Reintegração de posse pedida pelo reitor foi concedida nesta quinta.
Alunos decidiram em assembleia nesta quinta que continuarão no prédio.
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) mantinham na manhã desta sexta-feira (4) a ocupação do prédio da reitoria da universidade, mesmo após decisão da Justiça que autorizou a reintegração de posse do imóvel. Os alunos ocuparam o prédio na noite de terça-feira (1º) após uma assembleia que determinou a desocupação do prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) – que foi liberado na tarde desta quinta-feira (3).
A saída da reitoria deve ocorrer em um prazo de até 24 horas após ser feita a notificação por parte da Justiça. Nesta manhã, estudantes que estavam no local disseram informalmente que ainda não haviam sido notificados. Segundo a decisão da 9ª Vara de Fazenda Pública, a reintegração "deverá ser realizada sem violência, com toda a cautela necessária à situação, mediante a participação de um representante dos ocupantes e da autora para a melhor solução possível, observando a boa convivência acadêmica, em um clima de paz", afirma na decisão a juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti. Caso os alunos não se retirem, a juíza diz que autoriza, "como medida extrema”, o uso de força policial. Ela ressalva, no entanto, que conta "com o bom senso das partes e o empenho na melhoria das condições de vida no campus".
Na noite desta quinta, os estudantes decidiram em assembleia manter a ocupação. Os alunos não comentaram sobre a reintegração de posse. Eles querem a saída da Polícia Militar do campus, o fim do convênio com a PM para aumentar a segurança na Cidade Universitária e o fim dos processos administrativos e criminais contra professores, estudantes e funcionários. Uma nova reunião foi marcada para a próxima quarta-feira (9), a partir das 18h.
As ocupações começaram depois que três universitários foram detidos pela PM após serem flagrados com maconha. Estudantes protestaram contra a prisão em frente a um dos prédios da faculdade e houve confronto com a polícia. Após a confusão, um grupo invadiu o prédio administrativo da FFLCH. O Governador Geraldo Alckmin disse nesta quinta acreditar que o bom senso prevalecerá. “Se a decisão judicial não for cumprida aí cabe ao poder executivo, requisitado pela Justiça, fazer cumprir a ordem judicial. Mas a nossa primeira palavra é acreditar no bom senso, acreditar no cumprimento da decisão judicial. É nesse sentido que nós vamos ajudar”, afirmou.
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