Foto de 17 de julho mostram destroços do voo MH17
da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia
(Foto: Maxim Zmeyev/Reuters)
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Aeronave foi atingida por 'projéteis a grande velocidade'.
O voo MH17 da Malaysia Airlines se despedaçou sobre a Ucrânia devido ao impacto de um "uma grande quantidade de objetos com muita energia", disse a Agência de Segurança Holandesa nesta terça-feira (9) em um relatório preliminar consistente com a teoria de que a aeronave foi abatida por um míssil.
O acidente sobre território controlado por rebeldes
pró-Rússia no leste da Ucrânia, em 17 de julho, matou 298 pessoas, dois terços
das quais holandesas.
O relatório, publicado nesta terça-feira, diz que o MH17
caiu devido à penetração de objetos externos na fuselagem. "Não há
indicações de que a queda do MH17 tenha sido causada por uma falha técnica ou
por ações da tripulação", diz o texto.
Embora o relatório não tenha mencionado um míssil, o impacto
com uma grande quantidade de fragmentos seria condizente com a
"proximidade" de uma ogiva projetada para explodir no ar e lançar
estilhaços contra seu alvo, disse Tim Ripley, um analista de defesa para a
revista Jane's Defence Weekly.
Tais ogivas podem ser acopladas a vários tipos de mísseis,
incluindo o míssil russo terra-ar BUK que a Ucrânia e aliados ocidentais, entre
eles os Estados Unidos, dizem ter sido lançado pelos separatistas, alvejando o
avião de passageiros provavelmente por engano.
"O relatório preliminar sugere que objetos com alta
energia penetraram na aeronave e fizeram com que se despedaçasse em pleno
ar", disse o premiê da Malásia, Najib Razak, em comunicado.
"Isso leva à forte suspeita de que um míssil derrubou o
MH17, mas investigações adicionais são necessárias para que se tenha
certeza", acrescentou ele.
Autoridades russas sugeriram no passado que outras teorias
seriam possíveis, incluindo a de que o avião poderia ter sido alvejado por
caças. O relatório, no entanto, concluiu que não havia aeronaves militares nas
proximidades.
O investigadores holandeses não conseguiram chegar ao local
da queda por causa do conflito entre os militantes pró-Rússia e forças do
governo da Ucrânia.
As descobertas preliminares foram recuperadas do gravador da
cabine dos pilotos, dos registros dos dados de voo, de imagens de satélite e
informações de radar. Os rebeldes entregaram os gravadores após encontrá-las
entre os destroços.
Uma série de fotos detalhadas dos destroços no relatório
mostram múltiplos impactos de estilhaços.
O governo ucraniano e seus aliados ocidentais, incluindo os
EUA, dizem ter sido a Rússia quem entregou aos separatistas os mísseis BUK, um
enorme e avançado sistema capaz de alcançar um avião de passageiros em altitude
de cruzeiro.
Separatistas negam
Os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia afirmaram que
não dispõem de meios para ter derrubado o avião da Malaysia Airlines em julho,
depois que investigadores holandeses anunciaram que a aeronave caiu ao ser
'perfurada' por projéteis.
Fonte: G1
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