'Não trabalho com nenhuma hipótese
nesse sentido', disse Marco Capute. Assunto é polêmico e divide opiniões de especialistas ouvidos pelo RJTV.
O Secretário Estadual de
Desenvolvimento Econômico do Rio, Marco Capute, disse que não é a favor da
privatização da Companhia de Água e Esgoto (Cedae), ao contrário do que
defendem alguns setores do governo federal e especialistas. Segundo Capute, não
há qualquer previsão de que isso venha a acontecer. "No meu pensamento não
será privitizada, não trabalho com nenhuma hipótese nesse sentido", disse
em entrevista ao RJTV nesta quinta-feira (23) .
O assunto é polêmico e divide
opiniões dos especialistas em meio-ambiente ouvidos pela reportagem do RJTV. Há
quem lembre as experiências negativas de empresas privadas nesta área.
Levantamento divulgado pelo
Instituto Trata Brasil mostra que o Rio aparece em 50º lugar no ranking
nacional que avalia os serviços prestados pelas companhias de água e esgoto em
todo o estado. Estão na frente municípios como Niterói, na Região
Metropolitana, Petrópolis, na Região Serrana, Campos, na Região Norte e Volta
Redonda, no Sul Fluminense. A avaliação é que a Cedae não tem investido o
suficiente em saneamento básico. Em todo o estado, a companhia só coleta o
esgoto de menos de 40% dos seus consumidores.
Para o vice-diretor do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Haroldo Matos de Lemos,
é preciso ter cuidado ao discutir a privatização da companhia.
"Algumas privatizações que
nós temos conhecimento, algumas deram certo e algumas não deram certo. então
precisa ter muito cuidado quando você faz, não só privatização mas parceria
público privado, porque um dos problemas sérios é o seguinte: a Cedae tem uma
tarifa social, as pessoas de baixa renda pagam muito pouco pela água. e, apesar
disso, existe uma grande inadimplência, por exemplo, na Baixada Fluminense.
quer dizer, privatizar... o que aconteceria com essas pessoas que não conseguem
pagar nem a tarifa social?"
O consultor do Banco Mundial e
professor da Coppe/Ufrj, Paulo Canedo, calcula que o saneamento na Região
Metropolitana necessita de um investimento de R$ 15 bilhões.
" Não há recursos para
implementar coleta e tratamento de esgoto, recursos públicos. e portanto temos
que lançar mão de recursos privados. se a melhor forma é completamente privado,
se é melhor uma parceria público privado, pouco de capital público e o grosso
do capital privado, isso é uma discussão que tem que ser trabalhada com muito
cuidado por técnicos competentes"
O geógrafo e professor da
Coppe/Ufrj, Marcos de Freitas, seria necessário investimento em tecnologia.
"Precisaria de novas estações de tratamento. precisaria entrar com novas
tecnologias. Eventualmente descentralizando o tratamento. Não precisaria
transportar o esgoto por distâncias tão longas. E você criar novas soluções até
de tratamento dentro do próprio Rio como é feito em alguns lugares. a medida que
ele tratasse e a gente pudesse acompanhar na saída",
G1 Rio
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