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BRASIL / MUNDO

Rainha de bateria de 12 anos dá 'espichada' e promete repetir sucesso

Marília Silva reinará pelo 2º ano à frente da bateria da Mocidade Alegre. Estudante precisa ir bem na escola para garantir desfile no carnaval.

A estudante Marília Silva não vê a hora de o carnaval chegar. Aos 12 anos, ela é rainha da bateria da Mocidade Alegre, campeã do desfile do carnaval deste ano. Quando a escola entrar na avenida, em 2010, em busca do bi, ela terá 13 anos.

Quem acompanhou a desenvoltura da rainha mirim na avenida não deve esperar ver exatamente a mesma menina que desfilou em 2009. Marília "deu uma espichada", como diz a mãe, Alzian Sabino de Souza, e pouco lembra uma criança. Está mais para uma bela adolescente.

“Eu ‘tô’ meio que ansiosa, né?”, entrega a rainha, que reinará à frente da bateria da escola pelo segundo ano seguido. A ansiedade de Marília, no entanto, não deve diminuir nos próximos meses, à medida em que o grande dia se aproxima. Nesta segunda-feira (23), a jovem tirou as medidas para a fantasia. “Quero ver logo como vai ficar, mas ainda não sei nada sobre como vai ser a fantasia, nem a cor”, despista Marília. Como toda rainha, a jovem acompanha os ensaios da escola e, com a proximidade do carnaval, o samba no pé ficou mais intenso. A mãe de Marília morre de orgulho da filha. “É admirável que, com a idade dela, minha filha tenha essa responsabilidade, de ir à frente da bateria”, diz a mãe.

Rotina

Não é porque Marília tem lugar de destaque na bateria da Mocidade Alegre que as obrigações da menina de 12 anos são aliviadas. A pré-adolescente não tem desculpa para faltar às aulas da sexta série e tem o rendimento escolar cobrado pela mãe. “Ela diz: ‘Já sabe, né? Se não for bem na escola, não vai desfilar’”, conta a filha, imitando a mãe. “Mas ela não dá trabalho, não. É igual a toda menina de 12 anos”, completa Alzian, conhecida como Zizi.

Além da escola e dos ensaios, Marília também se apresenta com o grupo de dança Afro II em festas pela cidade. Na noite desta segunda, a rainha de bateria se apresentou em um bufê na Zona Sul de São Paulo. Nesta terça (24), uma outra apresentação está agendada. Com o grupo, Marília dança samba misturado com música eletrônica, o seu ritmo preferido. “Eu não gosto de funk. O que gosto mesmo é de samba e psy.”

Saiba como se tornar piloto das Forças Armadas e da PM de SP e RJ

Caminho é longo e dura, no mínimo, cinco anos. G1 preparou guia com passo-a-passo para ingressar nas carreiras.

O governo brasileiro negocia a compra de caças e helicópteros para as Forças Armadas Brasileiras e, para operar essas aeronaves, são necessários profissionais qualificados. Para quem está interessado em pilotar esses equipamentos, o G1 preparou um guia de como ser piloto das Forças Armadas e da Polícia Militar de São Paulo e Rio de Janeiro, já que as PMs também fazem operações com helicópteros. Para pilotar essas aeronaves, o caminho é longo e leva, no mínimo, cinco anos.

Os salários dos oficiais ultrapassam R$ 5 mil, mas variam de acordo com gratificações e planos de carreira de cada corporação. Na Polícia Militar de São Paulo, o salário de um comandante, cargo necessário para ser piloto de helicóptero, é de R$ 6 mil, mais as gratificações. Confira abaixo o passo-a-passo para ser piloto em cada corporação:

Polícia Militar de São Paulo

Vestibular

É preciso fazer o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de São Paulo. O curso, que é de nível superior, tem duração de quatro anos e é feito na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na Zona Norte de São Paulo. Para ingressar, os candidatos devem ter ensino médio completo e precisam prestar o vestibular da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest). Mais informações podem ser obtidas no site www.fuvest.br. Experiência Após concluir o curso, o candidato é aprovado com o título de aspirante a oficial e precisa trabalhar por dois anos em atividades operacionais da PM, como bombeiros, policiamento de rua e Tropa de Choque. Passados os dois anos, o oficial recebe o título de tenente e pode prestar o processo seletivo interno da PM de SP para ser piloto de helicóptero. Seleção para piloto O processo seletivo dura de três a quatro meses e é composto de exames de aptidão física, psicológico e médico, além de entrevista com pilotos e psicólogos. Aulas teóricas e práticas Após ser aprovado, o oficial frequenta dois meses de aulas teóricas na escola de aviação da PM paulista. Depois das aulas teóricas, os oficiais recebem a instrução básica de voo no helicóptero. A formação básica dura de dois a três meses. Adaptação ao voo policial A fase de adaptação pode durar até cinco anos. Os pilotos tripulam os Águias como co-pilotos, voando com todos os comandantes, acumulando experiência nas ocorrências policiais atendidas. Depois, após ter feito cerca de 500 horas de voo como co-piloto, o policial faz um curso avançado de voo, onde aprende a operar todos os equipamentos do helicóptero e gerencia missões especiais como pousos em áreas restritas, voos policiais noturnos, emergências e panes. Comandante Após o curso avançado, o candidato a comandante de aeronave policial é submetido a um conselho de voo formado por pilotos mais experientes e, se aprovado, recebe a promoção de co-piloto a comandante e passa a pilotar o helicóptero. Rotina Os pilotos dos helicópteros da PM de São Paulo atendem a ocorrências policiais como resgates, salvamentos, combate a incêndios e perseguição a criminosos. As tripulações agem em conjunto com as equipes dos bombeiros e da saúde. Com médico e enfermeiro a bordo, em muitos casos, os helicópteros são garantia da chegada rápida para atender às vítimas de traumas nos acidentes.

Polícia Militar do Rio de Janeiro

Vestibular

É preciso fazer a Academia de Polícia Militar Dom João VI, que fica no Campo dos Afonsos, no Rio. O curso é de nível superior e dura quatro anos. Para ingressar, os interessados devem ter ensino médio completo e prestar o vestibular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mais informações podem ser obtidas no site www.ufrj.br. Seleção para piloto O primeiro grau hierárquico após a conclusão do curso é aspirante a oficial. Após oito meses, o oficial torna-se 2º tenente e pode se candidatar ao curso de piloto. Para isso, deve encaminhar um requerimento para a Diretoria de Ensino e Instrução da Polícia Militar. O processo seletivo é composto por três fases: exame intelectual, exame físico, exame médico (psicológico e clínico), além de entrevista com pilotos e psicólogos. Curso de piloto Após aprovado, o oficial passa pela formação teórica que leva em torno de oito meses. A formação prática dura cerca de um ano. Os alunos recebem treinamento teórico em todas as disciplinas ligadas à aviação, aulas de inglês técnico, psicologia, treinamento de combate a incêndio, treinamento na Unidade de Treinamento de Escape em Aeronave Submersa na Marinha do Brasil, sobrevivência em alto mar e outros treinamentos. Rotina Os pilotos passam por treinamentos de emergência, voos de radiopratrulhamento, apoio a operações de meio ambiente e planejamento em terra de operações em áreas de alto risco.

Aeronáutica

Concurso público

Para ser piloto da aeronáutica é preciso ingressar na Academia da Força Aérea (AFA) de Pirassununga (SP), por meio de concurso público. A duração da academia é de quatro anos.

Os interessados em ser pilotos devem escolher o cargo de aviador no concurso (há também cargos de infantaria e inteligência). Para o ano de 2010 as inscrições estão encerradas. Os interessados devem monitorar a abertura de novos concursos no site www.afa.aer.mil.br. Para homens maiores de 14 anos e menores de 18 anos, é possível ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epicar), que fica em Barbacena (MG), por meio de concurso público. A escola serve como ensino médio e serve como iniciação à Aeronáutica.

Os alunos saem da Epicar e vão automaticamente para a AFA, sem precisar passar por outro concurso público. As inscrições para o exame de seleção para o ano de 2010 já foram encerradas. Os interessados devem monitorar a abertura de novas inscrições pelo sitewww.barbacena.com.br. Curso de iniciação Após terminar a AFA, os candidatos saem com o título de cadete. Durante a AFA, os alunos passam por treinamentos de voo no segundo e no quarto ano. Quando saem da escola, os alunos são indicados pelos instrutores para as escolas de aviação de caça, de helicóptero ou de transporte. Os alunos com as melhores notas nas aulas de voo durante a AFA são indicados para a aviação de caça. Os demais, de acordo com a classificação das notas, escolhem se preferem ir para curso de helicóptero ou transporte (tropa, reconhecimento ou patrulha). Os cursos de piloto de helicóptero e de caça acontecem na base aérea de Natal (RN) e têm duração de um ano. Treinamentos Após o curso de iniciação, o aluno recebe o título de piloto básico de helicóptero e escolhe em qual região do país pretende atuar (há unidades em Manaus, Belém, Recife, Porto Velho, Santa Maria (RS) e Campo Grande).

A escolha é feita por ordem de classificação no curso. Após a escolha, os pilotos passam por treinamentos para usar os helicópteros na região de escolha e ficam em atividade no local de quatro a cinco anos. Depois de dois anos de atividades, o piloto recebe o título de 2º tenente. Carreira Com o passar do tempo, os pilotos podem escolher mudar a região de atuação e fazer treinamentos em outros tipos de helicópteros da Aeronáutica (cada região tem um tipo diferente de helicóptero).

De acordo com o plano de carreiras da Aeronáutica, o 2º tenente trabalha por seis anos para receber o título de 1º tenente. Com mais cinco anos, ele recebe o título de capitão, com mais cinco, o de major e, com mais cinco, o de tenente coronel. Após mais cinco anos, ele recebe o título de coronel. Rotina Os pilotos de helicóptero da Aeronáutica participam de operações de buscas e resgates, além de treinamentos de infiltração em florestas. Os helicópteros também auxiliam no treinamento de combate da infantaria do Exército, como descida de rapel da aeronave. A FAB também promove ações sociais em benefício da população brasileira.

Exército

Concurso público

É necessário ser oficial de carreira nas especialidades de infantaria, cavalaria, artilharia ou comunicações. Para isso, é preciso ser formado na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio. O curso, de formação superior, tem duração de quatro anos. Para ingressar na academia é preciso fazer um curso preparatório na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. O curso tem duração de um ano. Para entrar na escola é preciso prestar concurso público. É preciso ser do sexo masculino e estar cursando ou ter concluído o segundo ano do ensino médio. Seleção de pilotos A partir do segundo ano após a formação na academia, o oficial de carreira do Exército pode requerer a inscrição no curso de piloto de helicópteros. A seleção inclui exames físico, médico e psicológico, além de análise curricular. O processo dura de seis meses a um ano. Curso O curso de piloto de helicópteros tem duração de um ano no Centro de Instrução de Aviação do Exército, sediado em Taubaté (SP). Treinamento Após a conclusão do curso, o militar é destinado a uma organização militar da Aviação do Exército, onde permanece por um período de cinco anos. Rotina Os pilotos do exército têm o objetivo de auxiliar a força terrestre, tornando-a mais rápida, moderna e eficiente nas missões de combate. Além de apoiar a força militar terrestre, a aviação do Exército auxilia a comunidade em ações de cunho cívico-social, em resgates, buscas e salvamento, além do apoio em desastres climáticos e acidentes.

Marinha

Concurso público

É necessário ser oficial da Marinha (Corpo da Armada ou de Fuzileiros Navais). Há dois tipos de concursos públicos para ingressar nessas carreiras: um é a Escola Naval (que corresponde ao nível superior), para candidatos com nível médio. Para candidatos com nível superior, há o Curso de Formação e o Estágio de Aplicação de Oficiais. Informações sobre os concursos podem ser encontradas no site www.ensino.mar.mil.br. Curso de aviação Após ingressar na carreira, o militar poderá fazer o Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais (CAAVO). O curso habilita os oficiais para a condução e operação das aeronaves da Marinha, para utilização dos seus sistemas de armas e para o desempenho de funções técnicas e administrativas relacionadas com a Aviação Naval. Para fazer o curso é preciso passar por um processo seletivo que inclui exames médicos, físicos e psicotécnicos. Treinamento O curso tem duas fases: tecnologia aeronáutica e pilotagem. A tecnologia aeronáutica é a parte teórica, com disciplinas fundamentais para passar para a fase prática de pilotagem. Por meio do curso é possível conseguir habilitações para pilotar avião e helicóptero. O curso completo para piloto de avião tem duração média de três anos e meio e de helicóptero, um ano e meio. Rotina Ao final do Curso de Aperfeiçoamento de Aviação para Oficiais o oficial da Marinha está habilitado a trabalhar como piloto. Os pilotos das aeronaves cumprem missões a bordo dos navios da Marinha, como operações de resgates, buscas de desaparecidos no mar e treinamentos.

Confira lista de concursos e oportunidades

Dono de blog é condenado a pagar R$ 16 mil por comentário de internauta

Post abordava briga em colégio do CE; internauta insultou diretora. Blogueiro perdeu prazo para recurso e juiz ordenou penhora de bens.

Por conta do comentário de um internauta em seu blog, o estudante de jornalismo Emílio Moreno da Silva Neto, de 33 anos, morador de Fortaleza (CE), foi condenado pela Justiça cearense no mês de julho a pagar uma indenização de R$ 16 mil.

Emílio perdeu o prazo para recorrer e, no último fim de semana, recebeu uma notificação de penhora de bens para o pagamento do valor. O caso começou em março do ano passado, quando o universitário repercutiu em seu blog uma briga entre dois estudantes do Colégio Santa Cecília, na capital cearense. No comentário, um internauta insultou a diretora, uma freira chamada Eulália Maria Wanderley de Lima, e criticou sua atuação na intermediação da briga dos estudantes. No segundo semestre do ano passado, a diretora da escola abriu uma ação por danos morais contra o blogueiro. Nas quatro primeiras audiências, segundo informações do Tribunal de Justiça do Ceará, o estudante compareceu e a diretora, não. Ela alegou viagens e outros compromissos profissionais. Na quinta audiência, foi o estudante quem faltou, mas, ao contrário da diretora, não deu justificativas. Por conta disso, o juiz aceitou a ação e o condenou ao pagamento de 40 salários mínimos, o equivalente a R$ 16,6 mil na época. Emílio perdeu o prazo para recorrer e a ação transitou "em julgado" -- ou seja, não há mais possibilidade de recursos. No último sábado, dia 21 de novembro, Emílio foi notificado sobre o mandado da Justiça de penhora de bens para pagar a quantia e tem possibilidade de tentar reverter a penhora. O estudante afirma que não tem bens para serem penhorados e alega que tentou resolver o caso "amigavelmente". "O que eu realmente lamento é que não tenha havido um diálogo mais tranquilo, sem que houvesse a necessidade de uma ação na Justiça. Ofereci direito de resposta, apaguei de imediato o comentário. Enfim, acho que tudo isso é fruto de um grande equívoco. Lamento realmente."

Exclusão do comentário

O advogado Helder Nascimento, que defende a diretora da escola, porém, diz que antes de protocolar a ação pediu para que o comentário fosse retirado. "Pedimos para retirar e ele não retirou dizendo que era cerceamento da liberdade de expressão. Solicitamos que informasse quem era o titular do e-mail e ele se recusou. Não podemos deixar um cliente ser violentado." Na versão do blogueiro, cerca de dois meses após o post e o comentário um escritório de advocacia da capital cearense entrou em contato com ele.

"Eles queriam, por telefone, que eu identificasse o autor do comentário. (...) No início achei que fosse algo muito estranho. Uma pessoa me liga e pede a identificação de um comentarista do blog. Eu não passei. Consultei o sindicato dos jornalistas do Ceará, a assessoria jurídica deles e no início de setembro chegou o mandato de citação do 11º Juizado Especial Cível." O estudante afirma que, embora não tenha passado a identificação de imediato, retirou o comentário do ar após o primeiro contato. "A minha intenção desde o princípio foi produzir conteúdo relevante e acima de tudo, local. Nunca tive a intenção de promover ataque nenhum a ninguém."

Segundo Emílio, o e-mail dado pelo internauta era falso. O advogado da freira, Helder Nascimento, diz que a Justiça avaliou o caso como "violação do direito de imagem". "Ele (Emílio) é o responsável pelo blog e foram veiculadas matérias ofensivas à pessoa que é uma religiosa, uma freira. E isso foi interpretado como excesso na liberdade de expressão."

Mediação

Para o advogado, o blogueiro deveria ter bloqueado as ofensas. "O blog tem mediador que faz a filtragem. Se isso existe tem uma finalidade, não está ali à toa. Ele permitiu que fosse veiculada uma ofensa a outra pessoa. (...) Embora ele não se sinta responsável, tem uma responsabilidade que extrapola o querer dele." O advogado avalia ainda que a internet "não é um campo ilimitado". "Há muita discussão sobre o uso da internet. Mas há limite técnico em todas as relações, inclusive na internet." Emílio diz se sentir injustiçado pela sentença. "Me sinto tão vítima quanto a Irmã Eulália. Na minha inexperiência jurídica, fui usado por alguém que certamente e deliberadamente queria atacar a diretora da escola e usou meu blog e a minha boa fé pra isso. Acho importante ponderar isso. Me sinto usado por um anônimo e punido por algo que eu nunca queria que tivesse acontecido." De acordo com o estudante, o blog existe desde 2006 e analisa a mídia local e o cotidiano de Fortaleza. Para o blogueiro, casos como o dele poderiam ser evitados com uma legislação clara sobre a internet.

"Quero mobilizar e sensibilizar as pessoas que militam nas redes sociais da importância de discutirmos e pressionarmos nossas autoridades para uma legislação clara e que possa amparar quem produz conteúdo na rede. Toda vez que conto essa história para alguém as pessoas ficam impressionadas. Há muita desinformação sobre tudo isso."

EUA e Israel não têm coragem de atacar Irã, diz Ahmadinejad

Presidente foi questionado sobre eventual ofensiva militar contra país. 'Era dos ataques militares já chegou ao fim', afirmou o iraniano.

Em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (23), o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi questionado sobre qual seria a sua reação diante de um eventual ataque militar por parte dos Estados Unidos e de Israel ao país.

O presidente iraniano afirmou que "a era dos ataques militares já chegou ao fim", mas lançou uma provocação ao dizer que os dois países "não teriam coragem" de lançar uma ofensiva militar contra o Irã.

"Achamos que a era dos ataques militares já chegou ao fim. Hoje, é tempo de diálogo e pensamento. Armas e ameaças pertencem ao passado até para pessoas atrasadas. Esses a que vocês se referiram (EUA e Israel) não têm coragem para praticar isso", afirmou Ahmadinejad.

Questionado se a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudaria o governo a se legitimar perante a comunidade internacional, Ahmadinejad afirmou que seu governo era legítimo, porque havia sido eleito em uma votação na qual 85% dos eleitores participaram:

"As nossas relações (Brasil e Irã) são baseadas na amizade. A legitimidade do governo vem do povo iraniano."

O presidente do Irã evitou fazer declarações polêmicas sobre os movimentos de direitos humanos e de liberação sexual. Durante a entrevista, um manifestante surpreendeu a segurança e conseguiu exibir uma bandeira do movimento gay.

Ahmadinejad falou a jornalistas por quase uma hora, em um auditório montado no hotel onde está hospedado em Brasília. Ao falar dos brasileiros, ele afirmou que o povo era "simpático, culto, pacífico". Ahmadinejad também foi perguntado sobre o plano iraniano de exploração de tecnologia nuclear e afirmou que o país tinha direito, assim como o Brasil, de utilizar a energia nuclear: "Achamos que é um direito do povo brasileiro aproveitar a energia atômica para fins pacíficos."

'Conselho de Segurança falhou'

Mais cedo, no Congresso Nacional, Ahmadinejad afirmou que que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e os organismos internacionais como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI) falharam em suas missões.

“As ordens criadas desde a Segunda Guerra Mundial falharam. O Conselho de Segurança da ONU não consegue desempenhar seu papel. Ele não conseguiu trazer segurança para o mundo. As condições atuais são piores do que anos atrás”, disse o presidente iraniano.

Para Ahmadinejad, o poder de veto de alguns países é o principal problema do órgão. “Podemos dizer que a estrutura principal do Conselho de Segurança da ONU é contra a paz porque é baseada na discriminação. Porque alguns países têm direitos de veto? Basta olhar para os conflitos no mundo nesses 60 anos e teremos a intervenção destes países, que nunca foram julgados. Foram mortas milhares de pessoas e os autores destes males no mundo têm direito de veto e imunidade. Essa configuração é injusta”

Com Obama na Presidência, EUA se tornam mais tolerantes com maconha

Portland inaugurou bar em que consumo de maconha medicinal é liberado. Ao G1, diretor responsável diz que presidente favorece descriminalização.

O café inaugurado na última semana na cidade de Portland, nos Estados Unidos, comporta entre 30 e 40 pessoas ao mesmo tempo. Lá dentro, funciona uma espécie de “mercado de pulgas”, em que as pessoas podem vender, trocar e consumir livre e legalmente o produto que as reúne ali: maconha. A exemplo do que acontece nos tradicionais coffee shops da Holanda, o Cannabis Café é o primeiro lugar em que os usuários da droga podem se reunir e consumi-la sem risco de ter problemas com a polícia, contanto que haja um registro da necessidade uso por motivos medicinais. Seu surgimento está sendo considerado pelas organizações que lutam pela descriminalização da maconha como um dos principais avanços recentes no país, um reflexo de maior tolerância por parte do governo do presidente Barack Obama. “Sem dúvida o governo Obama tem ajudado nosso trabalho. Houve uma mudança clara e absoluta de política e interpretação da lei”, disse Allen St. Pierre, diretor da Organização Nacional pela Reforma das Leis de Maconha (Norml, da sigla em inglês), um dos principais grupos defensores da legalização da droga nos Estados Unidos e responsáveis pelo recém-inaugurado café, em entrevista ao G1. “Apesar de Obama dizer ser contra a legalização total da droga, ele pode ser creditado pelas mudanças que relaxam a repressão à maconha medicinal”, disse. O governo dos EUA anunciou em outubro que não vai mais reprimir o consumo de maconha para uso médico nos Estados do país nos quais ele é permitido. Um documento pede aos procuradores para que não usem recursos federais contra "indivíduos cujas ações estão em cumprimento claro e inequívoco das leis estaduais existentes relacionadas ao uso médico da maconha".

Legalização

Para o diretor do grupo, a inauguração do café é um passo adiante no sentido da legalização da maconha. “Cinco anos atrás isso seria muito improvável; há dez anos era impossível e nem se podia pensar nisso há vinte anos. A cada ano há uma aceitação maior de reformas, e este é mais um exemplo”, disse. Ele admitiu, entretanto, que é difícil imaginar que todo o país vai permitir o uso da droga em pouco tempo, até por questões constitucionais e culturais. Nos Estados Unidos, os Estados podem decidir de forma independente em relação ao uso medicinal de maconha e os governos de Alasca, Califórnia, Colorado, Havaí, Maine, Maryland, Michigan, Montana, Nevada, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont e Washington autorizam seu consumo nestes casos. “As coisas estão se desenvolvendo em bases locais, onde há uma aceitação cultural maior”, explicou. Segundo ele, o Norml não vai tentar abrir nenhum café de maconha em locais mais conservadores, como Kansas, Oklahoma ou Geórgia. “A a cultura é mais aberta em locais como Seattle, Portland, Berkeley, Oakland, Sao Francisco, Denver. São partes do país em que os cidadãos aceitam algumas formas de distribuição legal de maconha, ou formação de comunidades em que o consumo é permitido.”

Segundo ele, estes locais são os “laboratórios da democracia”, e a Califórnia, uma das maiores populações e economias do país, pode se tornar um exemplo a ser seguido por outros estados e até pelo governo federal. “A Califórnia está seguindo um caminho reformador no sentido da descriminalização da maconha. Não parece impossível e distante pensar sobre um esquema de controle e taxação até mesmo para o consumo não medicinal da maconha no estado.”

Uso médico e recreativo

Todo o avanço na legislação relacionada ao uso de maconha vem acontecendo com base na lei de cannabis para uso medicinal, pois apenas as pessoas com indicação podem usar a maconha e participar de comunidades em que há o consumo de maconha. Os parâmetros para o uso de maconha medicinal são muito variados, e mudam de um estado para o outro, explicou St. Pierre. Em alguns lugares, há sistemas mais simples e fáceis, enquanto outros têm um controle mais sério. “No Maine, por exemplo, as pessoas podem ter alguns gramas de maconha seca, além de poderem cultivar cinco pés dela, sendo três em estado de maturidade. Na Califórnia, as pessoas não recebem uma receita médica indicando o uso de maconha, mas apenas uma recomendação oral do médico, e esta recomendação é checada pelos centros que podem fornecer a droga legalmente, registrando o paciente e permitindo que ela tenha acesso à maconha.” Até a inauguração do bar de Portland, o uso da droga não podia ser feito em locais públicos. O Cannabis Café, tecnicamente um clube privado, é aberto a qualquer residente do estado de Oregon que faça parte do grupo Norml e tenha uma carteira oficial do uso medicinal da maconha - 21 mil pessoas estão registradas desta forma no estado para tratar mal de Alzheimer, diabetes, esclerose múltipla e síndrome de Tourette. Os "sócios" pagam US$ 25 (cerca de R$ 44) por mês para usar o café, que tem capacidade para cem pessoas. Por este valor, eles terão direito a receber a droga gratuitamente de outros usuários. O bar também serve comida, mas nenhum tipo de bebida alcoólica.

Apesar de a discussão legal até o momento se concentrar nos lugares em que há o uso médico da droga, a Califórnia já prepara um avanço na questão, admitindo que os cidadãos votem uma medida que permitiria que as decisões passassem a ser tomadas pelos municípios. Segundo St. Pierre, a cidade californiana de Oakland, que chega a ser conhecida como Oaksterdam, em referência à capital da Holanda, já se prepara para buscar o direito de ser a primeira em que a droga paga impostos e pode ser consumida livremente por qualquer pessoa.

“Os cidadãos de lá já votaram pedindo que a maconha seja taxada e legal, mas é preciso que a lei estadual permita essa decisão. Isso está sendo discutido e vai precisar de uma mudança na lei estadual. Haverá uma consulta na eleição de 2010, para que os cidadãos digam se permitem que municípios possam legalizar o uso de maconha, se quiserem. ‘Oaksterdam’ já está se organizando para isso, mas é o único lugar que esta se estruturando para autorizar o uso recreativo.”

Exemplo holandês

O grupo Norml constantemente usa o exemplo da Holanda como comparação para argumentar a favor da legalização da maconha nos Estados Unidos. A legislação do país europeu permite que alguns lugares credenciados vendam a droga livremente. “Trata-se de um país ocidental com valores parecidos com os norte-americanos que aprendeu há muito tempo que a única relação real entre maconha e drogas pesadas, como heroína, cocaína, é o canal de distribuição. Quando se separam os canais de distribuição, a probabilidade de um consumidor de maconha passar para drogas mais perigosas é reduzido”, argumentou St. Pierre. Na medida em que relaxou o controle ao uso medicinal da maconha, o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, deixou claro que a polícia e os procuradores continuarão trabalhando para punir os que usarem das leis destes estados para usar drogas ilegais ou traficar drogas.

'Caminho das Índias' leva Emmy Internacional de melhor telenovela

Novela, escrita por Glória Peres, foi ambientada na Índia. Triângulo amoroso mostrou como funciona o sistema de castas.

A novela "Caminho das Índias", da Rede Globo, foi eleita, nesta segunda-feira (23), a melhor telenovela na edição do prêmio Emmy Internacional 2009. A cerimônia de premiação ocorreu em Nova York.

Escrita por Glória Peres e dirigida por Marcos Schechtman, a novela teve sua trama principal ambientada na Índia. Os personagens principais Maya (Juliana Paes), Raj (Rodrigo Lombardi) e Bahuan (Márcio Garcia) formaram um triângulo amoroso que mostrou como funcionam os casamentos arranjados e o sistema de castas no país asiático.

Já o núcleo ocidental da novela colocou em debate temas como a esquizofrenia, por meio do drama do jovem Tarso, interpretado por Bruno Gagliasso e a psicopatia, com a personagem Yvone, vivida por Letícia Sabatela.

Alguns bordões ganharam as ruas durante a novela como “are baba” e “tike”. Com experiência semelhante em “O Clone” e “Explode Coração”, Glória Perez contou como faz para que a inserção das palavras estrangeiras virem bordões populares.

“Quando faço a pesquisa, vou recolhendo essas expressões no decorrer da convivência com as pessoas da cultura a ser retratada. Você lança um punhado dessas expressões nos diálogos, e o público seleciona naturalmente”, explicou a autora.

Mulher é resgatada com vida 25 horas após naufrágio na Indonésia

Pescadores avistaram colete flutuando no mar. Embarcação afundou nas águas de Sumatra no domingo após tempestade.

Equipes de resgate retiraram das águas agitadas do mar da Indonésia nesta terça-feira (24) uma sobrevivente do naufrágio de uma embarcação ocorrido no domingo (22). A mulher ficou 25 horas dentro do mar. Segundo a agência Associated Press, um número total de 29 pessoas morreram e 20 permanecem desaparecidas. Ao menos 225 pessoas foram resgatadas com vida.

O Dumai Express 10 ia de Batam para Dumai, em Riau, na Indonésia, e afundou após enfrentar uma tempestade e fortes ondas. Uma segunda balsa ficou encalhada na região próxima, mas todos os passageiros sobreviveram.

A mulher resgatada nesta terça-feira tem idade média de 30 anos e foi vista por um pescador. Ela está em condições estáveis no hospital. "pescadores a avistaram flutuando com seu colete salva-vidas em meio a um mar agitado e chuva... Ela é muito forte", disse o coronel da Marinha Edwin.

Barcos, navios de guerra e helicópteros continuam rondando a região atrás de desaparecidos, mas as ondas de aproximadamente quatro metros dificultam o trabalho. Entre os desaparecidos estão seis crianças e quatro idosos.

Acidentes com ferryboats têm matado centenas de pessoas na região nos últimos anos. As embarcações frequentemente navegam superlotadas e há pouca fiscalização. Os barcos são um meio normal de transporte entre as ilhas do arquipélago.

TSE deve julgar nesta terça o pedido de cassação de Ivo Cassol

Julgamento seria realizado na última terça, mas foi adiado para hoje. Ele foi cassado pelo TRE-RO em 2008, mas liminar o mantém no governo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para esta terça-feira (24) o julgamento do processo de cassação do governador de Rondônia, Ivo Cassol (PP), e de seu vice, João Aparecido Cahulla (PPS). Inicialmente, o caso seria julgado na última terça (17), mas no próprio dia da sessão acabou adiado pelo tribunal.

Ivo Cassol e João Cahulla foram cassados em novembro do ano passado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), por compra de votos na eleição de 2006, mas continuam nos respectivos cargos por força de uma liminar (decisão provisória) do TSE.

Em parecer enviado em junho ao TSE, o Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou a cassação do mandato de ambos. A ação que deve ser julgada nesta quinta à noite tem origem no próprio TSE, ou seja, não se trata de um recurso contra a cassação proferida pelo TRE de Rondônia. No julgamento, Cassol e Cahulla responderão por compra de votos e abuso de poder econômico.

O parecer do MPE cita depoimentos de testemunhas que dizem que funcionários de uma empresa de vigilância que prestava serviços para o governo de Rondônia teriam sido abordados, durante a campanha, com propostas para que votassem em Cassol e em outros três candidatos em troca de R$ 100.

Segundo o MPE, um inquérito realizado pela Polícia Federal confirmou, por meio da quebra de sigilo dos funcionários da empresa, "centenas de depósitos" de R$ 100 feitos em agências do Banco do Brasil entre a tarde do dia 28 e a manhã do dia 29 de setembro de 2006, uma semana antes do dia das eleições. A mesma denúncia culminou na cassação do senador Expedito Júnior (PSDB-RO), que, no último dia 5, foi substituído no Senado por Acir Marcos Gurgacz (PDT-RO), segundo colocado no pleito para senador em 2006. Em maio, a Justiça Federal determinou o afastamento de Ivo Cassol por 90 dias e de quatro delegados da Polícia Civil de Rondônia. No mesmo mês, porém, uma liminar do Tribunal Regional Federal suspendeu a decisão inicial, garantindo a permanência do governador no cargo. O MP acusou Cassol de usar delegados para coagir testemunhas e obstruir investigações da PF.

Afastamento

Em nota divulgada em novembro de 2008, Ivo Cassol disse não ter cometido irregularidades. "Sou inocente! Em toda minha vida pública jamais utilizei de subterfúgios ilegais para vencer qualquer eleição, tanto para prefeito quanto para governador", dizia o texto.

A assessoria do governador também negou as acusações, ao dizer que não há provas contra Cassol e que ele aguarda o julgamento “com serenidade”. Segundo o governo, a acusação é contra o então senador Expedito Júnior, que teria declarado em sua prestação de contas que houve pagamentos a título de remuneração profissional. O nome do governador, segundo sua assessoria, teria

sido incluído por constar no verso do “santinho” do ex-senador.

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