Carro do IML
em frente à Escola Estadual Santa Felicidade,
em Curitiba (João Carlos Frigério/Massa News)
|
Jovem era amigo da vítima, ambos
haviam usado uma droga sintética. Crime aconteceu em um colégio estadual
ocupado por estudantes em Curitiba (PR)
As polícias Civil e Militar do
Paraná prenderam no fim da tarde desta segunda-feira um adolescente de 17 anos
que confessou ter matado Lucas
Eduardo Araújo Lopes, de 16 anos, no colégio estadual Santa Felicidade,
em Curitiba, ocupado por estudantes contrários à reforma do Ensino Médio e a
PEC 241, que impõe um teto aos gastos públicos. Os dois adolescentes estudam no
colégio.
Segundo a Secretaria de Segurança
Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), o rapaz preso alegou
ter esfaqueado o colega no pescoço e no peito em uma tentativa de se defender
após um desentendimento, enquanto ele e Lopes usavam uma droga sintética
conhecida como “balinha”. O adolescente morreu ainda dentro do colégio.
“Ele confessou que por causa dos
efeitos da droga, teriam ficado alterados e o grupo então solicitou que eles
saíssem do local, indo para o alojamento, onde se desentenderam. A vítima teria
partido para cima do autor, que portava uma faca de cozinha no bolso e que
então teria se defendido atacando o outro adolescente, de quem era amigo de
infância”, explicou o secretário Wagner Mesquita.
Segundo a Sesp, o jovem de 17 anos
disse ter fugido do colégio pulando a janela e o muro. Ele foi preso em sua
casa, que também fica no bairro Santa Felicidade, por agentes do serviço
reservado da Polícia Militar.
A respeito do colégio ocupado por
estudantes, Mesquita ressaltou que “essa escola, inclusive, tinha o pedido de
reintegração de posse feito pela Procuradoria Geral da República (PGE) e estava
em análise da Justiça. A mesma PGE havia solicitado atuação mais firme do
Conselho Tutelar e do Ministério Público, prevendo a exposição desses
adolescentes ao risco. O Conselho visitou essa e outras escolas e disse que
estava tudo bem”.
Por meio de nota, o governador do
Paraná, Beto Richa (PSDB), disse que o caso é “gravíssimo e lamentável” por ter
acontecido dentro de uma escola “que deveria estar cumprindo a sua missão de
irradiar a luz do conhecimento e a formação da cidadania”. “A ocupação de
escolas no Paraná ultrapassou os limites do bom senso e não encontra amparo na
razão, pois o diálogo sobre a reforma do ensino médio está aberto, como bem
sabem todos os envolvidos nessa questão”, diz o texto divulgado pelo governo.
O movimento Ocupa Paraná,
responsável pela invasão do colégio, também soltou uma nota dizendo que “não há
nenhuma informação concreta sobre a motivação dessa morte” e que os seus
advogados foram impedidos de entrar no colégio. Nas redes sociais, o grupo pede
o “Fora Temer, Fora Richa e Fora Mendonça”.
No balanço desta segunda-feira,
havia 792 escolas da rede estadual ocupadas, de um total de 2.100. Após o
crime, os alunos que ocupavam a escola deixaram o local.
Veja.com
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