Concursos com inscrições abertas nesta terça somam 19,6 mil vagas
Há cargos para todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 19.955,40 no TRT de SP.
Pelo menos 36 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta terça-feira (8) e somam 19,6 mil vagas para todos os níveis de escolaridade. Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso. Entre os destaques estão os concursos da Polícia Rodoviária Federal, Furnas Centrais Elétricas e Ministério do Planejamento.
Nesta terça-feira a Nossa Caixa Desenvolvimento, a Secretaria de Educação do Ceará e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso abrem inscrições para mais de 4 mil vagas. Os salários chegam a R$ 19.955,40 no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.
Estudiosos e compositores revelam origens dos nomes das favelas
Para historiador, batismo de comunidades reflete comportamento da época. Canções também foram inspiradas no cotidiano de dificuldades e poesia.
Uma curiosa história de adultério coletivo dentro de uma favela em Anchieta, no subúrbio do Rio, inspirou o nome do Morro do Chifrudo, no final dos anos 1970. Mas, os maridos, vingativos, resolveram surrar as mulheres adúlteras e expulsá-las da comunidade. A atitude, apesar de violenta, foi aplaudida por todos, e a localidade passou a se chamar Final Feliz, que permanece até hoje. Na maioria das vezes, são acontecimentos insólitos, como esse, que inspiram os nomes das comunidades carentes, que diante da ausência do poder público, sobrevivem com o improviso. Reduto de poetas inspirados pelo cotidiano, muitas delas receberam nomes que viraram referência para os cariocas. Não é à toa que muitas composições ficaram famosas ao retratarem o dia a dia nessas comunidades falando de forma romântica do trabalhador, do estilo boêmio dos moradores, dos sambistas, seresteiros e suas paixões. Mas, essa realidade mudou. A falta de infraestrutura nessas comunidades, a miséria e a violência, que persistem, passaram a ser as novas fontes para batizar as favelas. A antropóloga Alba Zaluar, professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), explica essa mudança. Segundo ela, no passado havia muita poesia nos morros e favelas e os nomes tinham um componente mais romântico. “Com o tempo, foram perdendo essa tradição e os nomes começaram a mudar. A própria globalização inspirou outros nomes que não têm muito a ver com a origem da comunidade”, afirma. O historiador Milton Teixeira concorda com a perda de tradições nas favelas e lembra a origem de alguns nomes, como o da Rocinha. “Aquela região era cercada de pequenos sítios onde as pessoas cultivavam frutas e legumes que eram vendidos para os moradores da Gávea. Quando alguém perguntava de onde vinham aqueles produtos, os vendedores respondiam: ‘da minha rocinha’”. Ficou o nome. Vidigal ganhou o nome do proprietário daquelas terras, o general Miguel Nunes Vidigal. A favela do Borel recebeu o mesmo nome de uma fábrica de fumo e rapé. O oratório da divina Providência deu nome à primeira favela do Rio, no Centro, hoje conhecido como Morro da Providência. “No passado, os nomes das favelas guardavam um vínculo original com a região, com suas tradições. Hoje, batizam as comunidades a partir da influência dos acontecimentos. Infelizmente, nas escolas dentro das favelas não há nenhuma preocupação dos professores em preservar a história da comunidade”, lamenta Milton Teixeira.
No teatro, ‘Doutora Lorca’ dá seu primeiro beijo em cena
Fabiana Karla estreia no Rio a comédia dramática ‘Gorda’. Pela primeira vez, atriz do ‘Zorra total’ terá par romântico.
A comediante Fabiana Karla nunca foi protagonista de um espetáculo teatral. Também nunca teve um par romântico ou deu um beijo em cena. Essa coleção de “nuncas” terá fim este mês, quando a atriz estrear no Rio a peça “Gorda”, de Neil LaBute. A comédia dramática conta a história de Helena, moça gordinha e bem resolvida, que passa a ser alvo de preconceito ao namorar o bonitão Tony (Michel Bercovitch). “É a primeira vez que faço cenas de amor. Foi muito difícil dar o primeiro beijo!”, conta Fabiana. “Acho legal que essa peça mostre que qualquer pessoa é capaz de externar sua sexualidade. Todo ser humano é sexual e os gordinhos não ficam de fora”.
De bem com sua forma física – ela garante que só não se permite “ultrapassar os três dígitos na balança” – Fabiana revela que a primeira leitura do texto de LaBute a comoveu. “Nunca fui ultrajada por ser gorda, sempre tive uma vida pessoal e profissional bacana”, diz a atriz pernambucana, casada com o produtor teatral Samuel Petroti e mãe de três filhas. “Sei que o preconceito existe. Minha personagem é vítima de tanta crueldade social por estar acima do peso, que não tinha como eu não me identificar de com aquele tipo de sofrimento”.
Pouco acostumada aos papéis dramáticos – ela ganhou fama graças à Doutora Lorca, a nutricionista comilona que interpreta no humorístico “Zorra total” – Fabiana diz que quase teve de amarrar os braços para interpretar a Helena de “Gorda”.
“Por mais que a personagem seja solar e graciosa, ela é verdadeira. Não dava para fazer aquele humor lá em cima, caricato como no ‘Zorra’”, explica. “Tive que me despir, quase amarrar os braços para diminuir o ritmo. Parecia que tinha tomado um Lexotan quando encontrei a sensualidade, o jeito de ser da Helena”.
Helena de LaBute
O primeiro contato de Fabiana com o texto de LaBute aconteceu há um ano, em Buenos Aires. A atriz estava na fila para assistir à montagem portenha de “Hairspray”, quando o anúncio do espetáculo “Gorda” lhe chamou a atenção. “Fiquei enlouquecida quando vi o cartaz da peça. Tirei foto ao lado imitando a gorda da foto!”, relembra. “Pus na cabeça que iria montá-la no Brasil, mas quando cheguei aqui, alguém já tinha comprado os direitos autorais”.
Coincidentemente, os produtores que adquiriram o texto pensaram em Fabiana como a protagonista ideal. “Estava escrito! Não nasci para ser Helena de Manoel Carlos, mas sou a Helena de LaBute”, brinca.
O argentino Daniel Veronese dirige Fabiana em cena. Ele também assina a direção da montagem original, que está em cartaz há um ano e meio em Buenos Aires. A atriz acredita que “Gorda” terá grande impacto junto ao público carioca. “No Rio, em que existe essa coisa exagerada do culto ao corpo, o preconceito contra o gordo é uma coisa escandalosa”, opina. “Senti muito olhar torto quando vim morar aqui. Até hoje tem gente que me liga oferecendo cirurgia de redução do estômago. Pode?”
Aos 33 anos, Fabiana garante que vai longe o tempo em que sonhava voltar aos 60 quilos. “Fiz um monte de dietas absurdas, até balão gástrico coloquei”, conta. “Depois dessa cirurgia, percebi que não era a magreza quem me faria feliz”.
A preocupação com o peso pode até ser coisa do passado. Mas a vaidade é grande. “Meu cabelo e minha pele são ótimos! Vou toda semana à manicure, as unhas dos meus pés estão sempre impecáveis”, conta Fabiana.
GORDA
Onde: Teatro das artes - Rua Marquês de São Vicente 52/ 2º piso, Gávea
Quando: à partir do dia 24 até 22 de novembro. Qui., sex. e sáb., às 21h30. Dom., às 20h.
Preços: R$ 60 (qui. e dom.), R$ 70 (sex.) e R$ 80 (sáb.)
DJ sem braços causa sensação em verão europeu
Francês Pascal Kleiman foi vítima da talidomida e utiliza os pés para trabalhar.
Um DJ que usa os pés - em vez da mãos - para mixar discos se tornou uma estrela da noite na Espanha e um dos destaques deste verão europeu. O francês Pascal Kleiman, radicado na Espanha há 26 anos, nasceu sem braços devido a uma malformação fetal causada pelo medicamento talidomida, ingerido por sua mãe na gravidez.
A deficiência física, no entanto, não o impediu de tentar a carreira de DJ. Como Kleiman conta no documentário espanhol Héroes, no hacen falta alas para volar ("Heróis, não é preciso asas para voar", em tradução livre), prêmio Goya ao melhor curta-metragem deste ano, "aprender a usar os pés foi uma resposta natural".
O filme ganhou mais de 30 prêmios internacionais, aumentando ainda mais a popularidade do DJ.
Persistência
Kleiman adotou a profissão em 1989, quando trancou o curso de Direito e começou a tocar para os amigos. Autodidata, descobriu que "aquilo era a única coisa que permitia uma expressão absoluta".
A partir dali passou a dar shows pela Europa, Austrália, China e Estados Unidos, e em 2009 foi eleito por publicações espanholas um dos melhores DJs locais do verão. Filho de um clarinetista de jazz, Pascal Kleiman considera um exagero ser chamado de "herói", mas admite ter feito muitos esforços para realizar seu sonho com a música. Quando criança, aprendeu a ler e escrever com o avô e compreendeu cedo que usando os pés poderia superar quase qualquer limitação.
"Meus pais me diziam que quando eu era bebê chorava quando me vestiam com este tipo de macacão que cobre os pés, porque aquilo me cortava o movimento. Meus pés sempre foram claramente minhas ferramentas de primeira necessidade", afirmou no documentário.
Por isso, declarou no filme que a persistência e a capacidade de adaptação são suas "armas secretas", e gostaria que muitos espectadores pudessem ver o documentário para acreditar em suas próprias possibilidades.
"Vivemos em uma sociedade que não está feita para nós (deficientes), portanto temos que nos adaptar a tudo. O que consegui foi me adaptando e acreditando em que tudo é possível".
O DJ que já tocou até numa discoteca em pleno deserto no Oriente Médio percorreu 88 países com a promoção do filme sobre a vida dele, do autor espanhol Ángel Loza. Com o sucesso do documentário e dos shows, a única coisa que espera é "continuar tendo uma vida normal", inclusive com seus dois filhos, que nasceram perfeitos, mas também estão aprendendo a usar os pés para atuar como DJs.
DJ sem braços causa sensação em verão europeu
Francês Pascal Kleiman foi vítima da talidomida e utiliza os pés para trabalhar.
Um DJ que usa os pés - em vez da mãos - para mixar discos se tornou uma estrela da noite na Espanha e um dos destaques deste verão europeu. O francês Pascal Kleiman, radicado na Espanha há 26 anos, nasceu sem braços devido a uma malformação fetal causada pelo medicamento talidomida, ingerido por sua mãe na gravidez.
A deficiência física, no entanto, não o impediu de tentar a carreira de DJ. Como Kleiman conta no documentário espanhol Héroes, no hacen falta alas para volar ("Heróis, não é preciso asas para voar", em tradução livre), prêmio Goya ao melhor curta-metragem deste ano, "aprender a usar os pés foi uma resposta natural".
O filme ganhou mais de 30 prêmios internacionais, aumentando ainda mais a popularidade do DJ.
Kleiman adotou a profissão em 1989, quando trancou o curso de Direito e começou a tocar para os amigos. Autodidata, descobriu que "aquilo era a única coisa que permitia uma expressão absoluta".
A partir dali passou a dar shows pela Europa, Austrália, China e Estados Unidos, e em 2009 foi eleito por publicações espanholas um dos melhores DJs locais do verão. Filho de um clarinetista de jazz, Pascal Kleiman considera um exagero ser chamado de "herói", mas admite ter feito muitos esforços para realizar seu sonho com a música. Quando criança, aprendeu a ler e escrever com o avô e compreendeu cedo que usando os pés poderia superar quase qualquer limitação.
"Meus pais me diziam que quando eu era bebê chorava quando me vestiam com este tipo de macacão que cobre os pés, porque aquilo me cortava o movimento. Meus pés sempre foram claramente minhas ferramentas de primeira necessidade", afirmou no documentário.
Por isso, declarou no filme que a persistência e a capacidade de adaptação são suas "armas secretas", e gostaria que muitos espectadores pudessem ver o documentário para acreditar em suas próprias possibilidades.
"Vivemos em uma sociedade que não está feita para nós (deficientes), portanto temos que nos adaptar a tudo. O que consegui foi me adaptando e acreditando em que tudo é possível".
O DJ que já tocou até numa discoteca em pleno deserto no Oriente Médio percorreu 88 países com a promoção do filme sobre a vida dele, do autor espanhol Ángel Loza. Com o sucesso do documentário e dos shows, a única coisa que espera é "continuar tendo uma vida normal", inclusive com seus dois filhos, que nasceram perfeitos, mas também estão aprendendo a usar os pés para atuar como DJs.
Proposta prevê que rede atenda até 25% de pacientes com convênio. Ministério Público vai questionar constitucionalidade do projeto.
O governo de São Paulo pretende destinar até 25% do atendimento nas unidades públicas de saúde do estado a pacientes com planos de saúde particulares. Para isso, enviou no final de 2008 à Assembléia Legislativa projeto de lei complementar (PCL-62/2008), por meio da deputada Maria Lucia Amary (PSDB). Aprovado em plenário, o projeto, que promove alterações na Lei Complementar nº 846, de 1998, aguarda agora a sanção do governador José Serra. A intenção do governo estadual é permitir que os hospitais estaduais gerenciados por Organizações Sociais de Saúde (OSS) possam ser reembolsados por atendimentos prestados a pacientes que tenham planos de saúde.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, entre 20% e 30% das pessoas atendidas nesses hospitais atualmente possuem convênios privados, mas a conta pelo atendimento destes pacientes vai para o SUS (Sistema Único de Saúde). Com a mudança, os hospitais poderão cobrar dos planos pelo atendimento prestado a seus clientes, até o limite de 25% do total de atendimentos. “Atualmente, parte da população procura as unidades de referência do estado, mesmo possuindo um plano de saúde que possibilita o atendimento nos hospitais particulares. A população paga a conta duas vezes. Através dos impostos e da mensalidade do plano”, explicou a deputada Maria Lúcia. A deputada negou também que o sistema de saúde público esteja sendo privatizado com as mudanças propostas. “A nossa proposta é a de apenas corrigir uma injustiça paga com o dinheiro público. E o atendimento continuará da mesma forma. O usuário do SUS não será prejudicado em absolutamente nada”, garantiu. A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), que representa as empresas que gerenciam os planos de saúde, informou ao G1, por meio de sua assessoria de imprensa, que só irá se manifestar por ocasião da sanção do governador José Serra ao projeto complementar de lei. A Promotoria de Direitos Humanos (área de saúde pública) do Ministério Público de São Paulo, por sua vez, vai questionar a constitucionalidade da lei, de acordo com o promotor Arthur Pinto Filho. Segundo ele, a mudança vai resultar em prejuízo para os usuários do SUS. “Pela lei, as OSSs vão atender 75% dos usuários do SUS e 25% de clientes com planos de saúde, em vez de atenderem os 100% do SUS como funciona atualmente. Conversando recentemente com uma senhora, ela me disse que teve de esperar seis meses por uma consulta com um ginecologista. Com a mudança, ela terá de esperar os seis meses mais um acréscimo de 25% neste tempo. Ou seja, sete meses e meio de espera”, argumentou Filho.
Demanda regional
Pelo modelo de Organizações Sociais de Saúde, que existe há 11 anos no estado, alguns hospitais estaduais de referência são gerenciados por entidades do terceiro setor, sem fins lucrativos. A Casa de Saúde Santa Marcelina, a Associação Congregação de Santa Catarina e Cruzada Bandeirante São Camilo, entre outras, são alguns dos exemplos administrados por este sistema.
Pelo projeto, entraria neste sistema a unidade hospitalar que for detentora de mais de 50% da oferta de serviços da região de inserção. “Isso significa que a unidade acaba por atender uma demanda não somente de sua cidade bem como de toda uma região. Esta, por sua vez, absorve também muitos pacientes que possuem plano de saúde. Os recursos provenientes dos planos de saúde ajudarão a manter estes hospitais que atualmente estão sobrecarregados”, explicou a deputada.
De acordo com a secretaria de saúde, os recursos oriundos do reembolso feito por planos de saúde serão revertidos em benefício do próprio hospital e dos pacientes do Sistema Único de Saúde, como já acontece no Instituto do Coração de São Paulo (Incor-SP).
Conforme a secretaria, as instituições são qualificadas por critérios técnicos, como experiência mínima de cinco anos na prestação de serviços de saúde, e escolhidas para administrar hospitais mediante convocação pública, quando são analisados os projetos apresentados por cada entidade.
Além disso, são estabelecidos metas de produção (consultas, exames, cirurgias, internações, partos) e de qualidade, como, por exemplo, controle da infecção hospitalar e redução das taxas de cesárea. Um levantamento da secretaria de saúde aponta que os hospitais gerenciados por OSS atendem 25% mais pacientes e gastam 10% a menos, proporcionalmente, na comparação com as unidades de administração direta. Do orçamento de cada OSS, 10% ficam condicionados ao cumprimento das metas de qualidade, segundo a secretaria estadual de saúde.
Prestação de contas
O sistema de OSS, no entanto, vem sendo questionado judicialmente desde a sua criação, segundo o promotor Arthur Pinto. “É um modelo experimental, que está sendo analisado ainda. E o que temos observado é que não há uma fiscalização da prestação de serviços e nem da prestação de contas. Esta prestação de contas é feita de forma ineficiente. Este é o segundo ponto que questionamos neste sistema”, afirmou.
Atualmente, há 25 hospitais estaduais sob contrato de gestão com Organizações Sociais de Saúde, que atendem usuários por intermédio do SUS, apesar destes possuírem plano de saúde. Segundo a secretaria, foram comparados 13 hospitais sob o novo modelo e outros 13 de gestão tradicional, com orçamentos, plantas e número de leitos similares.
Além disso, a emenda pretende incluir na Lei nº 846/98 a possibilidade de qualificação das fundações de apoio aos hospitais de ensino como Organização Social de Saúde, desde que tenham existência de pelo menos 10 anos ou mais. Este é mais um ponto que está sendo questionado pela Promotoria. “Esses equipamentos [unidades hospitalares] são entregues sem licitação. Não há qualquer critério objetivo”, afirmou Arthur Pinto.
Devido a isso, assim que a lei for sancionada por Serra, o Ministério Público paulista acionará o procurador geral da República para entrar com uma ação direta de controle de constitucionalidade das leis no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o promotor. “E sempre que houver um novo contrato deste tipo este será questionado na Justiça caso a caso”, finalizou Arthur Pinto.
Compra de caças ilustra corrida armamentista na América Latina, diz 'Monde'
Para jornal francês, Brasil está tentando reforçar sua posição estratégica na região.
O acordo para a compra de caças franceses pelo Brasil, anunciado na segunda-feira pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, ilustra a corrida armamentista vivida atualmente pela América Latina, diz o jornal francês Le Monde desta terça-feira.
"Sarkozy também finaliza em Brasília a venda de helicópteros de combate e a construção de quatro submarinos convencionais e um submarino nuclear - o que configura o maior contrato militar já assinado pelo Brasil", afirma o diário.
"Com isso, o Brasil está tentando reforçar sua posição estratégica na região (da América Latina) e se opor à influência americana sobre o continente sul-americano."
Em entrevista ao Le Monde, analistas ressaltam que a decisão do Brasil de procurar parceiros fora da América Latina para a obtenção de know-how de tecnologia militar pode "provocar uma corrida armamentista no continente e ser um obstáculo a uma maior cooperação com os países vizinhos no setor da defesa".
Padre do Amazonas diz que é ameaçado de morte e sai do estado
Ele teve casa invadida após atuar contra construção de porto na região. Religioso foi seguido por vários homens em Careiro da Várzea (AM).
A Diocese de Manaus transferiu, temporariamente, o padre Orlando Barbosa após o religioso supostamente ter recebido ameaças de morte e ser seguido por um grupo de homens na capital do estado e em Careiro da Várzea (AM). Segundo informações da Cúria Metropolitana de Manaus, o padre deixou o estado na quarta-feira (2) e foi levado para um local considerado seguro. O paradeiro dele não foi informado por razões de segurança.
Segundo Guilherme Cardona Grisalez, presidente do Centro de Direitos Humanos da Diocese de Manaus, o padre lutava contra a construção de um porto na região. "Estamos na região do encontro das águas dos rios Negro e Solimões. É um lugar lindo, um verdadeiro cartão-postal brasileiro. Há questões ambientais importantes a serem consideradas e que são impeditivas para o funcionamento de um porto e o aumento do tráfego de embarcações na região."
O padre Orlando Barbosa teve sua casa invadida em 26 de julho deste ano. Na ocasião, foram levados computados, documentos e aparelhos de celular. "Ele vinha recebendo ameaças desde que foram canceladas várias audiência públicas para discutir a construção do porto no local. Mas isso foi uma decisão da Justiça e que tinha o objetivo de mostrar à população local os prejuízos que o empreendimento pode causar à economia e ao meio ambiente", disse Grisalez.
Segundo a Arquidiocese de Manaus, a sensação de insegurança aumentou na região após a eleição do líder comunitário Isaque Dantas, membro do “Movimento SOS Encontro das Águas”, que venceu, em agosto deste ano, as eleições da Associação Comunitária do Complexo da Colônia Antonio Aleixo.
Grisalez disse que Dantas e o padre Orlando Barbosa trabalham para defender os interesses da comunidade. "Se o porto for construído, as vilas de pescadores serão extintas. Há um sítio arqueológico muito grande no local, sem falar dos prejuízos para as comunidades indígenas da região."
A arquidiocese informou, em nota, que há um processo de Tombamento do Encontro das Águas que tramita no Ministério da Cultura, que inclui a área onde se pretende construir o porto.
Rapaz finge ser mulher e é linchado por grupo de mulheres enfurecidas
Homem tinha rosto coberto com véu e dançou por mais de uma hora. Após escutar a voz masculina, as mulheres começaram a bater nele.
Um jovem indiano morreu nesta terça-feira (8) linchado por um grupo de mulheres enfurecidas após descobrirem que ele havia se fantasiado de mulher para entrar em uma festa exclusivamente feminina, informou a polícia e noticiou o jornal "Times of India".
O fato aconteceu nesta segunda-feira no povoado de Phoolpur, situado na região de Uttar (norte), quando o homem, de uns 20 anos, se vestiu de mulher para conseguir entrar em uma festa feminina para celebração do nascimento de um bebê.
"Quase 50 mulheres participavam de um baile religioso como parte das celebrações do nascimento de uma menina. O jovem, com um vestido e maquiagem, entrou na casa e se uniu às outras", disse aos meios de comunicação o subinspetor geral de polícia Chandra Prakash.
"Sua cara estava coberta com um véu e dançou durante mais de uma hora. Mas após escutar sua voz, as mulheres se deram conta que era um homem e começaram a bater nele", disse à agência indiana Ians um oficial de polícia que não quis ser nomeado.
As forças de segurança se deslocaram ao local e recuperaram o jovem, que, gravemente ferido, morreu em um hospital próximo.
"Ninguém no povoado soube identificá-lo e parece que entrou na casa para roubar. O assunto está sob investigação", disse Prakash.
Coreia do Sul prende suspeito de estuprar 125 mulheres
Ataques aconteceram entre julho de 2000 e julho de 2009. Suspeito foi detido graças a um sistema de câmeras de vigilância.
Um homem de 39 anos, suspeito de ter estuprado 125 mulheres nos últimos nove anos, foi preso em Seul, anunciou a polícia sul-coreana. Cha, que só teve o primeiro nome divulgado pela polícia, pode ter cometido 200 estupros contra 125 mulheres, já que muitas vítimas foram violentadas mais de uma vez.
Os ataques aconteceram entre julho de 2000 e julho de 2009, segundo a polícia.
O suspeito, que possivelmente atacava essencialmente mulheres jovens que moravam sozinhas, foi detido graças a um sistema de câmeras de vigilância. Ele vive em Paju, zona norte de Seul. Segundo a polícia ele é casado desde 2001 e tem uma filha.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!