Retrato
falado do suspeito de duplo homicídio
(Foto:
Polícia Civil/Divulgação)
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Duplo homicídio poderia ser 'em
qualquer outro lugar', diz delegada.
Apesar do clima de medo em Rio das
Ostras, na Região dos Lagos do Rio, os três homicídios registrados em menos de
24 horas na cidade não fogem da média, afirma o comandante do 32º Batalhão de
Polícia Militar, tenente-coronel Marcos Vollmer. Nesta sexta-feira (8), um
homem foi morto a tiros no bairro Cidade Praiana. Na quinta (7), um homem a uma
mulher foram assassinados ao saírem de uma casa noturna no bairro Jardim
Marileia, na região central. Para a delegada da 128ª DP, Juliana Rattes, o
duplo homicídio de quinta-feira poderia ter ocorrido "em qualquer outro
lugar".
As investigações do assassinato de
Maique dos Santos Campos, de 28 anos, e Paloma Brandão, de 24 anos, mortos após
saírem da boate, estão avançadas, segundo a delegada Juliana Rattes. De acordo
com ela, a discussão poderia ter acontecido em qualquer cidade.
"Foi motivo fútil. Não tem um
porquê. Foi em Rio das Ostras, mas podia ser em qualquer outro lugar. A gente
sabe quem praticou, só não sabemos o nome dele. Foi uma discussão, ele tinha
uma arma. Temos oitiva da vítima sobrevivente e de uma testemunha visual do
crime. O retrato falado foi divulgado para ter a identificação do
criminoso", afirmou.
O comandante do 32º BPM analisa a
situação como preocupante, mas dentro da média de segurança. "Está dentro
da média de cálculo da meta de segurança. Não estou justificando crime, mas não
foge à normalidade", disse Marcos Vollmer, acrescentando, ainda, que
mobiliza os agentes para evitar os crimes.
"Ninguém está mais preocupado
que nós para evitar esses crimes. A gente não consegue zerar, pois é muito
difícil zerar, ter meta zero. É um sonho. Não depende só da gente, mas também
da população denunciar as situações erradas. Não há previsibildiade de
crimes", continuou o policial militar.
De acordo com o comandante, em Rio
das Ostras, de janeiro a junho, 271 pessoas foram presas, e foram apreendidos
mais de 19 Kg de maconha e 18 Kg de cocaína. Marcos Vollmer também afirma que
os agentes do 32º BPM apreenderam 39 armas, 407 munições e recuperaram 14
veículos neste período.
Retrato
falado do suspeito da morte de um casal
em Rio das Ostras (Foto:
Polícia Civil/Divulgação)
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A PM firmou uma parceria com a
Guarda Municipal de Rio das Ostras para uso de motocicletas em patrulhamento em
áreas de acordo com a mancha criminal. Sobre a possível transferência de
policiais para a capital no período da Olimpíada, ainda não há certeza.
"Quando o secretário
(estadual de Segurança, José Mariano Beltrame) reinaugurou o conselho de
segurança, conversou sobre a tranferencia de policiais, mas não delegou nada. A
principio eu não sei, depende da Força Nacional. Não sei como está o efetivo,
se tem algum contratempo", comentou.
Em nota divulgada à imprensa na
quinta-feira (7), o comando do 32º BPM liga o aumento da criminalidade à crise
financeira pela qual passa o país. "Independente da modalidade do delito a
ser analisado, não podemos esperar que os índices criminais de 2016 fiquem
similares aos de 2015. Como importante fator, não podemos deixar de observar os
altos índices de desemprego que temos no país, e, consequentemente em nossa
região", disse a nota.
Sobre o homicídio desta sexta a
delegada da 128º DP afirma que ele pode ter relação com o tráfico de drogas.
Ela disse que também movimenta ações para coibir os crimes. "Temos tido muita
apreensão de drogas, armas, bastante arma de uso restrito. Aqui, temos duas
facções contrárias que a gente percebe que rivalizam. A gente tenta identificar
esses chefes e integrantes pra prender essas pessoas", explicou.
Do G1 Região dos Lagos
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