A jurista
Janaína Paschoal durante sessão de julgamento final do processo
de
impeachment, da presidente afastada Dilma Rousseff - 25/08/2016
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Sessão do
impeachment deve ter pedido para presidente do Supremo considerar parciais
ex-integrantes do governo petista
A professora
de Direito Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff, disse que vai questionar a suspeição das testemunhas
arroladas pela defesa da petista a serem ouvidas a partir desta sexta-feira no
Senado. Janaina deve questionar a parcialidade de ao menos cinco das seis
testemunhas de defesa. “Nós vamos contraditar e cobrar que seja adotado o mesmo
critério”, disse ela ao fim da primeira sessão, após a meia-noite desta
sexta-feira. O questionamento deve ser apresentado logo na retomada dos
trabalhos, agendada para as 9 horas.
O presidente
do Supremo Tribunal Federal e do julgamento do impeachment, Ricardo
Lewandowski, rebaixou a principal testemunha de acusação nesta quinta, a pedido
depois de indagação do advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo. O
procurador de Contas Julio Marcelo de Oliveira passou da condição de testemunha
para informante (sem compromisso de dizer a verdade) por causa de uma postagem
no Facebook considerada parcial pelo ministro.
De
puxadinho, Cardozo comanda tática do PT no impeachment
Janaina
afirmou que o Lewandowski adotou um critério “conservador” e “mais rígido” do
que o que vigorava na comissão do impeachment. Segundo ela, atualmente é comum
integrantes do Ministério Público, juízes e até ministros do Supremo tecerem
comentários políticos nas redes sociais.
“Nenhuma
testemunha nossa é tão vital como era Júlio Marcelo para a acusação”, minimizou
Cardozo. “Se não for importante para nós vamos evitar a polêmica.”
O presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), havia dito a jornalistas que, por causa
da decisão de Lewandowski, as próximas testemunhas da defesa deveriam receber
“tratamento semelhante” ao do procurador Julio Marcelo.
Também foi
ouvido nesta quinta-feira o auditor do Tribunal de Contas da União Antônio
Carlos D’Ávila Carvalho. A sessão demorou quase quinze horas.
As
testemunhas de Dilma são o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, o
consultor jurídico Geraldo Luiz Mascarenhas Prado, o ex-ministro da Fazenda
Nelson Barbosa, a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck (que ganhou
cargo no Senado a pedido da petista Gleisi Hoffman), o ex-secretário executivo
do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa e o advogado Ricardo Lodi.
Veja.com
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