Mercados temem recessão nos Estados Unidos.
Paris e Madri mostravam, pela manhã, as maiores quedas.
As bolsas europeias operavam em baixas expressivas nesta segunda-feira (5) pelo temor de uma recessão nos Estados Unidos e afetadas pela crise da dívida, assim como por um forte retrocesso dos valores bancários. Na sexta-feira, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que não foram criados postos de trabalho no país em agosto.
Na última quinta-feira (1º), a Casa Branca reduziu sua previsão para a economia dos Estados Unidos, mostrando que o desemprego pode ficar em média em 9% em 2012 e prevendo um crescimento menor do que o esperado para os próximos anos. A administração do presidente Barack Obama, em sua revisão anual de meio de ano, disse que o crescimento econômico pode desacelerar para 1,7% em 2011. Em fevereiro, a administração federal havia previsto que a economia cresceria 2,7% este ano.
A Casa Branca diz que a nova previsão reflete a deterioração das condições econômicas nos últimos meses. No segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,3%, em taxa anual, de acordo com a primeira estimativa. Desde então, indicadores de vários setores, da produção industrial ao mercado de trabalho, continuam fracos, gerando temores de que a economia pode voltar à recessão. Pouco depois das 9h30 GMT (6H30 de Brasília), Paris perdia 3,28%, Madri 3,18%, Frankfurt 2,88% e Milão 2,79%. Londres retrocedia 2,02%.
"Os investidores começaram a semana na defensiva, com fortes perdas em todos os índices europeus, em consequência das inquietações a respeito do crescimento mundial", afirmou Joshua Raymond, analista da City Index.
Os valores bancários, especialmente britânicos, alemães e franceses, registravam fortes quedas após a ação iniciada na sexta-feira pelo governo americano contra 17 bancos e instituições financeiras de todo o mundo por fraude na concessão de créditos hipotecários de risco, as chamadas "subprimes".
Em Londres, o Royal Bank of Scotland (RBS) perdia 8,33% e o Barclays 7,45%; em Frankfurt, o Deutsche Bank recuava mais de 5% e o Commerzbank mais de 4%. A cotação do Société Générale em Paris retrocedia mais de 4%. Nas quedas dos valores bancários, além da demanda americana, também influencia o medo dos investidores pela crise da dívida grega e, no caso do Reino Unido, a incerteza sobre as consequências da próxima reforma bancária no país. Wall Street permanecerá fechada nesta segunda-feira, feriado nos Estados Unidos.
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