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BRASIL / MUNDO

Juízo de valor sobre Arruda ‘só depois de terminar a investigação’, diz Lula

Para presidente, imagens gravadas por Durval Barbosa ‘não falam por si’. Lula defendeu investigação da PF e disse que Justiça é que vai julgar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou pela primeira vez nesta terça-feira (1) as denúncias que envolvem o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), o vice, Paulo Octávio (DEM), empresários e integrantes do governo nesse que já é chamado de “Mensalão do DEM em Brasília”. Para Lula, as imagens em que o pivô do escândalo, Durval Barbosa, distribui pacotes de dinheiro “não falam por si” e não o autorizam “a fazer juízo de valor” sobre o caso.

Veja páginas de vídeos do escândalo “A imagem não fala por si. O que fala por si é todo o processo de apuração, é todo o processo de investigação. Quando tiver toda a apuração e investigação terminadas, a Polícia Federal vai ter que apresentar o resultado final do processo. Aí você pode fazer juízo de valor e mesmo assim quem vai fazer é a Justiça”, afirmou o presidente.

Câmeras flagram ladrão com o braço engessado invadindo escritório

Homem furtou monitor e celular em São José do Rio Preto, em SP. Segundo a polícia, ele foi preso na sexta e é suspeito de 18 furtos.

Imagens registradas pelo sistema de monitoramento de um escritório em São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo, mostram a ação de um ladrão que invadiu o local mesmo estando com um dos braços engessado.

A gravação mostra quando o rapaz, mesmo com o braço imobilizado, pula o portão de entrada da empresa. Em uma das salas, ele revira todos os armários e sai com um monitor. No escritório, com apenas uma das mãos, ele arromba uma gaveta e furta um celular.

Segundo a polícia, o homem de 22 anos é suspeito de cometer 18 furtos na cidade. Preso na sexta-feira (27), ele foi levado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade.

Esperança de vida chega aos 72,8 anos, diz IBGE

Instituto divulgou pesquisa nesta terça-feira. Diferença da expectativa de homens e mulheres é de sete anos.

A esperança de vida ao nascer dos brasileiros de ambos os sexos subiu para 72,8 anos em 2008, segundo a pesquisa Tábua Completa de Mortalidade da População do Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (1º). Em 2007, a esperança de vida era de 72,5 anos.

A diferença da expectativa de vida entre homens e mulheres era de mais de sete anos, no ano passado. O IBGE informa que, entre os homens, o índice é de 69,1 anos. Entre as mulheres, 76,7 anos.

Segundo o instituto, em 1998, a expectativa de vida era de 69,6 anos. Ou seja, em dez anos, a esperança de vida subiu três anos.

Os números atuais, entretanto, são menores do que em muitos países. O IBGE diz que no Japão, em Hong Kong, na Suíça, na Islândia, na Austrália, na França e na Itália, a média já ultrapassou os 81 anos. A previsão é de que a esperança de vida da população brasileira alcance os 80 anos por volta de 2040.

A pesquisa também revela que, entre 1970 e 2008, a mortalidade infantil caiu de cem para 23,3 óbitos por mil nascidos vivos. No período de 1998 para 2008, 68 homens jovens de 15 a 24 anos morreram, diariamente, por causas externas, totalizando cerca de 272,5 mil óbitos.

O IBGE divulga, todo ano, desde 1999, a tábua da mortalidade. O instituto afirma que os dados são usados pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros do fator previdenciário das aposentadorias sob o Regime Geral de Previdência Social.

Pessoas com Aids têm mais problemas psicológicos do que físicos, diz pesquisa

65% dos pacientes em tratamento consideram saúde boa ou ótima. No entanto, 47% dizem sentir grau intenso de preocupação ou ansiedade.

Os pacientes com Aids em tratamento no Brasil sofrem mais com problemas psicológicos ou sociais do que com a ação do vírus no organismo, mostra pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgada nesta terça-feira (1º), pelo Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde. A pesquisa "Percepção da qualidade de vida e do desempenho do sistema de saúde entre pacientes em terapia antiretroviral no Brasil", financiada pelo governo federal, foi realizada em 2008 com 1.260 pessoas que recebem tratamento antiretroviral para Aids - em todo o país, 200 mil fazem o tratamento, de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados mostram que 65% dos pacientes com Aids em tratamento consideram sua saúde como boa ou ótima. No entanto, 33% dos pesquisados afirmaram ter tristeza ou depressão em grau intenso ou muito intenso. 47% disseram sentir preocupação ou ansiedade em grau intenso ou muito intenso.

O índice de pessoas com Aids que se sentem bem de saúde é superior ao registrado pela população em geral - cerca de 55% consideram a saúde boa ou ótima. Os dados da população em geral são da Pesquisa Mundial de Saúde, feita pela Organização Mundial de Saúde em 2003. As pessoas com Aids também se consideram com melhores condições de saúde do que os pacientes com outras doenças crônicas ou de longa duração: 27% classificam a própria saúde como boa ou ótima.

Considerando os problemas psicológicos, quem tem Aids sofre mais do que a população em geral: somente 15% dos entrevistados declararam sentir tristeza ou depressão em grau intenso ou muito intenso. No aspecto preocupação e ansiedade, o percentual da população em geral também foi menor: 23% disseram sentir em grau intenso ou muito intenso. Aqueles que iniciaram o tratamento após 2007, indica a pesquisa, têm uma pior avaliação de seu estado de saúde. Para os pesquisadores, isso pode ocorrer porque "esses pacientes ainda não recuperaram seu sistema imunológico devido ao pouco tempo de tratamento" e ainda podem sofrer com os efeitos colaterais do início do tratamento.

Análise

Para a coordenação da pesquisa, os dados mostram que as pessoas com Aids no país têm dificuldade para superar os traumas causados pelo diagnóstico da doença. "Os sentimentos de tristeza e depressão podem ser explicados pela falta de apoio social, pelo sentimento de discriminação, pelo sentimento de solidão, entre outros, que diferenciam as pessoas com Aids da população geral", diz a análise. A coordenação da pesquisa também avalia que muitos dos pacientes em tratamento consideram seu estado de saúde bom porque comparam com a situação em que estavam no momento do diagnóstico. "Quando fazemos a pergunta, eles acabam por comparar a situação atual ao momento do diagnóstico, o que faz com que boa parte dos pacientes respondam que atualmente sua saúde é excelente ou boa", explica a pesquisa.

Principais dificuldades

A pesquisa mostra ainda que 36,5% dos entrevistados disseram que após o diagnóstico tiveram uma piora das condições financeiras. Outros 33,7% apontam como principais perdas a piora na aparência física. A entrada no mercado de trabalho também é prejudicada, mostra a pesquisa. Dos pacientes homens em tratamento, por exemplo, 55% não trabalham contra 21% da população masculina em geral - levando em consideração os dados de 2006 - os disponíveis na época da realização da pesquisa da Fiocruz, segundo o governo - do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando homens e mulheres, o percentual dos que não trabalham sobe para 58%. 20% dos entrevistados disseram ainda que perderam o emprego após o diagnóstico do HIV.

Pais de brasileira morta na Austrália devem viajar ainda nesta semana

Suellen Domingues Zaupa foi encontrada morta no dia 21, em Sydney. Família soube do caso por meio de amigos da estudante.

Os pais de Suellen Domingues Zaupa, estudante brasileira encontrada morta no apartamento de um médico em Sydney, na Austrália, devem embarcar para aquele país ainda nesta semana. Luiz Antonio Zaupa e Solange Domingues Zaupa aguardam apenas a liberação do visto e outras questões burocráticas para a viagem. Estudante de hotelaria, a gaúcha de 22 anos foi encontrada morta em 21 de novembro no apartamento de um médico australiano. A família só soube do caso na quinta-feira (26), por meio de amigos – e não pelas autoridades australianas. "O pai de uma colega dela lá nos informou que estava ocorrendo algo estranho. Acabamos tendo a confirmação [da morte] no domingo (29)", contou o pai, em entrevista por telefone ao G1.

Segundo Zaupa, a única informação confirmada pela polícia à embaixada brasileira na Austrália é que o corpo de Suellen estava no apartamento do médico quando a polícia invadiu o local. "A polícia não liberou informações sobre as circunstâncias. O resto é especulação", afirmou.

O jornal "The Sunday Morning Herald" publicou uma reportagem afirmando que há suspeita de que a jovem tenha usado drogas. O dono do apartamento – avaliado em 1,7 milhão de dólares australianos (cerca de R$ 2,7 milhões) – teria sido indiciado pela morte da brasileira e se entregado à polícia. Ainda segundo a imprensa australiana, os peritos teriam estimado que Suellen estava morta havia 36 horas, o que fixaria a data da morte em 19 de novembro. No apartamento, ainda estariam duas outras mulheres.

Jovem tinha planos de morar em Dubai ou na África do Sul

Nascida em Porto Alegre (RS), Suellen morava em Sydney, onde estava concluindo o curso de hotelaria, havia três anos. Segundo o pai, a jovem fazia alguns trabalhos na área, mas recebia dinheiro da família para se manter no país enquanto estudava. Fã de surfe, dividia apartamento com um australiano e tinha uma turma de amigos brasileiros, com quem se encontrava com alguma frequência. Durante o período em que morou na Austrália, visitava a família para as festas de final de ano. Em 2009, não seria diferente. "Ela estava com a passagem marcada para voltar. Chegaria aqui no dia 10. Depois, iria decidir onde morar. Ela tinha planos de trabalhar em Dubai [nos Emirados Árabes] ou na África do Sul no ano que vem", disse o pai.

Zaupa acredita que o visto dele e da mãe de Suellen sejam liberados ainda nesta terça-feira (1º). "A embaixada australiana aqui e a embaixada brasileira lá têm sido muito gentis", fez questão de ressaltar. Os pais pretendem cremar o corpo da jovem, conforme seu desejo.

Após 6 meses, causas do acidente com voo AF 447 continuam desconhecidas

Agência que investiga caso deve divulgar relatório neste mês. Sem as caixas-pretas, investigadores dizem que respostas podem demorar.

O acidente com o voo AF 447, que caiu no oceano Atlântico quando ia do Rio de Janeiro a Paris, matando 228 pessoas, completa seis meses nesta terça-feira (1º) sem que haja respostas sobre as causas da tragédia. Até o fim deste mês, o Escritório de Investigações e Análises da França (BEA), que está estudando o caso, deve divulgar um relatório sobre as últimas descobertas, mas, uma vez que as caixas pretas da aeronave não foram encontradas, é possível que as investigações tomem ainda mais tempo. Segundo o último relatório divulgado pelo BEA, em 5 de outubro, os elementos disponíveis para a investigação estão sendo estudados pelos "maiores especialistas franceses e estrangeiros". O Escritório diz que a análise continua, mas é particularmente difícil "e é muito cedo para poder descrever as circunstâncias do acidente e tentar explicá-las." O texto pede grande prudência ao lidar com esta investigação.

Em novembro, durante homenagem às vítimas, o ministro francês Alain Joyandet afirmou que o governo francês espera retomar as buscas pelas caixas pretas em fevereiro de 2010. “Já houve acidentes do mesmo tipo em que se conseguiu encontrar a caixa preta. O avião está a 4 mil metros de profundidade, mas isso não torna impossível e não nos impede de fazer essa busca”, disse o ministro. Uma das possíveis causas apontadas por investigadores de acidentes aéreos independentes é de que houve falha nos sensores de velocidade do avião. O Airbus A330 da Air France registrava leituras "inconsistentes" de velocidade antes de cair no oceano Atlântico. A BEA rechaçou as alegações de que defeitos em sensores de velocidade foram a causa do acidente, mas autoridades internacionais de aviação sugeriram a substituição definitiva das peças.

Avião cargueiro da TAF sem freios bate em ‘elevador’ da TAM em Cumbica

Acidente ocorreu na madrugada desta terça (1º), diz Infraero. Colisão não prejudicou demais pousos e decolagens em Guarulhos.

Um avião cargueiro da TAF perdeu os freios e bateu em uma espécie de elevador da empresa TAM, na madrugada desta terça-feira (1º), no estacionamento do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Não houve feridos. A informação é da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, um dos pilotos da aeronave TAF informou que não conseguiu frear quando se dirigia ao estacionamento e colidiu com um equipamento da TAM usado para limpar aviões. Ainda, de acordo com o órgão, foram danificados o aparelho e o bico do cargueiro. O acidente não prejudicou os pousos e decolagens de outros aviões e demais operações no pátio de Cumbica, de acordo com a Infraero. O aeroporto de Guarulhos opera 24 horas por dia. O cargueiro foi retirado do local da colisão, mas continua no aeroporto. Procurada, a TAF informou que sabia do acidente, mas só iria comentar o assunto no início da tarde desta terça. A TAM informou que iria apurar os fatos para se pronunciar.

Presidente eleito de Honduras quer reconhecimento de Lula

EUA reconhecem vitória de Porfirio Lobo nas eleições de Honduras. Presidente deposto, Manuel Zelaya, rejeitou o resultado.

O presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, disse nesta segunda-feira (30) que não vai medir esforços para conseguir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheça as eleições realizadas no último domingo (29). Lobo disse que fará "um esforço para que se normalizem as relações (com o Brasil)". "Queria poder ligar para o presidente Lula já hoje. Vamos procurá-lo quantas vezes for necessário para conseguir que nos entenda e nos compreenda", afirmou. O presidente eleito afirma que não sente "urgência" no reconhecimento de seu triunfo pela comunidade internacional, embora tenha dito que fará todos os esforços para que aqueles que não aceitam o pleito mudem de ideia. "O importante é que esperemos. Não tenho urgência que digam hoje. Eu gostaria que fosse assim, é o ideal, mas se eles consideram que é prudente ter mais tempo, perfeito", disse, em sua primeira entrevista coletiva após o triunfo.

Lobo afirma que conversou com alguns líderes internacionais, como o presidente da Costa Rica e mediador na crise hondurenha, Óscar Arias, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, e o presidente de El Salvador, Mauricio Funes. "Há vários (presidentes) com quem falamos. Disseram que vão reconhecer, que vão nos ajudar a fazer com que outros nos reconheçam também. É um tema que pouco a pouco vamos resolvendo", disse.

No entanto, o presidente eleito lembrou que, embora todas as nações sejam importantes, "não há dúvida de que o país mais importante são os Estados Unidos", onde vivem um milhão de hondurenhos, e para onde o país centro-americano envia aproximadamente 40% de suas exportações. A eleição teve o apoio dos americanos. O governo dos EUA reconheceu nesta segunda-feira a "ampla vitória" de Porfirio Lobo, candidato do conservador Partido Nacional, nas eleições em Honduras.

"Os Estados Unidos tomaram nota das eleições. Ele (Lobo) será o próximo presidente de Honduras", disse o secretário de Estado adjunto dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, em entrevista coletiva no Departamento de Estado.

Com isso, Washington dá seu respaldo oficial ao resultado das eleições hondurenhas deste domingo, nas quais o opositor Lobo alcançou 52,34% dos votos, com 66,31% das urnas apuradas, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de Honduras.

"Reconhecemos que há um resultado em Honduras nestas eleições. Isso está bastante claro. Reconhecemos estes resultados e felicitamos Lobo por tê-las vencido", ressaltou Valenzuela. O Secretário de Estado adjunto também elogiou os hondurenhos por um pleito que, segundo ele, foi justo e transparente e, com isso, cumpriu os padrões internacionais.

Valenzuela reiterou também que as eleições não foram convocadas no "último minuto" pelo governo de fato de Roberto Micheletti para legitimar o golpe de Estado. O diplomata americano reiterou que as eleições hondurenhas representam um passo "significativo" à frente para o país, apesar de que Honduras "tem que fazer mais" para restaurar a democracia e seguir um processo de reconciliação nacional baseado no Acordo Tegucigalpa-San José. "Enquanto as eleições são um passo significativo para voltar à democracia, são somente isso, um passo, e não o último" que Honduras terá que dar para restaurar a ordem constitucional e democrática, insistiu. Valenzuela explicou que, "devido à gravidade e a polarização" antes e depois do golpe de Estado de 28 de junho, quando o presidente Manuel Zelaya foi derrubado, "é extremamente importante que os líderes hondurenhos sigam o marco estabelecido pelo acordo assinado em 30 de outubro. De acordo com Valenzuela, deve haver um governo de união nacional, um voto do Congresso sobre a restituição de Zelaya, previsto para 2 de dezembro, e uma comissão da verdade.

Zelaya rejeita resultado

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou nesta segunda que não aceitará sua restituição ao cargo para legalizar as eleições de domingo, e insistiu que a abstenção superou 60%. "Nem restituição para legitimar o golpe, nem para avalizar um processo que é totalmente ilegal", ressaltou Zelaya em declarações à "Rádio Globo", de Honduras, após as eleições gerais realizadas ontem e que deram o triunfo virtual ao opositor Porfirio Lobo. "Nem a restituição sob as condições de legalizar esta fraude eleitoral pode ser aceita por alguém que luta pelos princípios", acrescentou. O presidente, destituído em 28 de junho e desde setembro na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, reiterou suas denúncias de que a abstenção superou 60%, percentual quase idêntico de participação que apontam as autoridades eleitorais hondurenhas. Conforme o TSE, a participação nas eleições foi de 61,3%, com 1.716.027 votos sobre um total de 2.598.600 eleitores recenseados nas 8.662 mesas que puderam ser computadas e que representam 56,7% do total de 15.260 mesas eleitorais. O censo eleitoral total é de 4,6 milhões de eleitores, dos quais, pouco mais de 1 milhão moram no exterior e habitualmente não participam do pleito, por isso que o "censo ativo" é menor. Para Zelaya, no entanto, mesmo com esse ajuste os técnicos do TSE cometeram um "grave erro" porque "se 1,7 milhão de votos correspondem a 61,7% quantos iriam corresponder a 100%? Por esse percentual seriam necessários 2,8 milhões de votos", disse. "Eu me encarrego de buscar os dados de Prefeitura em Prefeitura", disse, ao ressaltar que "todo o povo sabe que as votações foram menores e eles dizem que há 600 mil votos a mais na votação". Zelaya insistiu em que o pleito ocorreu em uma Honduras "aterrorizada" e sem "liberdade para expressar-se" pela presença de militares em todo o país, e disse que a revisão dos votos vai demonstrar que as eleições têm um "vício de fraude, de ilegalidade, de origem". "Não me rendo embora tenham me ameaçado, embora queiram me humilhar porque estou defendendo uma causa, que é a causa do povo de Honduras", assinalou.

'História'

O candidato vitorioso na eleição, Porfirio Lobo, disse que Zelaya já faz parte do passado. "Estou aqui alegre, vendo o futuro, e vocês aqui (falando em) 'Zelaya'. Zelaya já é história, já é parte do passado", disse Lobo a jornalistas. Vários governos latino-americanos, inclusive do Brasil, reivindicavam que Zelaya fosse restituído ao poder antes da eleição, e por isso decidiram não reconhecer o resultado do pleito. Já os EUA viram a eleição como uma solução para a prolongada crise política hondurenha. Zelaya e o presidente interino Roberto Micheletti chegaram a assinar um acordo, afinal descumprido, pelo qual caberia ao Congresso decidir pela volta de Zelaya ao poder. Por isso Lobo disse que não pretende se intrometer no assunto, ao menos por enquanto. "Este governo (de Micheletti) tem de terminar com todos os problemas hoje pendentes (...). Se não, se sobrar alguma coisa para mim, aí veremos o que vamos fazer". O presidente eleito afirmou que sua prioridade será resolver os problemas resultantes da crise econômica, já que a redução da demanda por exportações para os EUA atingiu em cheio Honduras, onde 70% da população vivem na pobreza.

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