Soldados soviéticos foram os
primeiros a chegar em Auschwitz
No dia 27 de janeiro de 1945, após
longos anos de sofrimento e perseguição, milhares de prisioneiros da
Alemanha nazista tiveram a primeira chama de esperança em meio ao que seria
denominado mais tarde como Holocausto. Auschwitz foi o verdadeiro inferno
na terra: lama, chuva, doença, trabalho forçado e morte se misturavam em um dos
piores campos de concentração na história da humanidade.
A faísca de liberdade
em Auschwitz, na Polônia, teve início com a chegada dos Exércitos
soviéticos que pouco a pouco avançavam pelo leste na luta contra o governo
nazista de Adolf Hitler. A libertação dos presos foi um marco na marcha
internacional pelo fim do fascismo, somente em Auschwitz estima-se que
mais de 1 milhão de pessoas foram executadas.
A maioria das vítimas no campo de
concentração era judia, entretanto, poloneses, ciganos, testemunhas de jeová e
ativistas de esquerda também estavam entre os prisioneiros.
Estima-se que até a derrota do
Terceiro Reich, governo alemão fundado por Adolf Hitler, os nazistas
assassinaram cerca de 5,5 milhões de judeus, aproximadamente a metade dos 11
milhões que planejaram eliminar na Conferência de Wannsee, realizada em janeiro
de 1942, na qual se planificou a chamada "solução final".
Além dos judeus, as cerimônias de
hoje lembraram outros grupos perseguidos pelo Terceiro Reich, como
homossexuais, ciganos, presos políticos e doentes com problemas psíquicos ou
físicos.
Memória
Há 15 anos, o dia 27 de janeiro
foi declarado o Dia da Memória das Vítimas do Holocausto para lembrar as
vítimas dos campos de concentração.
Neste ano, para lembrar os 70 anos
dessa libertação, o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, delegações e
representantes dos principais países europeus irão participar de uma celebração
oficial em frente à Porta da Morte de Auschwitz. Após o encontro, haverá uma
homenagem às vítimas em frente ao memorial do bloco 21.
As cerimônias serão transmitidas
para todo o mundo e envolverão entidades, instituições e escolas para mostrar o
horror do holocausto, sobretudo, para as novas gerações pós-guerra. Além disso,
a ideia é recordar e dar testemunho ao mundo do quanto a memória e a
consciência do extermínio servem de base para lutar contra todas as formas de
discriminação e de racismo.
Além da Polônia, diversas
manifestações, mostras, projeções e debates estão programados para várias
regiões do mundo. Recordar o horror para não repeti-lo.
Visitar os principais campos de
concentração da Polônia — Auschwitz e Birkenau, os mais documentados, e Chelmno
e Bèlzec — é um momento para participar de maneira envolvente e emocionante das
comemorações de hoje. Todos os anos, mais de 1 milhão de pessoas passam pelas
cancelas do campo de Auschwitz e, fazer isso neste ano, tem um significado
ainda maior.
Muitas são as empresas e
associações especializadas que organizam viagens guiadas à Polônia para que as
pessoas conheçam a realidade daquela guerra. A partida, geralmente, é de
Cracóvia onde uma passagem obrigatória é entrar no bairro judeu de Kazimierz e
também o Museu Judeu. É possível também fazer a visita sozinho, com ônibus e
trens que levam até a cidade, diretamente para o centro do campo de
concentração. Na compra do ingresso, há também um carro que leva os visitantes,
gratuitamente, de Auschwitz para o campo de Birkenau (conhecido como Auschwitz
2), situado a apenas a 4 km.
Na realidade, o principal campo de
concentração nazista é resultado da união de outros três locais com a mesma
função: Auschwitz 1, Birkenau (Brzezinka, em polonês) e Monowitz (Monowice) —
além de outros pequenos campos. Ao todo, o complexo englobava 45 km quadrados
de torturas. Se o campo principal era para prender, sendo ativado em 1940,
Birkenau era só para o extermínio. Ali, perderam a vida mais de 1,1 milhão de
pessoas entre judeus, poloneses, prisioneiros de guerra, homossexuais,
opositores políticos e ciganos de toda a Europa.
Ao chegar ao local, o visitante
poderá ver uma exposição contemporânea, uma livraria com muitos documentos da
época, diversas celas originais e uma câmara de gás. Além disso, é possível
conhecer a enfermaria, as barracas, a rampa aonde chegava o trem com os
prisioneiros e as fossas comuns. Subindo na torre da guarda, é possível ver a
vastidão do campo.
A entrada é gratuita e o visitante
só paga se quiser participar de uma visita guiada.
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