Procurador-geral da República montou
grupo com oito procuradores. Em delação premiada, delator citou políticos com
foro privilegiado.
O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, determinou a criação de uma força-tarefa com oito procuradores
do Ministério Púbico Federal para comandar apurações sobre o envolvimento de
políticos no esquema de corrupção e desvios em contratos da Petrobras. A
portaria assinada por Janot já está em vigor.
O grupo ficará responsável por
analisar o material da investigação de inquéritos e denúncias feitos pela
Procuradoria-Geral da República ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal
, ministro Teori Zavascki. Caberá à força-tarefa sugerir ao procurador-geral
providências sobre políticos citados em delações premiadas na operação Lava
Jato. Eles aparecem, por exemplo, nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e
do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão domiciliar
no Rio.
Entre as diligências que podem ser
sugeridas para apurar a participação de autoridades com foro nos desvios da
Petrobras estão buscas e apreensões, quebras de sigilo e pedidos de
depoimentos.
O coordenador será o procurador
Douglas Fischer. Além dele , farão parte da força-tarefa do MPF os procuradores
Vladimir Aras, Bruno Calabrich, Rodrigo Telles, Fábio Coimbra e Andrey Borges
de Mendonça. Além dos promotores do Ministério Público do Distrito
Federal, Wilton Lima e Sergio Fernandes.
As denúncias e inquéritos contra
políticos devem ser feitos pela PGR em fevereiro.
Políticos citados
Em reportagem publicada no dia 19
de dezembro, o jornal "O Estado de S.Paulo" afirmou que Paulo Roberto
Costa revelou na delação premiada os nome de 28 políticos que, segundo ele,
foram beneficiados pelo esquema de corrupção na Petrobras.
A publicação afirma que entre os
mencionados por Costa estão os ex-ministros Edison Lobão (Minas e Energia);
Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário
Negromonte (Cidades); o governador do Acre, Tião Viana (PT); os ex-governadores
Sérgio Cabral (Rio) e Eduardo Campos (Pernambuco), além de deputados e
senadores de PT, PMDB, PSDB e PP. Todos negaram envolvimento.
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