Transferência da BR Distribuidora é tema durante sessão da Câmara
A transferência da BR Distribuidora do Parque de Tubos, em Macaé para Rio das Ostras foi levantada pelo vereador Zezinho Crespo (PTN), durante sessão da Câmara Municipal, desta quinta-feira (22).
O assunto foi veiculado esta semana pelo jornal O DEBATE e, embora, não tenha sido confirmado pela empresa, há informações que ela tem a intenção em se transferir para uma área de 60 mil metros quadrados na Zona Especial de Negócios (ZEN) do município vizinho.
A justificativa da empresa para a mudança seria a necessidade de expansão da Petrobras, por conta do pré-sal. A notícia trouxe preocupação para cidade. E na Câmara foi lembrada pelo vereador Zezinho Crespo. “Eu já fiz três indicações para a criação de uma ZEN em Macaé”, disse. Em seu discurso, o parlamentar ressaltou que cidades como Campos, Casimiro, Carapebus, Rio das Ostras e Quissamã possuem sua ZEN. E só Macaé não tem uma, relatou. Segundo ele, o mesmo caminho feito pela BR pode ser feito por outras empresas. “Espero que isso sirva de alerta”.
A ida da BR para outro município representa a perda de 800 empregos, no mínimo, contabilizou o vereador. “O que me deixa mais tranquilo é saber que o presidente do Fumdec, Francisco Navega, está se mobilizando para reverter esta situação”, disse, ressaltando que o município possui instrumentos para combater essa transferência.
A área ocupada pela BR Distribuidora, no Parque de Tubos, é utilizada como depósito de suprimento a plataformas. Os investimentos estimados com a transferência será na ordem R$ 15 milhões e uma geração de 300 a 400 empregos.
Paulo Antunes garante a implantação dos quatro mini-terminais em Macaé
Dois dias após assumir a administração municipal, o prefeito em exercício Paulo Antunes já obteve resposta para a sua primeira solicitação como chefe do poder executivo: melhorias para o sistema de transporte público do município.
Em uma reunião realizada em seu gabinete, na manhã de ontem, o presidente da Câmara de Vereadores de Macaé conseguiu, junto ao secretário municipal de Mobilidade Urbana, Jorge Tavares Siqueira, a garantia da construção dos quatro “mini-terminais”, abrigos de grande porte para espera de coletivos, que serão implantados em pontos estratégicos do centro da cidade.
Para atender a determinação do prefeito em exercício, o secretário precisou fazer adequações no já elaborado Plano de Mapeamento da cidade para a implantação de mais de 100 abrigos, projeto que foi apresentado para análise de Paulo Antunes. A ideia, segundo o prefeito em exercício, é que os mini-terminais possuam estrutura semelhante ao abrigo que está sendo implantado na Praça Gê Sardemberg, para a espera de táxis, obra que está sendo realizada por ele, como presidente da Câmara de Vereadores.
“Queremos o melhor para a população. A minha ideia é que os mini-terminais possuam estrutura de abrigo semelhante ao ponto de táxis da Praça Gê Sardemberg. Porém, o que está sendo implantado por mim é de estilo colonial e que não se aplica aos locais onde devem ser implantados os abrigos de grande porte”, afirmou Paulo Antunes.
Ao analisar as propostas apresentadas pelo secretário, que utilizou como molde abrigos elaborado pelo grupo Coesa de São Paulo, o prefeito em exercício aprovou a implantação em Macaé de mini-terminais com estrutura necessária para proteger, com conforte e comodidade, pessoas que aguardam os coletivos em pontos de fluxo intenso do centro da cidade, como na Avenida Agenor Caldas, na Avenida Presidente Sodré, próximo ao Paço Municipal e na Praça Veríssimo de Melo, em dois sentidos: Centro, na Rua Vereador Abreu Lima (em frente ao Hospital São João Batista), e norte da cidade, em frente ao Tênis Clube de Macaé.
Para a execução da construção dos mini-terminais, Jorjão Siqueira afirmou que a Macaé Transportes (Mactran) não possui verba suficiente para realizar a implantação das estruturas que, juntas, foram orçadas em cerca de R$ 100 mil. De acordo com o secretário, suplementações a verba destinada a Mactran já haviam sido solicitadas ao chefe do poder executivo municipal e repassadas as secretarias municipais de Fazenda e Planejamento neste ano, para o desenvolvimento do plano.
No entanto, segundo Jorjão, o dinheiro ainda não foi liberado. “Como a vossa excelência pode ver, já tínhamos elaborado um plano de implantação de mais de 100 abrigos em pontos estratégicos do município. Porém, para atender ao ofício encaminhado pelo senhor a secretaria no último dia 20, tivemos que elaborar algumas adequações. No entanto, a Mactran não possui verba suficiente para colocar em prática o projeto pedido”, alegou o secretário.
Empenhado em colocar em prática o projeto que visa garantir mais conforto à população que utiliza o serviço de transporte público de passageiros, o prefeito em exercício buscou informações junto aos secretários das duas pastas, obtendo a garantia da transferência, no dia 1º de janeiro do próximo ano, para a Mactran, a quantia necessária para a construção dos quatro mini-terminais na área central do município.
“Foi informado pelos dois secretários de que o Orçamento Municipal para 2010 já foi fechado, nem sendo possível assim incluir a quantia necessária para a construção dos mini-terminais. Porém, conseguia a garantia do secretário de Planejamento o remanejamento, no primeiro dia de janeiro de 2010, da verba de R$ 100 mil para a construção dos mini-terminais”, informou Paulo Antunes.
Pesquisadores concluem primeira etapa da expedição no rio Macaé
Para percorrer a trilha foi preciso a ajuda de dois guias que conhecem cada parte da região onde nasceram
Após três dias de caminhadas intensas, cruzando florestas e seguindo rio adentro, pesquisadores do projeto ‘Macaé Rio Sustentável’ concluíram os primeiros estudos da parte alta da bacia hidrográfica do rio Macaé. Eles percorreram toda a região de Macaé de Cima, onde estão localizadas as nascentes do rio Macaé e de mananciais importantes para a bacia, coletaram amostras de água, plantas e material orgânico, e analisaram as características físicas e químicas do rio e seu entorno.
No primeiro dia da Expedição Científica no rio Macaé (20), a equipe passou por vários desafios no caminho que leva até a nascente do Macaé. Com 136 km de extensão, ele nasce em Macaé de Cima, em uma propriedade particular, onde a mata atlântica está muito bem preservada. O percurso é fechado e de difícil acesso, sendo preciso abrir pequenas trilhas e seguir pelo rio, onde as pedras são escorregadias, se tornando verdadeiras armadilhas.
Para encarar essa aventura, a equipe do projeto precisou da ajuda de dois guias, Laerte e Paulo César, que nasceram e foram criados no local, e conhecem cada trilha e nascente existente naquela serra. Em meio a vegetação, o grupo passou por uma jararacuçu, espécie de cobra venenosa da mata atlântica, que descansava tranquilamente ao sol. Logo à frente, vestígios de uma cutia que possivelmente fora comida por uma onça durante a madrugada. Nas margens do rio, ainda foi avistado um sapo “gigante”, que estava estático sob a sombra fresca e úmida.
O tempo em Macaé de Cima também é imprevisível, sendo uma região que registra um alto índice pluviométrico, característica que ajuda a manter a vazão do rio, o que dificultou ainda mais a caminhada, impedindo a equipe de subir até a nascente. Para não correr o risco de serem surpreendidos pelo aumento do nível do rio, os pesquisadores decidiram retornar após quase três horas de caminhada na água. “O tempo nos impediu de chegar até lá nesta primeira caminhada quando estávamos próximos, mas retornaremos na próxima semana para atingir este objetivo”, garantiu João Freitas, coordenador do projeto que conta com o patrocínio da Petrobras Ambiental.
Observar para conhecer
Apesar de não terem chegado até a nascente, a caminhada foi extremamente positiva para os pesquisadores, pois conseguiram obter mais informações da área. Durante a trilha, o botânico e o técnico em gestão ambiental, André Luiz Pereira e Pedro Igor Ferreira, observaram algumas espécies que ajudam a identificar a história e o grau de preservação da floresta naquele ponto onde não há influência do homem. Eles ainda coletaram diversas amostras, chegando a avistar espécies raras, como a casca danta (Drimys winteri) e a canela santa (Vochysia oppugmata). “Essas espécies serão levadas para uma análise mais completa no laboratório”, informou André.
Nos dias seguintes, descendo um pouco o rio, eles puderam observar o início da transformação da mata atlântica através da identificação de outras espécies, como a embaúba que dá início a sucessão ecológica da floresta, além de um grande número de eucaliptos, uma espécie exótica que demonstra a presença do homem e os impactos que ele pode provocar.
Já a equipe - formada por três biólogos, Evaristo Castro, Bruno Coutinho e Leonardo Freitas; dois geógrafos, João Crisostomo e Flavio Brasil, e um geomorfólogo, Marcos Felipe - analisou as características físicas e químicas do rio, medindo a qualidade da água, vazão, profundidade e sua extensão.
Eles coletaram amostras em diferentes pontos para poder comparar o nível de poluição ao longo de seu curso. “O primeiro ponto de coleta está localizado onde não há nenhum tipo de ocupação, no caminho para a nascente. Os outros são selecionados em função do uso do solo ao longo do rio. Optamos por pegar as amostras antes e depois de aglomerados urbanos e rurais, e em pontos dentro de fragmentos bem preservados”, falou João Crisostomo, completando que as amostram também serão analisadas em laboratório.
De acordo com o professor de biogeografia do Departamento de Geografia da UFRJ, Evaristo Castro Júnior, o objetivo é elaborar propostas de recuperação desse manancial tão importante para toda a região. “O rio é resultado do que acontece a sua volta. Quando temos uma mata ciliar preservada, conseguimos ter uma boa qualidade da água, mesmo essa região tendo alguma ocupação e diferentes usos do solo, como a criação de truta, gado e agricultura, atividades que encontramos em Macaé de Cima”, observou.
Ocupação, consciência ecológica e a recuperação da região
A identificação dos pesquisadores no campo vai de encontro à história da região, que já sofreu com um forte processo de desmatamento quando a floresta foi devastada para dar lugar ao gado e as carvoarias. No entanto, há cerca de 50 anos, Macaé de Cima começou a ser ocupada por pessoas que possuem uma forte consciência ambiental, dando início a recuperação daquela área.
Com o intuito de manter a mata atlântica, os moradores se uniram através de associação e conselho na tentativa de transformar a região em uma unidade de conservação integral, aliando a ocupação do solo à conservação ambiental. A proposta é criar o Refúgio da Vida Silvestre, com a elaboração um ordenamento jurídico, especificando as atividades compatíveis com a preservação e apontando alternativas para o uso sustentável do solo.
Para isso foi elaborada uma proposta com um diagnóstico sócio-ambiental e justificativas, mostrando que Macaé de Cima é uma das poucas áreas naturais bem preservadas de mata atlântica existentes no Estado, registra uma alta biodiversidade e abriga espécies raras e ameaçadas de extinção. Além disso, é lá que estão as nascentes que abastecem a bacia que fornece água para as cidades da região, como as localidades serranas de Nova Friburgo, os municípios de Rio das Ostras e Macaé, o distrito de Barra de São João, além das plataformas e embarcações da Petrobras que atuam na Bacia de Campos. A importância ambiental e econômica desse manancial já justifica a necessidade de preservar a cabeceira do rio e seus moradores têm plena consciência do papel que podem exercer para isso.
Apesar de terem encontrado algumas atividades perigosas para a floresta, como o cultivo do eucalipto e a extração ilegal do palmito Jussara e de orquídeas, os pesquisadores apontaram a região como um padrão de conservação. De acordo com eles, a natureza em Macaé de Cima conseguiu ser mais forte que o homem, se regerando e mostrando todo o seu potencial de recuperação, sendo que hoje, os moradores conseguem respeitar e viver em harmonia com o meio ambiente.
Suspeito de participar do assassinato de vereador é preso em São Fidélis
O suspeito passou a tarde dessa quinta-feira na delegacia da cidade e a noite foi encaminhado para a Casa de Custódia de Campos
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