Agentes da
Pf chegam em condomínio na Barra da Tijuca
(Foto: Pedro
Figueiredo/TV Globo)
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Dez mandados são cumpridos. Investigações
apuram irregularidades na Eletronuclear.
Agentes da Polícia Federal
cumpriam, na manhã desta quarta-feira (6), 10 mandados de prisão no Rio de
Janeiro e em Porto Alegre relacionados à Operação Lava Jato. A investigação
apura irregularidades na Eletronuclear. Até as 7h43, duas pessoas tinham sido
detidas.
A operação desta quarta, Batizada
de Pripyat, cumpre mandados expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal do Rio. Nove mandados são cumpridos no Rio e um em Porto
Alegre. O alvo principal é o ex-diretor-presidente da Eletronuclear Othon Luiz
Pinheiro da Silva, que já cumpre prisão domiciliar. Ele deve ser levado para a
sede da PF, na Zona Portuária do Rio, e, em seguida, para o Complexo
Penitenciário de Bangu, onde estão os presos da Operação Saqueador, entre eles
o dono da Delta, Fernando Cavendish, e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Além dos mandados de prisão, serão
cumpridos também de busca e apreensão e condução coercitiva — quando alguém
suspeito de ser ligado ao caso é levado para prestar depoimento e depois
liberado.
A ação penal sobre o esquema de
corrupção na Eletronuclear foi desmembrada da apuração do da Petrobras no dia
29 de outubro, e encaminhada para a Justiça Federal do Rio. Com o
desmembramento, deixou de ser julgada no federal no Paraná, onde tiveram início
as investigações da Lava Jato.
Othon está afastado da Eletrobras
desde abril do ano passado por conta das investigações. Em 28 de julho, foi
preso na 16ª fase da Lava Jato, acusado de receber R$ 4,5 milhões de propina
das obras da Usina Nuclear de Angra 3. Inicialmente, o ex-diretor ficou detido
em um quartel do Exército em Curitiba. Em novembro, foi transferido para o 1º
Distrito Naval, no Rio de Janeiro, e atualmente está em prisão domiciliar.
Em junho deste ano, o MPF pediu a
condenação de Othon por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro,
evasão de divisas e obstrução da Justiça. Na ocasião, o advogado do ex-diretor
da Petrobras afirmou que ele só se pronunciaria nos autos.
Em abril, em depoimento na 7ª Vara
Criminal Federal do Rio de Janeiro, o ex-presidente admitiu que usou contratos
de fachada feitos com empresas de amigos para receber dinheiro da construtora
Andrade Gutierrez, mas negou que fosse propina.
Do G1 Rio
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