Tony Blair diz que se arrepende da guerra no Iraque e pede desculpas | Rio das Ostras Jornal

Tony Blair diz que se arrepende da guerra no Iraque e pede desculpas

Foto mostra o ex-ministro britânico, Tony Blair, reunido com soldados
 na base logística de Shaibah, em Basora, no Iraque em 22 de dezembro
 de 2005 (Foto: Kirsty Wigglesworth/AP)
Investigação diz que o Reino Unido entrou no confronto prematuramente. Consequências da invasão foram subestimadas.
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair pediu desculpas nesta quarta-feira (6) pela guerra no Iraque e expressou seu arrependimento apesar de insistir que não mentiu para envolver o Reino Unido no conflito.
Uma investigação sobre a guerra iniciada em 2003 apontou que o Reino Unido entrou no confronto prematuramente, antes de esgotar as opções de um desarmamento pacífico do regime de Saddam Hussein.
"Expresso pena, arrependimento, e peço desculpas pelo que vocês nunca saberão ou imaginarão", escreveu em uma mensagem divulgada após a publicação dos resultados de uma investigação oficial muito crítica em relação ao envolvimento britânico neste confronto.
"Peço humildemente que o povo britânico aceite que tomei aquela decisão porque achei que era a correta, baseando-me na informação de que dispunha. Peço que as pessoas se coloquem no lugar de um primeiro-ministro", disse ainda, recordando que o regime de Saddam Hussein "era capaz de realizar ações imprevisíveis e catastróficas".
Na época, o principal argumento do premiê era que Saddam Hussein representava uma ameaça imediata ao Reino Unido devido ao seu suposto arsenal de armas de destruição em massa. Posteriormente, concluiu-se que as armas nunca existiram.
O diplomata John Chilcott, que coordenou a investigação sobre o conflito, apontou que a invasão do Iraque se baseou em justificativas legais "insatisfatórias" e em um serviço de inteligência falho apesar de sinais claros de que não havia planejamento suficiente para estabilizar o país no pós-guerra.
Foto mostra o ex-ministro britânico, Tony Blair, reunido com soldados na base logística de Shaibah, em Basora, no Iraque em 22 de dezembro de 2005 (Foto: Kirsty Wigglesworth/AP)
Foto mostra o ex-ministro britânico, Tony Blair, reunido com soldados na base logística de Shaibah, em Basora, no Iraque em 22 de dezembro de 2005 (Foto: Kirsty Wigglesworth/AP)
A investigação aponta que o governo britânico entrou na guerra seguindo de maneira cega os Estados Unidos. Um ano antes do início do conflito, Blair tinha prometido ao presidente americano George W. Bush segui-lo "aconteça o que acontecer".
"Apesar das advertências explícitas, as consequências da invasão foram subestimadas. O planejamento e os preparativos para o Iraque pós-Saddam foram totalmente inadequados", completou Chilcott.
Mais seguro
Blair também afirmou que atacar o regime de Saddam Hussein foi uma boa decisão e que, por isso, "o mundo está mais seguro". "Tomamos a decisão certa. O mundo está melhor e mais seguro", declarou, após uma coletiva de imprensa seguida à divulgação do relatório de uma investigação sobre o conflito.
A invasão do Iraque foi a decisão de política externa mais controversa do Reino Unido em meio século, e praticamente ofuscou qualquer outro legado do ex-líder trabalhista em qualquer outra área, segundo a BBC.

Do G1, em São Paulo
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