Os trabalhadores desabafam.
Um dos petroleiros diz que se sente refém dentro da própria empresa.
A queda do helicóptero no mar de Macaé ainda gera reflexos nas plataformas. Como muitos vôos estão sendo cancelados, as escalas dos petroleiros estão confusas.
Um dos petroleiros diz que se sente refém dentro da própria empresa. O desabafo é de um técnico em segurança que há 21 dias está embarcado. Ele deveria ter deixado a plataforma no início desta semana, mas apesar de ter uma filha recém-nascida em casa ainda está no mar.
Em terra, outro petroleiro do setor de construção e montagem fala do medo e insegurança de quem precisa atravessar o oceano. Ele se abre, falando sobre o despreparo e o próprio medo que ainda sente, apesar de trabalhar há 25 anos embarcado.
O Acidente
A queda da aeronave, modelo Augusta AW-139, da senior taxi aéreo, completa nesta quinta (25) 6 dias. Ela caiu no oceano após deixar a plataforma P-65 em direção ao aeroporto de Macaé, com quatro passageiros. A aeronáutica informou que o piloto fez um pouso forçado no oceano atlântico, há 100 km da Costa.
Após o acidente, reclamações e denúncias envolvendo problemas sobre os sistema de embarque e desembarque e manutenção de aeronaves se tornaram frequentes, mas segundo o sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense - o Sindipetro , esta situação não é de hoje.
Cláudio Alberto de Souza, diretor executivo do Sindipetro, afirma que desde 2004 são denunciados problemas de caos aéreo. Segundo ele, a Petrobras não se preparou para absorver a demanda de trabalhadores.
Nesta quinta (25), o movimento no heliporto de Farol de São Thome foi intenso. Até às 14h houve a transferência de 10 voos. Já quarta (24) pelo menos 20 vôos foram transferidos. No saguão, muitos trabalhadores aguardavam, sem saber se haveria embarque.
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