Foto mostra um dos soldados mais jovens, uma criança de sete anos, fumando e portando uma arma de grosso calibre, envolvido no conflito. |
Brasil abriga 1.250 sírios, a maior população de refugiados.
O
número de refugiados sírios em todo o mundo chegou a 3 milhões nesta
sexta-feira (29), segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR). Isso significa que um a cada oito cidadãos sírios foram forçados a atravessar
as fronteiras do país.
Desde
março de 2011, a Síria enfrenta uma guerra civil. O
presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta uma
rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder.
Com
a nova cifra, os sírios passam a ser a maior população de refugiados sob
cuidado da ACNUR. Desde o começo do conflito no país, a agência diz que passou
a registrar refugiados mais rapidamente.
São
nos países vizinhos à Síria que as concentrações de refugiados sírios são
maiores. O Líbano abriga 1,14 milhão deles; a Jordânia recebeu 608 mil; e a
Turquia, 815 mil. Quatro em cada cinco refugiados buscam tentar a vida em vilas
e cidades fora dos campos de refugiados, diz a agência.
Outros
6,5 milhões de sírios se deslocaram internamente, de acordo com a agência, e
mais da metade deles são crianças. Além
disso, governos estimam que outras centenas de milhares de sírios estão
buscando refúgio em seus países.
As
famílias que fogem da guerra civil na Síria chegam a outros lugares em estado
de choque, exaustas e assustadas, diz a ACNUR. Além disso, a viagem para fora
do país está se tornando cada vez mais difícil, e refugiados acabam pagando a
contrabandistas para passar a fronteira.
Doenças
crônicas também são comuns entre os refugiados. Os que chegaram recentemente à
Jordânia sofrem de diabetes, doenças cardíacas e câncer, e fugiram porque não
tinham condições de receber tratamento adequado.
No Brasil, o número de refugiados sírios chegou a 1.250 no final de julho, segundo o Ministério da Justiça. É a maior população de refugiados no país, à frente de colombianos (1.236) e angolanos (1.066).
Os sírios chegaram no país com a esperança de um recomeço após perderem casa, emprego e segurança na Síria. Devido ao conflito, o Brasil passou a facilitar a obtenção do visto de turista para os cidadãos desse país. Em São Paulo, a comunidade se une para conseguir emprego e casa para recém-chegados.
Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, a guerra já deixou pelo menos 191 mil mortos.
Pelo menos 8,6 mil crianças morreram.
O maior número de mortes documentadas pela ONU foi registrado na periferia rural de Damasco (39.393), seguida de Aleppo (31.932), Homs (28.186), Idleb (20.040), Daraa (18.539) e Hama (14.690).
O maior número de mortes documentadas pela ONU foi registrado na periferia rural de Damasco (39.393), seguida de Aleppo (31.932), Homs (28.186), Idleb (20.040), Daraa (18.539) e Hama (14.690).
Os
confrontos destruíram a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária
regional. Em agosto de 2013, um ataque em um subúrbio de Damasco com armas
químicas atribuído ao regime foi considerado o mais grave incidente com uso de
armas químicas no planeta desde os anos 1980. Um “grande número” de pessoas
morreu com os ataques de gás sarin, segundo relatório da ONU.
A
guerra civil síria reviveu as tensões da Guerra Fria entre Ocidente e Oriente,
por conta do apoio da Rússia ao regime sírio. Os EUA se limitam, oficialmente,
a oferecer apoio não letal aos rebeldes e a fornecer ajuda humanitária.
Fonte: G1
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