| Rio das Ostras Jornal
REGIÃO
Macaé pode perder todos os royalties
Prefeitos da região se mostram preocupados com proposta que será votada na Câmara Federal
Macaé pode perder todos os royalties do petróleo a partir de maio, ficando com apenas R$ 1,5 milhão por ano, caso a emenda do deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) seja colocada em prática.
O alerta é do prefeito Riverton Mussi (PMDB), que se reuniu com seis prefeitos da Bacia de Campos nesta terça-feira (2), no gabinete, para discutir quais as ações em conjunto serão tomadas a partir desta semana, quando o cenário se agrava devido à proximidade da votação da emenda Ibsen. Prevista para ir em plenário inicialmente dia 10, a emenda pode ser votada em sessão extraordinária nesta quarta-feira (3), como ventilou o líder da base governista, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). - Caso a emenda seja aprovada, todos os investimentos com royalties serão suspensos e Macaé perde a autonomia financeira que tem porque a proposta atinge também o pós-sal, que é a nossa arrecadação, ou seja, as perdas são imediatas. E é a população quem perde. Vamos ter que demitir, parar com os projetos, parar de investir. A situação é alarmante, estamos nesta luta junto com o governador Sérgio Cabral e vamos até o Supremo Tribunal Federal buscar um encontro com o ministro Gilmar Mendes – afirmou o prefeito, que marcou uma audiência com o governador Sérgio Cabral para quarta-feira (3), às 15 horas, no Palácio Guanabara. Os prefeitos de Quissamã, Armando Carneiro (PSC); Cabo Frio, Marquinhos Mendes (PSDB); Rio das Ostras, Carlos Augusto Batlhazar (PMDB); Casimiro de Abreu, Antônio Marcos (PSC); Búzios, Mirinho Braga (PDT) e o prefeito eleito de Carapebus, Amaro Fernandes (PRB), participaram da reunião com o prefeito de Macaé, além de entidades econômicas do município, sindicatos e líderes comunitários. O Supremo Tribunal Federal é a última instância para os prefeitos recorrerem, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN). No entanto, pela lei, somente podem propor a ADIN o presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; o Procurador-Geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Já a emenda Ibsen Pinheiro está na Câmara e deve ser aprovada porque somente os deputados federais fluminenses e capixabas vão votar contra, o que soma 56 parlamentares. Da Câmara, a emenda vai para o Senado, que também deve aprovar porque os senadores são a maioria em comparação com a bancada do Rio e do Espírito Santo. Do Senado, a emenda segue para sanção do presidente, que deve vetar a proposta, voltando para a Câmara. Já a Câmara derruba facilmente o veto do presidente e todos os municípios produtores perdem os royalties. - Convocamos a todos a participarem do ato público nesta quinta-feira, às 16 horas, na Praça Gê Sardemberg, para dizer não à emenda Ibsen Pinheiro e tentar sensibilizar deputados e senadores. Macaé sofre todo o impacto por ser o centro de operações da Petrobras na região e é justo receber os royalties, que são uma indenização pelos danos que o município tem que arcar em função do petróleo – ressaltou Riverton. Perda será de R$ 343,5 milhões De acordo com o prefeito, no ano passado, Macaé recebeu R$ 345 milhões de royalties e participação especial e caso a emenda seja aprovada, passa a receber R$ 1,5 milhão. Em Carapebus, o prefeito eleito Amaro Fernandez está em maus lençóis caso a emenda seja aprovada: dos R$ 22 milhões recebidos em 2009, ficarão apenas R$ 310 mil por ano. “Carapebus ficará impossibilitada de qualquer administração, será inviável qualquer trabalho”, lamentou o prefeito, que toma posse dia 19. Mirinho Braga, chefe do executivo de Búzios, analisou que haverá uma falência total na cidade que governa e no estado. “É preciso lembrar do pouco empenho da bancada federal do Rio. Somos nós que produzimos o petróleo, é natural que os royalties fiquem aqui”, disse. Búzios, que recebeu em 2009 R$ 40,6 milhões, ficaria com apenas R$ 542 mil. Segundo o prefeito de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos, todo o projeto para o município fica abortado com a emenda. “É fechar a prefeitura, nós dependemos dos royalties”, salientou. De R$ 54 milhões por ano, Casimiro de Abreu ficaria com apenas R$ 620 mil. Para o prefeito de Quissamã, a emenda Ibsen é “um absurdo completo”. “Temos que chamar a atenção da sociedade, os royalties não podem ser tratados como impostos, existem várias inconstitucionalidades na emenda e a lei não pode excluir desta forma os municípios produtores”, reforçou Armando Carneiro. Se a emenda for aprovada, Quissamã fica com R$ 465 mil de royalties por ano, contra R$ 88,5 milhões recebidos em 2009. Já o prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar, afirmou que “prefere nem imaginar” o caos que vai se tornar a região. Dos R$ 216 milhões que a cidade recebe anualmente, Rio das Ostras passaria a receber apenas R$ 1,1 milhão. “A região, que é a responsável pela autosuficiência da produção de petróleo, não pode ser tratada dessa maneira. Prefiro acreditar que a serenidade vai prevalecer e que será votado apenas o pré-sal”, prosperou Balthazar. Marquinhos Mendes, prefeito de Cabo Frio, lembrou que a cidade perderia R$ 123 milhões, ficando com R$ 1,5 milhão por ano. “Com essa verba, o certo seria entregar a prefeitura para os deputados que votarem contra nós governarem. Não tem como administrar o município com essa receita”, frisou. Os prefeitos voltam a se encontrar no Rio, nesta quarta-feira, às 15 horas, na reunião com o governador Sérgio Cabral.
Vice-prefeita abre ano letivo na Cidade Universitária
Marilena alerta para a redução de cerca de 40% do orçamento do município
A vice-prefeita esclareceu que a manifestação contra a emenda do deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB/RS), que será votada dia 10 de março, na Câmara dos Deputados, não tem como objetivo a promoção dos gestores municipais, mas sim a defesa de Macaé. - Este é um movimento dos treze municípios da Bacia Petrolífera de Campos que serão seriamente prejudicados caso essa emenda seja aprovada. É um apelo dos que vivem neste município que teve um sacrifício histórico muito grande e não pode ficar sem esta indenização, disse. Marilena alerta para a redução de cerca de 40% do orçamento do município, o que afetará os investimentos do setor público, com consequências para todos os demais setores da sociedade. Na área da Educação, ela destacou a aplicação de recursos na manutenção da Cidade Universitária, por meio da Fundação Educacional de Macaé, integrada à gestão da Secretaria de Educação desde 2005. Ela salientou o investimento na formação e qualificação de três mil servidores municipais no ano passado, o que repercute em benefícios para toda a sociedade. Salientou ainda a criação do Colégio de Aplicação da Faculdade Pública Municipal, a FeMASS, que tem como objetivo ser a ponte entre os alunos das redes públicas de ensino e os cursos de nível superior de Macaé ou do país. “O CAp será o exemplo para que a rede possa se aprimorar cada vez mais”, declarou Marilena. Prevenção Durante a palestra, Marilena Garcia, que reassumiu suas atividades públicas na segunda-feira, 1, após licença de vinte dias para tratamento de um câncer de mama, chamou a atenção da plateia para a importância do autoexame da mama para a prevenção da doença. Folhetos explicativos da União Macaense Solidária no Combate ao Câncer de Mama (Unamama-Macaé), fundada no município há cinco anos por ela, foram distribuídos ao público, que também adquiriu as fitas cor-de-rosa, símbolo da campanha preventiva. Calendário Em 22 de fevereiro, começaram as aulas dos alunos da FeMASS e do CAp. Nesta segunda (1º ), os veteranos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição da UFRJ iniciaram o ano letivo e na próxima, dia 8, serão os alunos da UFF. As aulas dos veteranos dos cursos de Biologia, Química e Farmácia da UFRJ terão início dia 22 e do dia 29 ao 31 acontece a recepção aos calouros dos seis cursos da UFRJ. Na programação do “Trote Solidário” estão doação de sangue e de medula, panfletagens educativas, doação de alimentos e plantação de mudas, numa campanha contra a violência.
Projeto Pedagógico da Semaph valoriza identidade macaense para estudantes
O Solar dos Mellos está situado na Rua Conde de Araruama 248, Centro.
Para disseminar a alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio e também a estudantes universitários valores como o conhecimento da história de Macaé, sua economia e cultura, a subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph) da prefeitura está preparando o Projeto Pedagógico.
A Semaph está convocando responsáveis pelas instituições de ensino (diretores ou professores), localizadas no município, a entrarem em contato com o Solar dos Mellos (Museu da Cidade de Macaé), pelos telefones 2759-5049 ou 2763-2396, com a finalidade de agendar encontros estritamente educativos. Segundo a professora de História e pesquisadora da Semaph, além de coordenadora do Projeto Pedagógico, Gisele Muniz, equipe formada por seis profissionais (historiadores e agentes culturais) estará à disposição do público alvo, em todas as quartas e quintas-feiras, no período da manhã, a partir das 9h, ou no período da tarde, com início às 14h. Isso ainda no mês de março. - Lendas, histórias, conhecimentos econômicos e culturais, além de visitas ao Solar e foco em trabalhos e pesquisas acadêmicas, serão devidamente contados e orientados; analisados e investigados -, conta ela. No encontro, preparado com conteúdos diferenciados para o público infantil, adolescente e para os estudantes universitários, haverá a duração de uma hora e trinta minutos, num espaço cuja capacidade física é de 30 participantes. Os receptores de conhecimento irão absorver conteúdos referentes à exposição permanente, que enfatiza o antigo morador do Solar dos Mellos, Cezar Mello, que era comerciante e jornalista. Depois eles irão assistir ao vídeo, intitulado “História Feita de Rastros” - um termo utilizado pelo historiador Antonio Alvarez Parada - tomando consciência da economia e da história macaense. - Nosso objetivo é que os estudantes conheçam a história local e regional, de modo que se reconheçam como co-autores do processo de construção da cidadania na cidade de Macaé – explica Gisele. Ela acrescenta ainda que a identidade do macaense é valorizada mediante a execução desse Projeto Pedagógico. “Esse trabalho de disseminação de Macaé para alunos e estudantes macaenses e moradores da cidade só finda quando encerrar o ano letivo, no término de 2010”, completa ela, lembrando que os profissionais de ensino interessados no projeto além de contato telefônico também podem enviar mensagem eletrônica pelo e-mail semaph@macae.rj.gov.br. O Museu da Cidade de Macaé ou Solar dos Mellos está situado na Rua Conde de Araruama 248, Centro.
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