Na primeira reunião após quatro
meses de paralisação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Olimpíada da
Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira pedido para
que o Instituto Carlos Éboli e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
encaminhem os laudos sobre a queda, em abril, da Ciclovia Tim Maia, causando a
morte de duas pessoas.
Proponente da CPI, o vereador
Jefferson Moura (Rede) apresentou requerimento de convocação para ouvir como
testemunha o secretário de Projetos Estratégicos e Concessões de Serviços
Públicos e Parcerias Público-Privadas do Rio de Janeiro, Jorge Arraes, e o
presidente da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe), Armando Queiroga.
Os quatro demais membros foram
contrários e argumentaram que é preciso primeiro analisar toda a documentação
disponível, que soma 22 mil páginas, e pedir mais esclarecimentos sobre as
dúvidas dessa análise, antes de qualquer convocação. Para Moura, trata-se de
manobra para protelar a investigação, já que todos os outros membros são do
PMDB, partido do prefeito Eduardo Paes.
“A situação é muito preocupante, pois a última
reunião foi em maio. Depois de quatro meses, a CPI se reúne e se recusa a
convocar os responsáveis. Na verdade, ela se reuniu e marcou mais uma reunião.
Na minha opinião, fica clara a busca da base do governo aqui na Câmara de fazer
um bloqueio às investigações, não há interesse da parte deles na transparência,
infelizmente”.
O vereador explicou que uma parte
dos documentos foi entregue em abril e uma parte há cerca de duas semanas,
quando a Justiça determinou a volta dos trabalhos. “Isso não se justifica,
porque ouvir os responsáveis nos ajuda na análise da documentação e já há uma
farta documentação analisada. Há muitas questões em aberto que precisam ser
respondidas”.
Entre as suspeitas apontadas pelo vereador
estão a de superfaturamento na demolição do Autódromo de Jacarepaguá e remoção
dos entulhos, uma “possível reunião” para discutir parâmetros de licitação que
beneficiariam o consórcio vencedor e que pode ter tido a participação de
secretários, além de contratos não condizentes com o que foi entregue no Porto
Maravilha e na arena de tênis.
AGÊNCIA BRASIL
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