Integrantes da cúpula da Odebrecht
estão discutindo os possíveis cenários envolvendo um acordo de delação premiada
de Marcelo Odebrecht com a Justiça. De acordo com a Folha de S. Paulo, as
conversas acontecem de forma reservada.
O jornal apurou que uma pessoa
ligada a Emílio Odebrecht, pai de Marcelo, revelou que uma das preocupações do
grupo é que, por conta das 22 delações feitas até agora na Lava Jato, Marcelo
terá pouco a colaborar com os investigadores. Esse fato dificulta um acordo que
possibilitaria um alívio na eventual punição do executivo preso.
A avaliação de pessoas próximas a
Marcelo é que, se o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, falar, o dono da
Odebrecht ficará ainda mais isolado. Pinheiro está negociando o acordo para a
delação premiada.
De acordo com a reportagem da
Folha, um amigo de Marcelo disse que a opinião geral é a de que ''se ele tiver
que falar, melhor que fale logo''.
O jornal entrou em contato com
Dora Cavalcanti, defensora do empresário. Ela não retornou as ligações da
reportagem. A construtora, por sua vez, negou que existam conversas nesse
sentido.
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