Desde
sexta, oficiais estão nas ruas para repreender operação tartaruga.
Mesmo
com registro de pelo menos 11 homicídios durante este final de semana - apenas
um a menos do que no anterior, o comandante-geral da Polícia Militar, Anderson
Moura, afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que o desempenho da corporação
para conter a onda de violência no Distrito
Federal“não foi ruim”. Desde sexta-feira, oficiais estão nas ruas
para repreender a operação tartaruga e fiscalizar se os militares estão
cumprindo as atividades.
“Não
é [um resultado] ruim, até porque nós não temos controle sobre o número de
homicídios. Boa parte [das vítimas] são pessoas envolvidas em algum tipo de
delito. Nós lamentamos a ocorrência, mas é um tipo de delito que é difícil para
a Polícia Militar combater. É difícil salvar vida de pessoas inseridas no mundo
do crime”, afirmou Moura. “Nossa perspectiva é de que foi um final de semana
produtivo para a PM.”
Questionado
sobre como enxergar a atuação ostensiva da PM e diferenças em relação à
criminalidade, o comandante disse que o "importante é mostrar o
atendimento da PM à população". "Estamos procurando atender a todas
as chamadas que estão ocorrendo, As pessoas têm que ver, porque nós fazemos
policiamento ostensivo e preventivo", disse Moura.
Uma
gravação que circulou por meio de redes sociais no final de semana afirmando
que três facções estavam se organizando para cometer diversos homicídios no DF
e no Entorno, o comandante-geral disse ter ficado tranquilo.
“Várias
pessoas me ligaram preocupadas com esse tipo de notícia. Mas, olha, graças a
Deus, em Brasília nós não temos
facções criminosas, nossos bandidos aqui são pés-de-chinelo, são usuários de
drogas, então vi com bastante tranquilidade e o final de semana mostrou que
realmente não aconteceu aquilo que foi veiculado.”
Na última sexta, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que eles cobrem da tropa o cumprimento das atividades. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Na última sexta, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que eles cobrem da tropa o cumprimento das atividades. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Segundo
o governador, o movimento dos policiais tem “interesses políticos”. O governador
não respondeu a perguntas dos jornalistas. Logo após o término da reunião, ele
deixou o local. “A
vida é a coisa mais importante. A vida é mais importante que a política. Por
isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM
tem comando”, disse. “Não [podemos] admitir em hipótese alguma que meia dúzia
de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a
segurança do nosso povo. [Eles] não têm direito de colocar a vida das pessoas
em risco."
O
comandante-geral da PM, Anderson Moura, disse que já identificou cinco
policiais que estão à frente da operação tartaruga e que vai abrir procedimento
disciplinar contra os responsáveis. A punição, segundo ele, pode ir de
advertência a demissão.
Sem
reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a "operação
tartaruga", enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do
salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em
atividade e reformados. Neste fim de semana, o Tribunal de Justiça acabou o
pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O
descumprimento da decisão tem como pena multa diária de R$ 100 mil.
Na
manhã deste sábado (1º), durante entrega de novos ônibus no Recanto das Emas, o
governador Agnelo Queiroz disse que a atividade da polícia já voltou ao normal. "Hoje
estamos em plena normalidade. A atitude individual de uma pequena minoria que
por motivos políticos tenta colocar em risco a vida da população, estamos
combatendo rigorosamente. Tomando todas as medidas de punição rigorosa",
afirmou.
Escalada
da violência
A um dia do fim do mês de janeiro, o número de homicídios no DF subiu 38,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 68 homicídios haviam sido registrados no DF entre o dia 1º e a manhã desta quinta-feira (30), 19 a mais que nos 31 dias do mesmo mês de 2013.
Nesta
sexta-feira (31), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o
governo federal poderá ajudar no combate à violência no Distrito Federal caso
haja um pedido formal do governador Agnelo Queiroz.
Fonte: G1
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