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Problema em gerador causa fumaça no complexo do Hospital das Clínicas de SP

Segundo o InCor, problema ocorre em prédio da Secretaria da Saúde. Ainda não há informações sobre as causas ou feridos.

Um problema em um gerador de um prédio da Secretaria Estadual da Saúde, no complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo, na região da Avenida Paulista, gerou uma grande quantidade de fumaça preta na região na manhã desta quinta-feira (4).

Segundo as primeiras informações dos bombeiros, houve um superaquecimento do gerador e um pequeno incêndio, controlado rapidamente. Não foi preciso esvaziar o prédio e ninguém ficou ferido. Duas equipes estavam no local por volta das 8h40.

O prédio fica vizinho à estrutura do Instituto do Coração (InCor). Segundo a assessoria de imprensa do InCor, não houve um incêndio no local, apenas um problema no gerador. Uma grande quantidade de fumaça saiu da tubulação que liga o prédio à estrutura da secretaria. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o problema ocorreu no prédio do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Segundo a pasta, não houve incêndio, e sim "uma quantidade excessiva de fumaça" emitida por "um problema na regulagem de um gerador da unidade". Os pacientes não foram afetados e o atendimento continua normal.

Bombeiro narra como interrompeu férias no Chile para ajudar vítimas de terremoto

Marcos Boldrin estava em Santiago quando ocorreu o forte tremor no país. ‘A sensação é de impotência. A destruição foi muito grande’, disse.

Mais de três minutos com tudo em volta tremendo, balançando – a ponto de não se conseguir ficar de pé – , objetos despencando no escuro, canos de gás e de água estourando nas paredes, muitos gritos de todos os lados. Enfim, uma cena capaz de impressionar até mesmo um experiente capitão do Corpo de Bombeiros, como Marcos Boldrin, de 40 anos e há 17 servindo na corporação de Marília, a 444 km de São Paulo. De volta à cidade onde mora na noite desta quarta-feira (3), depois de uma longa jornada de retorno, que teve início no domingo (28), Marcos Boldrin contou ao G1 como teve de interromper a viagem de férias ao Chile, ao lado da mulher Rosângela, para voltar a ser bombeiro, mesmo sem a farda, e ajudar a socorrer moradores de Santiago atingidos de alguma forma pelo forte terremoto que abalou o país na madrugada de sábado (27).
Em busca de bons vinhos, Marcos e Rosângela optaram pelo Chile em vez da França, “devido ao custo mais baixo”. A viagem teve início na segunda-feira (22). “Nós já tínhamos conhecidos as cidades vinícolas do interior do Chile quando chegamos, no sábado mesmo, em Santiago, para passar os últimos dois dias de nossa viagem. Chegamos de manhã, fizemos um passeio pela cidade, voltamos à noite para o hotel e fomos dormir”, contou Boldrin. Segundo ele, o casal saiu do Brasil ciente de que havia terremotos no Chile, mas em momento algum durante a viagem se preocupou com isso. “Percebíamos pequenos tremores, a água ondular no copo, mas tudo normal.” Na madrugada de sábado, no entanto, Marcos Boldrin foi acordado pela mulher e logo percebeu que teria de recorrer à sua experiência profissional. “Ela me acordou e disse: ‘Marcos, acho que está tendo um terremoto’. Ela sentiu a parede chacoalhando ao lado dela. A minha referência para saber a gravidade de uma situação são os postes de iluminação. Levantei e vi que ainda tinha luz na rua, que estava tudo normal. Tenho uma maleta que levo quando viajo onde guardo os documentos e pertences mais importantes. Já estava tudo dentro desta maleta. É mais uma prevenção por causa de um incêndio. Falei para ela: ‘Pega a maleta e vamos descer’. E saímos do quarto”, narrou. Logo em seguida, teve início o verdadeiro drama. “De repente, apagou tudo. Começou a tremer tudo, a cair tudo no chão. Estávamos no sexto andar. Falei para ela: ‘Agora corre que é pra valer!’“, lembrou Marcos. O prédio tremia a tal ponto que o casal nem sequer conseguia ficar de pé. Teve de deixar o hotel engatinhando. Ao mesmo tempo, ele gritava para que os demais turistas, de diferentes nacionalidades, deixassem o edifício. “Eu gritava ‘Let’s go!’ (Vamos embora!) e ninguém saía. Ficavam nos quartos”, contou.

Segundo Marcos, não ocorreram desmoronamentos, apesar de as estruturas ficarem abaladas, na região onde o hotel está localizado, pois se trata de um bairro relativamente novo e as construções seguem normas preventivas contra terremoto. Em um primeiro momento, mesmo tudo às escuras, procurou acalmar e auxiliar as pessoas. “Não precisei socorrer nem resgatar ninguém. Foi mais um apoio psicológico mesmo”, disse. Aos poucos, com o raiar do dia, começaram a chegar as primeiras informações de que os estragos maiores tinham o ocorrido na região central de Santiago. “Pensando como um bombeiro, fiquei tentando ir para o centro. Apenas às 15h que um taxista passou na rua. Pedi a ele que me levasse ao centro, porque eu queria ajudar. Ele concordou. Nem cobrou a corrida quando soube que era para auxiliar no socorro. Ele mesmo ajudou o pessoal”, recordou.

Impotência

Diante do cenário com o qual se deparou, mesmo com toda a sua experiência no combate a sinistros dos mais variados tipos, Marcos se impressionou. “A sensação é de impotência mesmo. Não tinha para onde ir, não tinha por onde começar, porque a destruição era muito grande. Nem os bombeiros de lá sabiam direito por onde começar. Muitas pessoas perderam tudo. Cheguei lá depois de 12 horas do terremoto, e só ajudei a retirar material dos escombros e a orientar as pessoas”, afirmou. Não foi o terremoto em si nem os estragos gerados que mais marcaram Marcos. “O que mais me marcou foi a postura dos chilenos, que permaneceram extremamente educados, conscientes diante daquela situação. Claro que você via consternação no rosto das pessoas, mas eles seguiam trabalhando. É um povo muito bom. Se pediram ajuda internacional é porque realmente estão precisando”, elogiou. Ao menos duas das cidades que visitou ficaram bastante destruídas pelo terremoto: Curicó e Santa Cruz. "Foram totalmente dizimadas." No domingo de manhã, já de volta ao hotel, a operadora de turismo com a qual o casal viajou providenciou o início da volta para o Brasil por meio terrestre. “Foram 30 horas de ônibus até Buenos Aires. O primeiro objetivo era chegar a Mendoza, também na Argentina, mas o aeroporto lá estava lotado.” Marcos e Rosângela permaneceram na capital argentina até a manhã desta quarta-feira. “Deu para aproveitar o restante da nossa viagem de férias em Buenos Aires. Fomos em um lugar que toca tango”, contou. De volta a Marília, Marcos sabe que, além de ser apontado como um herói pelos moradores, vai ter aumentada a fama de pé-frio que ostenta entre os colegas de corporação. “Agora é que essa fama de pé-frio vai pegar mesmo. É porque tudo que acontecia de errado era justamente no meu plantão”, finalizou, com bom humor suficiente para terremoto nenhum pôr abaixo.

Com mais de 6 mil casos de dengue, São José do Rio Preto diz já viver epidemia

Ribeirão Preto e Araçatuba também já têm 'transmissão sustentada'. Detecção dos casos nos locais passa a ser feita apenas por teste clínico.

Três cidades do estado de São Paulo - São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Araçatuba - já enfrentam o que a Secretaria de Estado da Saúde classifica como estado de transmissão sustentada de dengue. Na prática, as duas primeiras consideram que enfrentam mesmo uma epidemia.
Em São José do Rio Preto, foram detectados 6.601 casos; em Ribeirão Preto, 2.279; e em Araçatuba, há 1.357 infectados, além de cerca de 1.200 casos suspeitos, segundo dados das secretarias municipais de saúde dos municípios. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a detecção dos casos passou a ser feita por teste clínico e não mais por exame laboratorial NS-1, no Instituto Adolfo Lutz, na capital. De acordo com a secretaria, apenas nos casos de pacientes com febre hemorrágica, internados ou óbitos, o exame é realizado. A 'transmissão sustentada' se caracteriza quando os municípios ultrapassam determinada incidência de casos. Para Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, cidades maiores: 300 casos por 100 mil habitantes. Já para Araçatuba: 150 casos por 100 mil habitantes.

Os dados mais recentes da secretaria apontam que esses municípios confirmaram 2.366, 951 e 649 casos, respectivamente. Números menores do que o problema que as cidades contabilizam.

Em São José do Rio Preto, cidade a 438 km da capital com o maior número de casos no estado, os exames que antes eram enviados para o Instituto Adolfo Lutz são agora feitos por um laboratório municipal.

“A epidemia foi decretada na última semana de janeiro e optamos por continuar fazendo os testes no município para ter os dados reais”, diz o coordenador da Vigilância Ambiental de São José do Rio Preto, Augusto Azevedo da Silva. Em Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, as circunstâncias são parecidas. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Carla Palhares, a situação é mesmo de epidemia. “A partir do momento em que ultrapassamos os 300 casos por 100 mil habitantes é epidemia”, diz. Carla afirma que o município seguirá acompanhando os casos. No entanto, o exame NS-1, realizado pelo Adolfo Lutz, não será mais realizado durante a epidemia. Os casos serão confirmados clinicamente. “O número correto de casos interessa para saber se é ou não epidemia”, diz ela, que explica que antes, quando o exame NS-1 continuava a ser feito mesmo depois de decretada a epidemia, muitos pacientes deixavam de ser testados.

Vacina

Para Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), enquanto a vacina contra dengue não estiver pronta, os casos da doença vão se repetir. “Tivemos todas as condições para o desenvolvimento do Aedes aegypti (transmissor da dengue) neste ano”, diz. “A grande expectativa agora é para a chegada da vacina.”

Até agora, quase um terço dos municípios paulistas já registrou ocorrências de dengue neste ano. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, das 645 cidades paulistas, 199 já tiveram casos da doença. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 108,64 mil casos de dengue foram registrados no país, entre 1º de janeiro e 13 de fevereiro. O número significa um crescimento de 109% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 51,87 mil casos no país. Cinco estados concentram "alta incidência" de registros da doença, com 77,11 mil notificações registradas, ou seja, 71% das detecções. São eles: Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Acre.

Povoado de Nada é Pior escapa da destruição do terremoto no Chile

Comunidade tem casas centenárias, além de um nome curioso. Não houve feridos, e apenas algumas edificações foram afetadas.

Quem sai de Santiago de carro rumo a qualquer cidade do sul do Chile precisa ir pela Rota 5 e ficar atento às sinalizações. Depois de cerca de 160 km, uma placa chama a atenção. Diz: “Peor es Nada” e aponta para a direita. Quem acreditar que existe mesmo um lugar chamado “Nada é pior” e seguir a seta, vai encontrar algumas casas em uma rua larga sem asfalto e que quase não sofreram os abalos do terremoto que devastou parte do país na madrugada do sábado passado.

A reportagem do G1 acreditou na placa e esteve na tarde desta quarta-feira (3) no povoado de 300 habitantes, que pertence ao município de Chimbarongo, na província de Colchagua. No trajeto de cerca de 800 metros, casas muito antigas convivem com uma lan house recém-montada. E não há sinais de destruição aparente.

A primeira pessoa que passou pela rua-povoado foi o aposentado Luis Arrenas, que contou que após o terremoto ficou um dia sem luz e água, mas depois tudo se normalizou. Ninguém ficou ferido, e também não houve mortes. E por que se chama Nada é Pior? “Ah, é uma história antiga, mais pra frente as pessoas podem lhe explicar.” Mais à frente havia a lan house nova de Maritza Parral. Ela confirmou que o povoado escapou da destruição do terremoto e disse que havia acabado de se mudar para lá. “Acho bem tranquilo, um lugar bom de se viver”. E por que o nome? “Ao lado há uma mercearia e eles têm um livro que explica.” A loja que vendia comida, produtos de limpeza e fichas de caça-níquel, vendia também o livro “Peor es Nada – la historia de un rincón de Chimbarongo”, de Jorge H. Fuentes C. Enfim, a história do nome seria desvendada. “Mas não quer antes falar com o autor? Ele é professor e diretor da escola aqui da frente”, disse a funcionária. Menos de cinco minutos depois, aparece o professor Jorge Fuentes, caminhando.

Veja galeria de fotos do povoado de Peor es Nada

STF julga pedido de liberdade de Arruda nesta quinta-feira

Advogado entregou argumentos da defesa a ministros do Supremo. Governador se compromete a ficar fora do cargo até fim das investigações.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve realizar na tarde desta quinta-feira (4) o julgamento do pedido de habeas corpus do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido/ex-DEM).

Na quarta-feira (3), os advogados responsáveis pela defesa entregaram aos magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) o último conjunto de argumentos que justificariam a libertação. No documento, Arruda assume o compromisso de continuar fora do cargo caso ganhe liberdade.

Arruda está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro, por força de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O habeas corpus que pode liberar o governador vai ser analisado pela Suprema Corte na sessão desta quinta-feira (4). No documento entregue aos ministros, conhecido como memorial – uma espécie de resumo do processo e dos argumentos da defesa –, os advogados reafirmam o compromisso de Arruda em manter-se afastado do governo distrital até o final das investigações do inquérito do mensalão do DEM de Brasília no STJ.

O advogado Nélio Machado afirma no documento que o governador deseja apenas “reconstruir sua vida” e “atuar na sua defesa ao lado dos advogados”. “Ele prioriza a volta ao lar, a volta a sua família e a reconstrução de sua vida, atuando na sua defesa ao lado de seus advogados”, afirma.

Ainda segundo o advogado, o próprio governador assina o documento no qual garante aos magistrados que irá permanecer licenciado do cargo. Nélio Machado chegou ao STF por volta das 15h30 desta quarta e permaneceu no tribunal até 17h. Ele conversou pessoalmente com os ministros e entregou o documento com os argumentos da defesa.

“O memorial está assinado por Arruda. Ele reafirma o compromisso de permanecer fora do governo. Também está escrito no documento que falta motivação para essa prisão preventiva. Ainda reafirmamos a certeza de que Arruda vai se submeter às decisões do Judiciário”, relata o advogado.

O advogado de Arruda voltou a bater na tecla do caráter “desumano” da prisão do governador. “Se trata de algo desumano imaginar que ele possa voltar ao governo, depois de todo esse sofrimento, de toda essa via-crúcis, em uma prisão na qual não se permitiu que ele fosse assistido por seus médicos pessoais nem ver sua família”, afirmou Nélio Machado.

Carta

Para reforçar a disposição de Arruda continuar fora do governo, enquanto o advogado do governador circulava pelo STF, outro defensor de Arruda foi enviado à Câmara Legislativa do DF para protocolar a carta na qual a solicitação da renovação do pedido de licença é solicitada.

“A continuidade do afastamento dele do governo é no sentido do psiquismo do governador. Ele não tem condições de voltar a governar o Distrito Federal, salvo quando do encerramento das investigações e na medida em que ele seja cabalmente inocentado”, afirma Nélio Machado. A defesa do governador aposta na tese de que os magistrados irão ler durante a noite os argumentos apresentados no documento entregue nesta tarde: “A reflexão deles (os ministros) e a introspecção vai ocorrer de hoje para amanhã.” O relator do pedido de liberdade de Arruda no STF, ministro Marco Aurélio Mello, foi um dos magistrados que recebeu das mãos de Nélio Machado o documento com os argumentos da defesa. Carlos Ayres Britto também foi abordado pelo advogado. A rápida conversa ocorreu durante o intervalo da sessão da Suprema Corte nesta tarde.

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