Cerca de 3 mil agentes de segurança vão trabalhar no domingo (6) em SP.
Chefe de cozinha foi morto por grupo homofóbico na última edição da festa.
Menos de um ano após neonazistas agredirem e matarem um homossexual durante a Parada do Orgulho Gay, as forças de segurança do estado de São Paulo decidiram montar uma megaoperação de combate a qualquer ação homofóbica ou violenta que possa a vir ser praticada por grupos de intolerância na 14ª edição do evento, que acontece neste domingo (6) na capital paulista. Segundo os organizadores, a estimativa é que 3 milhões de pessoas participem da festa, que neste ano tem o tema “Vote contra a homofobia, defenda a cidadania”.
Ao todo, 3 mil agentes de seguranças, entre policiais militares e civis e guardas municipais e particulares, estarão espalhados por todo o percurso por onde passarão os carros alegóricos da Parada Gay. O trajeto começa na Avenida Paulista, passa pela Rua da Consolação e termina na região da Praça da República.
No dia 17 de junho do ano passado, três dias após ter sido espancado perto da República, o chefe de cozinha Marcelo Barros morreu aos 35 anos em decorrência de um traumatismo craniano causado por integrantes do Impacto Hooligan, grupo neonazista que prega a intolerância a gays, judeus, negros e minorias étnicas. A mesma facção também é suspeita de ter detonado uma bomba que feriu mais de dez pessoas na área de dispersão.
Nove suspeitos, entre 17 e 23 anos, foram presos pelos crimes. Dias antes da festa, eles chegaram a enviar ameaças por e-mail para membros da Associação da Parada GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais).
“A gente sempre recebe algumas coisas, ameaças. No ano passado tivemos vários e-mails de ameaça”, afirma Cezar Xavier, assessor de comunicação da APOGLBT. “Neste ano, ainda não tivemos ameaças.”
Apesar de não existir ameaças diretas aos representantes da festa, a experiência da polícia leva a crer que grupos de intolerância possam planejar ataques homofóbicos no evento, onde há concentração de gays.
“Entre eles [grupos de intolerância] há uma espécie de código de força. Tem mais poder quem consegue atacar um maior grupo de gays. Mas também há comprometimento do governo do estado de enfrentá-los com coragem, sem nenhuma timidez”, diz o advogado Dimitri Sales, coordenador de políticas para a Diversidade Sexual de São Paulo, órgão ligado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado.
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) está monitorando pela internet possíveis ações que estejam sendo feitas em sites contra a Parada Gay. Na mira dos policiais civis estão os Carecas, White Powers e Skinheads, maiores gangues de cunho homofóbico. Ainda há a preocupação com a presença de punks, tradicionais rivais destes três grupos.
Geralmente, as gangues se concentram na Paulista, Consolação, Rua Augusta e região dos Jardins, onde um turista estrangeiro foi morto em 2007. O francês Grégor Erwan Landouar, na época com 35 anos, morreu após ser atacado por um punk no dia 10 de junho, logo após a festa.
“Vamos ficar de olho em toda pessoa que for suspeita de integrar esses grupos de intolerância. Pessoas com coturno, cabeças raspadas”, afirma a delegada Margarette Barreto, titular da Decradi. A equipe conta ainda com um álbum e diversas fotos cadastradas de integrantes das gangues que já tiveram passagem pela polícia.
Boa noite Cinderela
Por conta da presença de turistas estrangeiros durante a Parada Gay, a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur) irá percorrer hotéis da capital, onde os visitantes costumam se hospedar, para coibir o golpe do ‘Boa noite Cinderela’. Geralmente, as vítimas são dopadas por ladrões quando ingerem bebidas alcoólicas com drogas.
Apesar do risco de ataques a gays, as principais ocorrências costumam envolver furtos de telefones celulares e carteiras com dinheiro e documentos pessoais. “Sugiro também que quem for curtir a festa na Parada Gay não leve joias, relógios caros”, orienta o coronel da Polícia Militar Renato Cerqueira Campos, comandante de policiamento de área da região central da capital.
O oficial da PM também sugere ao público outras medidas de segurança. “Identificar as crianças com pulseiras com nome caso elas se percam. Evitar bebidas alcoólicas, principalmente as de origem duvidosa e retornar para casa após o encerramento da festa”, diz o coronel Cerqueira Campos. “As pessoas podem ir curtir a festa porque haverá diversos postos da polícia e câmeras de monitoramento espalhados em pontos estratégicos.”
Traficante pediu dinheiro a Adriano para festa de criança, diz advogado
Jogador teria comprado R$ 30 mil em cestas básicas para a comunidade.
Advogado afirma que mãe de Adriano sacou a quantia.
O advogado do jogador Adriano, Rafael Matos, contou que o jogador afirmou, emdepoimento prestado à polícia nesta quinta-feira (3), que recebeu um pedido dedinheiro ao traficante Fabiano Atanásio da Silva, conhecido como FB, chefe de uma facção criminosa.
Segundo ele, no entanto, o dinheiro não foi repassado para o traficante, mas teria sido sacado pela mãe do craque. “Ele disse que não foi R$ 60 mil, como vem sendo divulgado, disse que num determinado momento o FB mandou pra ele um recado, se ele podia ajudar numa festa da criança na Vila Cruzeiro. Ele já vem fazendo um trabalho na comunidade junto com a mãe dele”, disse o advogado.
Após três intimações da Polícia Civil, Adriano prestou depoimento na tarde desta quinta-feira, na 38ª DP (Irajá), no subúrbio do Rio. Segundo o delegado Luiz Alberto Andrade, Adriano negou que tenha repassado dinheiro ao traficante FB.
Segundo Matos, Adriano teria comprado cerca de R$ 30 mil em cesta básica e ainda teria alugado um caminhão para transportar e distribuir as doações na comunidade do subúrbio da cidade. O restante do dinheiro teria ficado com a mãe do jogador, que teria realizado o saque. “R$ 20 mil ficou com a mãe dele para despesa pessoal. Quem fez o saque no banco foi a própria mãe do Adriano”, afirmou o advogado.
Depoimento à polícia
Adriano chegou à delegacia por volta das 16h30, acompanhado do advogado Adilson Fernandes. O atacante é testemunha numa investigação que apura crimes de tráfico de drogas, associação para fins de tráfico e posse ilegal de arma de fogo praticados por integrantes de uma organização criminosa, que controla o tráfico nas comunidades de Furquim Mendes e Dique, em Jardim América, no subúrbio da cidade.
Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça teriam flagrado o jogador permitindo que um amigo sacasse R$ 60 mil de contas bancárias dele.
MP vê fortes indícios contra o craque
Na quarta-feira (2), Adriano foi ouvido por quase duas horas no Ministério Público. Em nota, O MP disse que “considera gravíssimos os fatos que põem o jogador como suspeito e que há fortes indícios de que ele tenha repassado dinheiro ao traficante Fabiano Atanásio da Silva, o FB”, líder de uma facção criminosa.
FB é apontado pela polícia como o homem que ordenou o ataque ao helicóptero da PM em outubro de 2009. Três policiais morreram na queda do helicóptero.
Quebra de sigilos telefônicos e bancário
No texto, o Ministério Público diz ainda que quer a quebra dos sigilos telefônico e bancário do atacante, como já havia sido pedido à Justiça pela 38ª DP (Brás de Pina). O MP deu um prazo máximo de 60 dias para a polícia concluir as investigações e apresentar o relatório final.
Ainda de acordo com o órgão, o promotor Alexandre Themístocles pediu que a Justiça não prorrogue as autorizações para interceptações telefônicas por acreditar que o recurso não seja mais necessário às investigações e porque fatos sigilosos estariam sendo divulgados para a imprensa.
Jogador vai poder deixar o país
Com viagem marcada para a Itália no próximo domingo (6), o jogador Adriano, segundo o delegado, não está impedido de deixar o país. Luiz Alberto Andrade informou que, além do atacante ser testemunha no inquérito, não há um mandado de prisão ou documento que o impeça de viajar.
“Para a polícia, ele já cumpriu a primeira parte das investigações. Agora é esperar para saber se o juiz vai ou não acolher a quebra de sigilo bancário e telefônico para juntar com o depoimento. Não há um impedimento legal para ele viajar”, completou o delegado.
Barco que tentará furar bloqueio a Gaza pode chegar nesta sexta-feira
Israel advertiu que não permitirá entrada de embarcação; Gaza prepara festa para receber missão.
O barco de bandeira irlandesa Rachel Corrie, que tentará furar o bloqueio de Israel e entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, pode chegar à zona de exclusão determinada por Israel ainda nesta sexta-feira, segundo informou à BBC Brasil uma porta-voz do movimento Free Gaza, que organiza a viagem.
O Rachel Corrie fazia parte da frota atacada pelo Exército israelense na segunda-feira passada, mas acabou ficando para trás por causa de problemas mecânicos. Pelo menos nove pessoas foram mortas na ação militar israelense, que teve o navio turco Mavi Marmara como principal alvo.
Segundo o Free Gaza, o Rachel Corrie navegava nesta sexta-feira pelo Mediterrâneo rumo a Gaza. A rádio do Exército de Israel chegou a afirmar que o barco teria dado meia volta e retornado à Irlanda, mas a informação foi desmentida pelo Free Gaza.
"Há informações circulando em alguns órgãos da imprensa de que o Rachel Corrie teria voltado por problemas em dois barcos de apoio. Não há nenhum barco seguindo viagem com o Rachel Corrie e nosso integrante citado nas reportagens nunca disse que o barco tinha voltado", esclareceu Greta Berlin.
O último contato com a tripulação do barco foi feito, segundo Berlin, na noite de quinta-feira, quando receberam a informação de que ele estava próximo à ilha de Creta, na Grécia.
"Se a viagem prosseguir normalmente, eles podem chegar a Gaza ainda na tarde desta sexta-feira", previu.
Israel, no entanto, já avisou que não vai permitir a chegada do barco e insiste que ele seja desviado para um porto israelense ou para o Egito, onde a carga poderia ser inspecionada antes de seguir para o território palestino por terra. Israel alega temer que a carga - que inclui cimento e cadeiras de roda - também seja usada para fins militares pelo grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
No porto da Cidade de Gaza, prepara-se uma festa para os passageiros do barco. Um dos participantes é a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire, disse o correspondente da BBC em Gaza Jon Donison.
Ação militar
Na última segunda-feira, pelo menos nove pessoas morreram - oito turcos e um americano - em uma ação militar israelense de abordagem à frota de envio de ajuda para Gaza. Há informações de que o americano - que também tinha nacionalidade turca - morreu com vários tiros disparados de perto.
Centenas de ativistas foram presos e deportados de Israel desde então. O incidente provocou uma onda de críticas internacionais, e o Conselho de Segurança da ONU emitiu declaração pedindo que o caso seja investigado imediatamente, de forma "imparcial, crível e transparente".
O autor de romances policiais sueco Henning Mankell, um dos escritores mais famosos do país, estava entre os passageiros de um dos barcos da frota atacada. Ele viu, à distância, o assalto ao navio Mavi Marmara, que liderava a frota. Em entrevista coletiva em Berlim, depois de ser deportado de Israel, o escritor defendeu que sejam adotas sanções contra o Estado de Israel, nos moldes das sanções adotadas contra a África do Sul durante o regime do apartheid.
Segundo Mankell, Israel saiu "para cometer assassinato". "Eu não entendi porque eles usaram tanta força", disse, afirmando que os passageiros foram tratados com extrema agressividade.
Outros ativistas a bordo do Mavi Marmara - entre eles a cineasta brasileira Iara Lee - também relataram cenas de violência por parte dos soldados.
Na quinta-feira à noite, em entrevista à rede de TV americana CNN, o presidente Barack Obama disse que a morte dos ativistas foi "trágica", mas afirmou que o incidente pode ter efeitos positivos sobre o processo de paz na região.
Desde a ação militar, o primeiro-minsitro israelense Binyamin Netanyahu vem sofrendo pressão para suspender o bloqueio terrestre e marítimo a Gaza, imposto em 2007 quando o Hamas assumiu o controle do território. Segundo o canal 1 da TV israelense, Netanyahu teria dito na quinta-feira ao ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair que estaria disposto a flexibilizar o bloqueio marítimo a Gaza, caso fosse instaurada uma comissão internacional para inspecionar a carga dos navios. Blair é um dos representantes do Quarteto, grupo que negocia a paz no Oriente Médio formado por EUA, Rússia, União Europeia e ONU.
A embarcação de bandeira irlandesa aguardada no território foi batizada de Rachel Corrie em homenagem à ativista americana de mesmo nome morta em Gaza em 2003, quando tentava impedir que uma escavadeira demolisse uma casa palestina.
Os organizadores da missão instalaram câmeras de segurança e equipamentos de gravação para registrar todas as ações a bordo, para garantir a segurança dos passageiros civis e precisão de informações no caso de um futuro inquérito sobre a missão.
McDonald's anuncia recall de milhões de copos nos EUA
Motivo é a presença de cádmio em desenhos pintados nos copos.
Recall atinge 12 milhões de copos.
A rede McDonald's anunciou nos EUA um recall de 12 milhões de copos que estão à venda na rede de lanchonetes como peça promocional do novo filme "Shrek". O motivo é a presença de cádmio nos desenhos pintados nos copos.
Nos EUA, os copos são vendidos por cerca de US$ 2 e estavam disponíveis em quatro modelos, cada um com um personagem do desenho animado.
Além de cancerígeno, o cádmio pode enfraquecer os ossos e causar outros graves problemas em crianças. No caso do copos do Shrek, a preocupação é com a exposição de longo prazo a baixos níveis do metal.
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