Os
policiais voltaram a paralisar as atividades depois das eleições.
Categoria se reúne para avaliar o rumo do movimento nesta terça-feira (09).
Já são mais
de dois meses da greve dos Policiais Federais e nenhuma solução. Apesar de a
categoria ter voltado ao trabalho na sexta-feira (5), após um acordo com o
Tribunal Regional Eleitoral para garantir a tranquilidade das eleições, nesta
segunda (8), os policiais novamente paralisaram as atividades. Segundo
representantes da categoria no Rio de Janeiro, ainda não há previsão de
finalizar o movimento.
Em Macaé,
no Norte do Rio de Janeiro, foi organizada uma escala de trabalho para que seja
cumprida a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mas, segundo o
representante do comando de greve do município, Carlos Oliveira, alguns
serviços, como emissão de passaporte, diminuíram significativamente.
No
município há grande procura de estrangeiros no serviço de migração da Polícia
Federal. De acordo com Carlos, somente os casos que podem gerar multas estão
sendo feitos. “Como é dado o prazo de 30 dias para o estrangeiro ser
registrado, nós realizamos o serviço para não chegar a originar multa”,
explicou.
Se a greve
se estender, na Região dos Lagos, por exemplo, o efetivo será dobrado na
área portuária para atender a temporada de alta estação, quando aumenta o
número de transatlânticos na região.
Nesta terça
(9) e quarta-feira (10), representantes de 27 sindicatos do país estarão
reunidos junto à Federação Nacional dos Policiais Federais, em Brasília, para
avaliar o movimento e decidir o rumo da greve. Ainda não há reunião agendada
com o Governo para negociação.
“Já são
mais de 60 dias e não houve proposta por parte do Governo. Eles apresentaram
apenas o reajuste de 15,8%, mas este é dividido em três anos, o que significa
um aumento abaixo da inflação. Além disso, nossa greve não é por aumento
salarial, mas pela reestruturação da carreira”, explicou o representante do
comando de greve da cidade do Rio de Janeiro, Luiz Carlos.
De acordo
com o representante, a categoria reivindica que sejam regulamentadas em lei as
funções exercidas pelos policiais nas carreiras de nível superior. Esta teria
sido reconhecida pelo governo no ano de 2011 e proposta para ser implementada
em janeiro de 2012. Mas, não teria sido cumprida.
O sindicato
da categoria alega que mais de 200 policiais federais, com curso superior,
deixam a PF por falta de perspectivas profissionais por ano.
Em
determinação do Tribunal Superior de Justiça, o movimento paredista tem que
garantir o funcionamento de alguns dos serviços oferecidos por eles para que
não seja considerado ilegal. Os portos e aeroportos tem que funcionar com 100%;
o serviço de inteligência com 70% e a polícia judiciária com 50% do efetivo.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!