas de um lado.
Também sem apresentar dados
concretos, disse ser possível que algum tipo de propina tivesse chegado à
campanha uma vez que o PSDB possuía diversos governos estaduais com contratos
com empreiteiras da Lava-Jato e que esse era o sistema vigente na política.
Na oitiva, o ex-senador ainda
aliviou a barra do filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso.
Segundo ele, são injustas as
acusações de que houve direcionamento da Petrobras para o fechamento de um
contrato com uma empresa de Paulo, como havia dito Nestor Cerveró em seu
depoimento.
Por fim, Delcídio negou ter
conhecimento de irregularidades em suas próprias campanhas. Segundo ele, se
dinheiro de propina o financiou, ele nem ficou sabendo.
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