BRASIL / MUNDO
Inspirada em Led e The Who, menina de 9 anos chama atenção como baterista
Carioca Letícia Santos é a mais jovem integrante da banda Black Aces. Primeiro show aberto do grupo será no próximo domingo (13), no Rio.
“Sempre pensam que é um homem tocando, mas quando chegam perto da bateria, sou eu, pequenininha.” Assim a carioca Letícia Santos, de 9 anos, resume a reação das pessoas que a ouvem tocar. A mais jovem integrante da banda Black Aces – que inclui outros seis músicos com idades entre 13 e 15 anos – diz não ficar surpresa quando é reconhecida fora de casa, uma vez que já tocou na Xuxa, no Faustão e no Programa do Jô.
“Quando estive na feira Expo Music no ano passado, fiquei animada, não sabia que as pessoas iam me reconhecer. Mas nem me assustei. É que elas veem meus vídeos no YouTube”, conta a garota, que tem patrocínio dos fabricantes de pratos e baquetas e ainda ganhou uma bolsa de estudos em uma escola de música do Rio de Janeiro.
Apesar de já ter feito certa fama com suas duas bandas anteriores, Três e Meio e DC5, Letícia terá sua prova de fogo no próximo domingo (13), quando a Black Aces fará sua estreia em uma apresentação aberta ao público, na abertura da Corrida da Longevidade, a partir das 9h na Praia do Leme. À tarde, Letícia se apresenta na festa de fim de ano do Guitar Club, onde tem aulas. “Dois compromissos no mesmo dia, para mim, está ótimo”, diz a roqueira mirim, enumerando seus ídolos.
“Gosto do Keith Moon [The Who], do John Bonham [Led Zeppelin] e do Chad Smith [Red Hot Chili Peppers]. Já minhas bandas preferidas são Guns N’ Roses, Charlie Brown Jr., Deep Purple, Beatles e NX Zero.”
Sua banda toca atualmente 15 canções, incluindo duas músicas próprias, “Não esqueça de me esperar” e “Esse ano”, disponíveis para audição no MySpace. Os ensaios geralmente acontecem aos domingos, quando o grupo passa cerca de três horas em estúdio.
O talento para a música é genético. O pai de Letícia aprendeu a tocar violão por conta própria e o tio foi integrante do grupo Brazilian Beatles. Na época do Secos & Molhados, os dois montaram a banda Portas e Janelas. “Praticamente toda a família é musical”, diz ela.
Astrogildo dos Santos acompanha os ensaios da Black Aces, mas não se considera empresário. “Como ela está indo muito bem na bateria, estou dando força. Os outros pais não têm essa visão de música e eu acabo encabeçando. Até gostaria que aparecesse um empresário sério, mas as gravadoras estão em crise e isso complica.” Ele se lembra de quando a filha demonstrou ter jeto para música, aos quatro anos. “Desfilei na bateria da escola de samba do Jacarezinho. Cheguei Às 7h em casa e ela estava acordando. Peguei as baquetas e dei pra ela brincar. No dia seguinte ela já estava no atabaque. Assistíamos DVDs de rock juntos até que comprei uma bateria pequena para ela tocar.” Hoje, Letícia tem um estúdio dentro de casa equipado com guitarra, violão, baixo, microfone, bateria, pandeiro, flauta. “Na guitarra eu não sou muito boa não, mas estou aprendendo. Piano estou tocando na ecola... E estou querendo aprender baixo”, planeja.
Polícias do Rio e de SP matam mais que a dos EUA
Relatório indica 1.534 mortes em confrontos nas duas cidades em 2008, contra 371 dos EUA
O relatório da ONG também concluiu que "parte significativa" das mortes em suposto confronto com a polícia são, na verdade, "execuções extrajudiciais". O diretor da divisão das Américas da ONG, José Miguel Vivanco, afirmou, em nota, que os policiais agem dessa forma para proteger:
- Os policiais são autorizados a usar a força letal como o último recurso para se protegerem ou protegerem outros. Mas a noção de que esses homicídios seriam cometidos em legítima defesa ou seriam justificados pelos altos índices de criminalidade é insustentável.
A causa dos extermínios extrajudiciais, aponta o documento da Human Rights, são os sistemas de justiça penal nos dois Estados. Eles dependem de membros das próprias corporações para investigar os crimes e acabam não conseguindo responsabilizar os policiais por assassinato.
- Enquanto couber às polícias investigar a si mesmas, essas execuções continuarão. E os esforços legítimos de combater a violência serão enfraquecidos.
O estudo também chama atenção para as mortes cometidas por policiais fora do expediente, "frequentemente quando agem como membros de milícia no Rio ou em grupos de extermínio em São Paulo".
Pesquisadores analisaram, durante dois anos, 51 mortes em autos de resistência. Eles encontraram evidências de que as vítimas receberam tiros à queima-roupa e na nuca, e que provas testemunhais foram ignoradas pelos investigadores.
As secretarias de Segurança Pública dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro ainda não haviam se manifestado oficialmente sobre o relatório até a publicação desta reportagem.
Criança fica com língua presa em poste congelado
A clássica notícia do inverno é esta: criança que tentou lamber poste gelado ficou grudada nele
Manuel Zelaya dobra valor da conta de luz na Embaixada do Brasil e só sai de lá em 27 de janeiro
Presidente deposto de Honduras está na sede da missão brasileira desde 21 de setembro
Zelaya chegou à embaixada em 21 de setembro. Segundo Batista, ele estava acompanhado de uma comitiva de 316 pessoas entre correligionários, familiares e militantes, além de jornalistas brasileiros e estrangeiros que conseguiram entrar na casa. O presidente deposto havia acabado de voltar escondido ao país, após o golpe que o retirou do poder em 28 de junho.
Hoje, diz Batista, os acompanhantes de Zelaya não passam de 15, a maioria seguranças. Da família, ficou apenas a mulher Xiomara:
- Na sexta-feira, saíram três: um jornalista, que estava desde o começo, e dois rapazes da segurança dele. Eles estão saindo aos poucos.
A turma que acompanha Zelaya praticamente se diluiu nos quase 500 m² da casa de oito cômodos. Há apenas dois brasileiros no local. Na verdade, dois que se revezam: o ministro conselheiro Francisco Catunda e o próprio Batista.
Eles fazem turnos de 24 horas cada um para “tomar conta da embaixada”. Segundo Batista, "Zelaya não pode ficar sem um funcionário da embaixada presente".
Nesse período, a embaixada suspendeu todas as atividades, inclusive as consulares (de atendimento aos brasileiros no país). A assessoria de imprensa do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) informa que a maioria dos serviços está sendo prestada na casa do ministro conselheiro Catunda e que apenas alguns trâmites foram transferidos à Embaixada do Brasil em El Salvador, país vizinho.
Segundo Batista, a embaixada não está fornecendo absolutamente nada ao grupo de Zelaya. A não ser água e luz.
- Não estamos nem fornecendo material de escritório para ele, pois nós não temos.
Despesa mensal é de R$ 27.238
Nesse período de hospedagem de Zelaya, a conta de luz na embaixada brasileira dobrou. Subiu do equivalente a R$ 220 (2.500 lempiras) para R$ 450 (ou 5.000 lempiras).
Segundo o Itamaraty, o orçamento mensal da embaixada para despesas básicas é de US$ 5.700 (R$ 10 mil). O imóvel pertence ao ministério. Contando os valores do seguro da propriedade e dos automóveis, mais a folha de pagamento dos funcionários locais, a despesa mensal sobe para US$ 15.485 (R$ 27.238).
Comida, roupa e produtos de higiene vêm de fora, segundo Batista. Ele acredita que quem forneça sejam organizações não governamentais:
- A limpeza antigamente eram eles mesmos que faziam [turma do Zelaya], mas agora voltamos a ter uma profissional, contratada pela embaixada, que trabalha 3 horas por dia, dia sim dia não, que já havia antes do Zelaya.
Sobre a expectativa de saída do presidente deposto do prédio, Batista afirma:
- Zelaya está dizendo que enquanto o Brasil deixá-lo ficar na embaixada, ele vai ficar. Extraoficialmente há uma expectativa de que ele saia dia 27 de janeiro, que é a data da posse do novo presidente.
O Itamaraty afirma que Zelaya fica na Embaixada do Brasil o tempo que julgar necessário.
Volkswagen comprará 19,9% da Suzuki
Estratégia da montadora alemã é abrir caminho em mercados emergentes. Aliança custará cerca de 1,7 milhão de euros.
A Volkswagen, maior montadora da Europa, e a Suzuki anunciaram nesta quarta-feira (9) uma aliança de capitais. A construtora alemã comprará 19,9% da empresa japonesa, quarta maior fabricante de carros em seu país e terceira no mundo no setor de motocicletas.
“Volkswagen e Suzuki firmaram uma carta de intenções para estabelecer uma aliança de longo prazo”, anunciaram os dois construtores em um comunicado conjunto. “As empresas prevêem enfoque conjunto frente à demanda mundial crescente de veículos ecológicos”, acrescentou o comunicado. A Volkswagen prevê comprar 19,9% das ações da Suzuki até janeiro de 2010. A ação deve movimentar cerca de 1,7 milhão de euros.
Recentemente a Volkswagen comprou 49,9% da Porsche, e se comprometeu a assumir completamente a empresa alemã até 2011.
Decisão sobre juros sai hoje, e mercado aposta em manutenção da taxa
Taxa básica de juros, a Selic, está atualmente em 8,75% ao ano. Reunião é a última do ano; para analistas, juros só sobem em junho.
O BC vinha cortando a taxa de juros até a reunião de setembro, quando manteve os juros em 8,75% pela primeira vez, decisão que se repetiu em outubro. "O Copom vai manter os juros porque não há pressão inflacionária para os próximos meses", explica Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios. "Os preços administrados [telefone, água, luz etc.] não devem subir no ano que vem, porque seus reajustes são determinados pela inflação no atacado passada, que foi muito baixa neste ano." Além disso, o economista explica que o dólar baixo em relação ao real barateia os importados, o que também contribui para preços menores para o consumidor. Por fim, mesmo com os consumidores comprando muito, ou seja, a demanda aquecida, as empresas ainda têm capacidade ociosa e podem aumentar a produção rapidamente para atendê-la, diz Leite. De acordo com o relatório de mercado do BC, os analistas esperam que os juros subam só em junho do ano que vem, para 9,25% ao ano.
Juros e inflação
O BC aumenta e reduz os juros com o objetivo de controlar a inflação, para a qual tem uma meta. As taxas de juros mais altas tornam o crédito para empresas e pessoas mais caro, além de tornar mais atraente poupar. Com isso, reduzem a produção e o consumo, desaquecendo a economia e também evitando uma alta maior dos preços. Por outro lado, os juros mais baixos encorajam o consumo e o investimento por parte das empresas, aquecendo a economia. Para 2009, 2010 e 2011, a meta central para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. Assim, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% e ainda atingir a meta. A previsão dos analistas de mercado para a alta do IPCA em 2009 está em 4,26%, segundo o relatório de mercado do BC. Já a estimativa do mercado para o IPCA de 2010 é de alta de 4,48%.
Novo diretor
A reunião desta terça e quarta-feira é o primeiro encontro a contar com a participação do novo diretor de Política Monetária da instituição, Aldo Luiz Mendes. Ele entrou no lugar de Mário Torós, que deixou o BC após detalhar, em entrevista, a atuação do BC durante a crise financeira.
Brasil leva etanol à COP 15 como opção de combustível sustentável
Representantes defendem produto na conferência sobre clima da ONU. Suécia e EUA são parceiros para desenvolvimento de biocombustíveis.
Representantes do Brasil aproveitam a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15) para tentar firmar o álcool como uma alternativa de combustível renovável para o mundo.
Em apresentação realizada nesta terça (8) em Copenhague, funcionários do governo e da indústria sucroalcooleira brasileira defenderam o setor e rebateram alegações de que sua expansão pode causar pressão sobre o meio ambiente.
“Sabemos que os biocombustíveis não são a solução definitiva para as mudanças climáticas. Mas não podemos pensar num mundo mais sustentável sem eles”, disse o embaixador André Amado, subsecretário-geral de Energia e Alta Tecnologia do Itamaraty.
Thelma Krug, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, argumentou que não é correta a idéia de que a expansão da cana estaria acontecendo em áreas da Amazônia.Também apontou que o aumento do cultivo de cana em outras regiões não precisa ter como conseqüência que a produção de gado seja deslocada para áreas de floresta, causando desmatamento.
Questionada a respeito pelo público presente à apresentação, ela afirmou que a produção poderia aumentar sem “empurrar” o gado para a região amazônica, já que a pecuária brasileira ainda pode ser consideravelmente intensificada, ou seja, pode ter sua produção aumentada sem a abertura de novos pastos.
A secretária destacou ainda que o país, por meio de legislação específica, deve erradicar em alguns anos a queima periódica dos canaviais para colheita manual. Ela lembrou que o Brasil tem como controlar essas queimadas por satélite. “Mais de metade da produção já é mecanizada”, disse.
O Brasil convidou a Suécia e os EUA para participarem da apresentação. Os dois países possuem acordos de cooperação na área de biocombustíveis, para desenvolvê-los tecnologicamente e atuar conjuntamente para transformá-los em commodities. Os norte-americanos foram representados por Lisa Jackson, que comanda a Agência de Proteção Ambiental do país. “A parceria com o Brasil é um exemplo do compromisso dos EUA com o uso de biocombustíveis”, disse a representante.
Los Angeles aperta cerco contra maconha 'medicinal'
Cidade quer limitar locais de venda da droga permitida para uso medicinal. Los Angeles tem quase mil pontos de comercialização.
Los Angeles decidiu restringir a venda da chamada maconha "terapêutica", com uma série de medidas destinadas a limitar os locais de comercialização da droga, que é permitida para uso medicinal.
No momento, a maior cidade da Califórnia tem quase mil pontos de venda de maconha para uso terapêutico, mas a prefeitura pretende reduzir a 137 os locais de comercialização da droga, enquanto o Conselho Municipal defende que apenas 70 estabelecimentos deste tipo permaneçam em atividade.
A lei estadual da Califórnia permite que os médicos prescrevam maconha para uso terapêutico e que os pacientes obtenham uma licença especial para comprar a droga, em locais autorizados.
Diante da possibilidade de desvio do uso da maconha "medicinal", algumas cidades da Califórnia, como West Hollywood, Palm Spring e Berkeley adotaram desde o início restrições para controlar a venda legal, estabelecendo limites para o número de pontos de comercialização e volume - entre 2 e 4 onças por paciente.
Segundo a nova legislação de Los Angeles, os locais de venda de maconha terão que observar uma série de condições, ainda em discussão pelo Conselho Municipal.
Mário Bortolotto segue internado em São Paulo
Dramaturgo está consciente e respira com auxílio de aparelhos. Ele foi baleado em assalto na Praça Roosevelt, no sábado (5).
O dramaturgo Mário Bortolotto “está consciente e com as funções cardiovascular e renal estáveis”, informa novo boletim médico divulgado na tarde desta terça-feira (8), pela Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo. O autor teatral paranaense está internado na UTI da instituição desde o último sábado (5), quando foi baleado em um assalto na Praça Roosevelt, no Centro da capital. Segundo o hospital, Bortolotto não está sedado, mas “permanece sob efeito de analgésicos e respira com o suporte de aparelhos. Segundo testemunhas, o dramaturgo teria reagido à ação de quatro bandidos que invadiram o bar do Espaço Parlapatões, por volta das 5h50 de sábado (5). Bortolotto foi atingido pelos disparos na região no tórax, pescoço e ombro. O ilustrador Henrique Figueroa – que assina seus trabalhos sob o pseudônimo de Carlos Carcarah – também foi ferido, mas passa bem. Ele foi baleado na perna e recebeu alta na segunda (7).
Crime filmado
O circuito interno de câmeras filmou a ação da quadrilha. A polícia investiga o crime, mas por enquanto ainda não prendeu nenhum dos criminosos.
No domingo (6), atores do grupo Parlapatões fizeram um ato público em homenagem à Bortolotto e contra a violência. O público chegou e ficou do lado de fora do teatro para protestar. Atores e amigos do dramaturgo leram trechos de suas obras e o Espaço Parlapatões, na região central, ficou pequeno.
Espaço Parlapatões ficará fechado por tempo indeterminado em respeito e consideração ao drama vivido pelo autor de teatro
Trajetória de sucesso no teatro
Nascido em Londrina, no Paraná, Mário Bortolotto, de 47 anos, é um dos mais respeitados autores da cena teatral brasileira, com cerca de 27 montagens. Com textos modernos, que misturam elementos do rock, dos quadrinhos e do cinema, já foi premiado pelo conjunto de sua obra pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), além de ter recebido o prêmio Shell de Teatro pelo espetáculo “Nossa vida não vale um Chevrolet”, em 2008.
Bortolotto também é escritor e tem quatro livros lançados: a coletânea de poesias “Para os inocentes que ficaram em casa” e os romances “Mamãe não voltou do supermercado”, “Bagana na chuva” e “Atire no dramaturgo”. Este último, lançado em 2006, reúne os textos que ele escreve em seu blog homônimo há 5 anos.
O dramaturgo também costuma se apresentar na noite paulistana com sua banda de rock, a Saco de Ratos Blues, que mistura poesia e canções pouco conhecidas de artistas como Itamar Assumpção e Cazuza.
Atualmente, no Espaço Satyros, na mesma praça Roosevelt, havia peças de Bortolotto em cartaz, como “A lua é minha” e "Brutal".
O dramaturgo também é autor dos espetáculos “O natimorto”, adaptação do romance de Lourenço Mutarelli, “A frente fria que traz a chuva” e “Getsêmani”.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!