Morte de
negro por policiais provocou protestos em Baton Rouge,
capital de Luisiana (Foto: Hilary
Scheinuk/The Advocate/AP)
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Policial de Baton Rouge teria
disparado 4 vezes à queima-roupa. 'Atiraram nele? Desgraçados, meu Deus!', grita testemunha no vídeo.
A polícia da Luisiana matou a
tiros um afro-americano que vendia CDs piratas na porta de uma loja de
conveniência, provocando protestos em mais um caso de suposta violência
policial nos Estados Unidos. Assista
ao vídeo.
Um vídeo gravado por testemunhas e
postado na internet mostra um policial correndo atrás de um homem negro na
madrugada de terça-feira, antes que outro policial o ajudasse a jogar o
suspeito no chão e disparasse contra ele à queima-roupa quatro vezes.
"Atiraram nele? Desgraçados,
meu Deus!", grita a testemunha no vídeo.
A polícia de Baton Rouge, a
capital de Luisiana, identificou o homem atacado como Alton Sterling, de 37
anos, e afirmou que os dois policiais tentaram fazer contato com ele no
estacionamento da loja de conveniência.
Eles teriam ido ao local após a
central receber uma denúncia de uma pessoa que afirmava ter sido ameaçada por
um homem armado.
"Houve uma discussão entre
Sterling e os policiais. Sterling foi baleado durante a discussão e morreu no
local", informa a polícia em seu Facebook, acrescentando que os
procedimentos normais foram seguidos e que os dois agentes envolvidos foram
colocados em licença administrativa.
Mãos ao alto
Cerca de 100 pessoas, incluindo amigos e parentes de Sterling, protestaram próximo à loja e bloquearam as ruas adjacentes.
Cerca de 100 pessoas, incluindo amigos e parentes de Sterling, protestaram próximo à loja e bloquearam as ruas adjacentes.
Os manifestantes exibiam cartazes
com dizeres como "A vida dos negros não importa" e "Justiça para
Alton".
O congressista democrata Cedric
Richmond, que representa o distrito de Luisiana, pediu que o departamento de
Justiça dos Estados Unidos inicie uma investigação transparente do incidente.
"O vídeo do tiroteio é
profundamente preocupante", observou.
"Há várias interrogações sem
resposta em torno da morte do senhor Sterling, incluindo perguntas sobre a
ligação inicial pedindo a presença da polícia, o nível de força usado pelos
agentes, a discussão verbal e física e a atuação dos policiais depois que ele
foi baleado", indica o legislador em um comunicado.
O dono da loja de conveniência
Triple S, Abdullah Muflahi, afirmou ao jornal local "The Advocate"
que as testemunhas viram os policiais depois do tiroteio retirar uma arma do
bolso de Sterling, mas que ele não havia mostrado arma alguma durante a
discussão.
"Realmente houve muita
agressividade contra ele desde o início", observou o comerciante,
acrescentando que os policiais pareciam "estar fora de si" depois do
incidente.
Muflahi indicou ainda que ouviu um
dos policiais dizer ao colega: "Deixa ele".
O grupo de direitos civis Black
Lives Matter (As vidas dos negros importam), referência de muitos casos do tipo
na Luisiana, tuitou: "Já basta. #AltonSterling".
Da France Presse
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