Para ele, não há vestígios de material humano de que Eliza esteja morta.
Advogado diz que vai recorrer após ex-jogador ser condenado no Rio.
A juíza responsável pelo processo do desparecimento e morte de Eliza Samudio, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, tem até sexta-feira (10) para decidir se os nove acusados de participação no crime vão a júri popular. Mas para o advogado do goleiro Bruno, Claudio Dalledone, não há dúvidas que seu cliente e todos os outros envolvidos no caso irão a júri popular. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (8), no Rio, Dalledone acusou a juíza de estar influenciada pelas notícias divulgadas pela imprensa.
Dalledone assumiu o processo em 22 de novembro, após o advogado Ércio Quaresma pedir licença por razões médicas e ser afastado pela OAB/MG. Uma das estratégidas do novo advogado para conseguir a liberdade de Bruno é usar o argumento que a defesa anterior era deficitária, além da falta de materialidade que comprove a morte de Eliza.
O advogado acredita que Eliza esteja viva, já que não foram apresentados vestígios de material humano ou outro indício que apontasse sua morte. Segundo Dalledone, o sangue encontrado no carro de Bruno não é suficiente para provar a autoria do crime.
“Eliza, para mim, morta não está, porque não há relatório de necropsia, não há exame de necropsia e nem uma prova material indireta veio aos autos para tentar subsidiar os indícios de materialidade”.
Sobre o processo que tramita no Rio, no qual Bruno foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal, o advogado confirmou que vai entrar com um recurso da sentença do juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá.
Dalledone vai pedir a nulidade do processo e a diminuição da pena. O pedido será feito à 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Na mesma sentença, Macarrão foi condenado apenas por cárcere privado, com pena de 3 anos. O advogado do amigo de Bruno, Patrick Berriel, também já entrou com recurso.
“Eu vou pedir a anulação da sentença e, caso não seja aceito, vou pedir no mesmo recurso a diminuição da pena. Eu questiono inteiramente essa sentença. Bruno e Macarrão estavam indefesos, ou seja, com defesa deficitária. O Ércio Quaresma não reunia condições para atuar no processo devido a sua dependência química”, enfatizou.
O advogado ressaltou que a condenação de Bruno no Rio pode pesar no processo que corre em Contagem, Minas Gerais.
"Essa sentença do Rio pode irradiar efeitos negativos no processo que corre em Minas, até porque ele deixa de ser réu primário”, explica o advogado.
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