FBI fez essa
ilustração do ladrão na tentativa de capturá-lo,
sem sucesso
(Foto: FBI / BBC)
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D.B. Cooper sequestrou a aeronave
em 24 de novembro de 1971 e pulou dela a 3 mil metros de altitude; FBI anunciou
que, após 45 anos de investigações, encerrou um dos casos mais impressionantes
de sua história sem resolvê-lo.
Um homem de meia idade, vestido
impecavelmente, foi ao aeroporto de Portland, nos Estados Unidos, e comprou uma
passagem na véspera do Dia de Ação de Graças de 1971 se apresentando como Dan
Cooper.
Assim começou um dos maiores
mistérios não solucionados da história criminal americana.
O homem pegou um voo da Northwest
Orient Airlines com destino a Seattle e sentou-se no fundo do avião junto com
outros 36 passageiros e seis tripulantes.
Pediu uma dose de bourbon com soda
e começou a fumar cigarros Raleigh. Pouco antes da decolagem, ele entregou um
bilhete à aeromoça Florence Schaffner, com 23 anos na época, que guardou o
papel no bolso sem dar muito atenção a ele. Ela comentou depois que acreditava
se tratar de uma proposta sexual, como outras que já havia recebido.
Mas ela estava enganada. O homem
pediu logo em seguida que ela lesse o recado, dizendo que ele escondia uma
bomba e pedindo que se sentasse ao seu lado. Mostrou, então, uma maleta repleta
de cabos e pediu US$ 200 mil (R$ 660 mil) em notas de US$ 20 e quatro
paraquedas.
A aeromoça levou o bilhete ao
piloto, que aterrisou em Seattle, onde Cooper permitiu que os passageiros
desembarcassem junto com duas aeromoças, em troca do que exigia.
A 3 mil metros de altura
Depois de decolar novamente com os
pilotos e uma aeromoça, Cooper mandou que o avião rumasse para a Cidade do
México. Disse especificamente a que altura e velocidade deveriam voar e a
posição em que o avião deveria ser colocado.
Quando estava satisfeito, prendeu
o dinheiro ao corpo e pediu que a aeromoça fosse para a cabine dos pilotos para
que ficasse sozinho.
Em algum lugar entre Seattle e
Reno, no Estado de Nevada, Cooper abriu a porta traseira do Boeing 727 e saltou
de paraquedas a 3 mil metros de altura, em plena noite, sobre as montanhas do
Estado de Washington, sumindo para sempre.
Nunca se descobriu sequer seu nome
real. Ele comprou a passagem como Dan Cooper e, depois, a imprensa passou a se
referir a ele pelas siglas D.B. após o FBI, a polícia federal americana,
investigar um suspeito chamado D.B. Cooper, que era inocente.
Desde então, o FBI já entrevistou
a mais de mil suspeitos. A melhor pista surgiu em 1980, quando um menino se
deparou com um pacote em decomposição contendo US$ 5,8 mil em notas de US$ 20
com números de série que coincidiam com os do saque feito para pagá-lo.
Também encontraram pedaços de
paraquedas e uma gravata preta usada por Cooper, mas nenhum indício concreto do
paradeiro do ladrão.
Fim da investigação
Nesta semana, o FBI finalmente
jogou a toalha. O anúncio foi feito pelo agente Frank Montoya: "Hoje, chegamos
à conclusão de que está na hora de encerrar o caso, porque não há nada
novo".
Colocou assim um ponto final em
uma das investigações criminais mais longas - e mal sucedidas - do FBI.
"Se surgir algum indício
novo, principalmente sobre o paraquedas ou o dinheiro, podemos reabrir o caso e
levar o culpado à Justiça", disse Montoya.
No entanto, até que isso ocorra,
D.B. Cooper pode ficar tranquilo - desde que tenha de fato sobrevivido ao salto
e ainda esteja vivo.
Da BBC
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