Proposta de reduzir em 70% os quase 10 mil cargos contratados
Pelo menos, sete mil pessoas poderão estar dispensadas
O prefeito Riverton Mussi (PMDB), exonerou ontem cerca de 80 profissionais comissionados, entre DAS, DAI e GFAS, que atuavam em 10 secretarias e órgãos municipais ligados ao governo municipal. Com a nova lista, sobe para quase 500 o número de servidores demitidos pela administração, através da proposta de reduzir em 70% os quase 10 mil cargos contratados e assessorias existentes na Prefeitura. Se a decisão de cortar 70% dos 10 mil contratados e comissionados, for realmente cumprida, pelo menos sete mil pessoas poderão estar dispensadas o que representará uma grande economia considerando que a folha está inchada e a municipalidade depende do excesso de arrecadação, já estimada em mais de R$ 200 milhões até dezembro, para fazer o pagamento.
Dando sequência a determinação imposta pelo prefeito ao secretariado municipal há cerca de um mês, nas novas listas constam nomes de profissionais que atuavam nas secretarias municipais de Trabalho e Renda (5), Educação (21), Habitação (3), Ciência e Tecnologia (9) e Assistência Social (2), além dos órgãos como Controladoria Geral (2), Empresa Municipal de Saneamento (11), Fundação de Esporte (17), Gabinete de Gestão Integrada (2) e Fundação de Desenvolvimento Econômico (10).
Além das demissões, as publicações apontam ainda cortes em gratificações estabelecidas a servidores municipais que assumiam cargos do alto escalão das secretarias e órgãos citados.
Somado aos mais de 400 profissionais, entre cargos contratados e comissionados já demitidos pelo executivo, eleva para quase 500 o número de pessoas que perderam o vínculo junto a Prefeitura, através do processo de demissão desenvolvido pelo executivo há cerca de um mês, quando reassumiu o cargo que estava ocupado interinamente pela vice-prefeita Marilena Garcia (PT), que pediu licença de 60 dias para tratamento de saúde.
O assunto voltou a ser debatido no plenário da Câmara de Vereadores, durante a sessão ordinária de ontem. Através do questionamento apresentado por alguns parlamentares, que apontaram a situação dos novos “desempregados”, o presidente do poder legislativo, Paulo Antunes, afirmou que, em encontro com o prefeito Riverton Mussi, foi firmado o compromisso de agendamento de reunião junto aos parlamentares, antes da apresentação dos projetos de extinção de secretarias e órgãos municipais.
“Estive com o prefeito Riverton Mussi e ele disse que, assim que for encerrada a elaboração do projeto, todos os vereadores serão convocados para uma reunião onde vão ser apresentadas as modificações”, comentou Paulo Antunes.
Já o vereador Carlos Emir Mussi (PPS), suplente no exercício do cargo, chegou a apontar a possibilidade de extinção da Fundação Municipal Hospitalar. “Se isso for realmente apresentado, eu vou votar contra”, garantiu o vereador.
Diante do silêncio do executivo, em relação ao considerado processo de "caça às bruxas", procedimento de demissão em massa, crescem as especulações sobre os próximos nomes, que devem incluir exonerações e modificações de vencimentos de assessores ligados a secretarias como Saúde e Governo e, algumas pessoas já avisadas pelos superiores de que terão seus nomes nas próximas listas, gera expectativa em torno de quem sairá primeiro.
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