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Guarda Nacional fecha supermercado na Venezuela por reajustar preços

Governo Chávez anunciou que fecharia empresas que 'especulassem'. Na sexta-feira, presidente determinou a desvalorização da moeda local.

O governo da Venezuela fechou nesta segunda-feira (11), por 24 horas, um hipermercado de Caracas do grupo franco-colombiano Exito, por "irregularidades" nos preços dos produtos após o anúncio da maxidesvalorização do bolívar. A medida, aplicada pelos organismos de defesa do consumidor (Indepabis) e de arrecadação tributária (Seniat), foi executada pela Guarda Nacional, que ocupou as instalações do hipermercado.

A rede colombiana 'Exito', cujo maior acionista é o grupo francês Casino, tem grandes supermercados em várias cidades da Venezuela, onde vende desde alimentos básicos até eletrodomésticos. No total, o governo fechou "70 negócios, de restaurantes a lojas de autopeças, por reajuste nos preços e especulação", informou a agência oficial de notícias ABN.

O presidente Hugo Chávez anunciou na sexta-feira passada uma maxidesvalorização da moeda local, que era mantida a 2,15 por dólar desde 2005. A partir de agora, o bolívar vale 2,60 por dólar para produtos de primeira necessidade, remessas ao exterior e importações do setor público, e 4,30 por dólar para os demais produtos.

Ainda no domingo, o presidente deu ordens ao exército para verificar se não haverá remarcação de preços e pediu aos seus simpatizantes para "denunciar publicamente os especuladores". O "plano de ofensiva" significaria a tomada de "qualquer empresa, de qualquer tamanho, que jogue o jogo burguês da especulação".

Prevendo um aumento imediato dos preços após a medida, milhares de venezuelanos correram ao comércio para comprar eletrodomésticos importados. Chávez afirma que não há motivos para um aumento de preços e ameaça "tomar" os negócios dos comerciantes que apliquem preços abusivos.

Queda nas exportações

O governo venezuelano espera reduzir em até 40% as importações do país após a desvalorização da moeda local local, um cenário que representa "uma oportunidade de ouro" para o setor produtivo nacional, afirmou o ministro do Planejamento, Jorge Giordani.

"Entre 30 e 40%", respondeu Giordani ao ser questionado sobre quanto esperava de redução das importações em uma entrevista ao canal oficial VTV. "O setor privado tem uma oportunidade de ouro para criar e ter uma economia interna mais forte", completou.

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