Sete presos
da 17ª fase da Lava-Jato que estão no Paraná
serão
submetidos a exame de corpo de delito.
Foto: Ailton
de Freitas/O Globo
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Preso nesta segunda-feira na 17ª
fase da Operação Lava-Jato, o ex-ministro José Dirceu será transferido nesta
terça-feira para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde passará por
exame de corpo de delito.
Detido por suspeita de receber
recursos desviados de contratos na Petrobras, o petista foi levado,
inicialmente, para a Superintendência da PF em Brasília, mas teve a
transferência para Curitiba autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em
Brasília, Dirceu cumpria prisão domiciliar em função de condenação no processo
do mensalão, em 2012.
“Entendo que a concentração dos
atos de apuração criminal no foro do Juízo que supervisiona o inquérito é
perfeitamente justificável, na medida em que é lá que se encontram em curso as
investigações envolvendo as condutas imputadas ao sentenciado”, escreveu em
despacho o ministro do STF Luís Roberto Barroso, que acompanha a execução penal
das penas imputadas a Dirceu.
Nesta segunda, o ex-ministro
precisou ser atendido por seu médico particular por causa de uma alteração na
pressão arterial. Segundo a PF, ele passa bem.
CORPO DE DELITO E DEPOIMENTOS
Os outros sete presos na 17ª fase
da Lava-Jato passaram a noite na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.
Eles serão submetidos na manhã desta terça-feira a exames de corpo de delito no
Instituto Médico Legal (IML) da capital paranaense. Segundo a PF, os primeiros
depoimentos de investigados deverão ser tomados ainda na tarde desta terça.
Os primeiros a ser ouvidos serão
os cinco presos que tiveram prisão temporária decretada, de 5 dias. São eles o
irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-assessor Roberto
Marques, o ex-sócio Julio Cesar dos Santos, o presidente da empresa Consist,
Pablo Kipersmit, e Olavo de Moura Filho.
Os dois investigados que tiveram
prisão temporária decretada, de 30 dias, e que já estão em Curitiba, deverão
serão ouvidos nos próximos dias. São eles Celso Araripe, gerente da Petrobras e
o lobista Fernando Moura. Araripe é investigado por crimes relacionados a uma
fase anterior da Lava-Jato.
Nesta terça-feira, 13 presos da
Operação Lava-Jato estavam na carceragem da Polícia Federal. Outros 16
investigados estão detidos no Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais (PR).
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