Aliados de Dilma questionam
depoimento de Antônio Carlos Costa D’Ávila. Auditor do TCU admitiu que ajudou a
elaborar representação do MP.
Aliada da presidente afastada
Dilma Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) solicitou na manhã desta
sexta-feira (26), na retomada do julgamento da petista no processo de
impeachment, que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Ricardo Lewandowski, que seja desqualificado do depoimento dado na véspera pelo
auditor de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Carlos
Costa D’Ávila.
O auditor da corte de fiscalização
foi o segundo a depor no julgamento da petista no Senado nesta quinta-feira
(25), primeiro dia de julgamento. Ele foi ouvido pelos senadores na condição de
testemunha de acusação.
Ao longo do depoimento, que
avançou pela madrugada desta sexta, Antônio Carlos Costa D’Ávila foi
questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre se havia auxiliado
o procurador do Ministério Público de Contas junto ao TCU Júlio Marcelo de
Oliveira a elaborar a representação que apontou que Dilma atrasou pagamentos do
Plano Safra de 2015 ao Banco do Brasil.
A manobra, batizada de
"pedalada fiscal", é um dos pontos que embasaram o pedido de
impeachment apresentado contra Dilma pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio
Bicudo e Janaina Paschoal.
Ao responder ao questionamento de
Randolfe, Costa D’Ávila admitiu que havia auxiliado o procurador a elaborar e a
revisar a peça que acusou a presidente afastada de ter descumprido a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
"Não pode o juiz redigir a
peça acusatória. Nós não podemos aceitar o doutor D’Ávila como testeumunha
desse processo. Vamos fazer representação quanto a isso nos orgãos competentes.
Vamos pedir a desqualificação dessa testemunha", declarou Gleisi no
plenário do Senado.
Do G1, em Brasília
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