OMS diz que surto de gripe suína é 'muito grave' e pode virar pandemia
Governo mexicano confirmou 20 mortes por surto da doença. Comitê de emergência da OMS se reuniu neste sábado para discutir o tema.
A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse neste sábado (25) que o surto de gripe suína detectado no México e nos Estados Unidos "é muito grave", de evolução imprevisível e deve ser "vigiado de perto".
Em entrevista coletiva, Chan disse que "um novo vírus é o responsável por estes casos" e que "a situação está evoluindo muito rapidamente".
Os surtos de gripe suína no México e nos Estados Unidos têm o potencial para causar uma pandemia mundial, mas é cedo demais para afirmar se isso vai ocorrer, disse neste sábado a chefe da Organização Mundial da Saúde. "Ela tem potencial de pandemia porque está infectanto pessoas", disse Chan.
A nova cepa de gripe - uma mistura de vírus das gripes suína, humana e aviária, que matou até 68 pessoas entre 1.004 casos suspeitos no México e infectou oito pessoas nos Estados Unidos - ainda é pouco compreendida e a situação está evoluindo rapidamente, disse Chan em uma teleconferência.Ministra Dilma faz tratamento contra câncer linfático
Médicos disseram que nódulo de 2 cm foi retirado e era o único. Tratamento quimioterápico deve durar quatro meses.
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), de 61 anos, informou neste sábado (25) que retirou um tumor de 2 cm em sua axila esquerda. Segundo seus médicos, o tumor era um linfoma, um câncer do sistema linfático (parte do sistema de defesa do organismo). Ele foi retirado para ser avaliado e, de acordo com a equipe médica, exames posteriores detectaram que ele era o único foco da doença no organismo.
Dilma deu entrevista com seus médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff e Yana Novis na tarde deste sábado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
Segundo os médicos, Dilma deve passar agora por quatro meses de quimioterapia preventiva para evitar o surgimento de novos nódulos. Para facilitar a administração dos medicamentos nesse período, ela passou por uma cirurgia de implantação de um cateter embaixo do braço direito.
Dilma Rousseff é considerada o principal nome do PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. Em 15 de abril, em entrevista à Rádio Globo, Lula disse: "Fazer minha sucessão é uma tarefa gigantesca. Todo mundo sabe que tenho intenção de fazer com que Dilma seja candidata do PT e dos partidos, mas se ela vai ganhar vai depender de cada brasileiro" .
No entanto, a ministra não quis comentar o impacto do tratamento em uma eventual campanha eleitoral no próximo ano.
Apesar da quimioterapia, Dilma afirmou que não vai reduzir nem diminuir suas atividades. "Vou manter minha atividade como ministra no mesmo ritmo. Esse tratamento não implica que eu tenha que me retrair ao deixar de comparecer à minha atividade. Acredito que até vai ser um fator para me impulsionar. Na vida, a gente enfrenta desafios. Esse é mais um desafio", disse.
"A quimioterapia é algo muito desagradável, mas como tantos homens e mulheres que enfrentam esse desafio e superam, eu tenho certeza que nesse caso que eu vou ter um processo de superação dessa doença", afirmou a ministra.
Detecção e tratamento
O nódulo foi detectado em exames de rotina feitos na ministra há cerca de 30 dias, segundo a equipe do hospital. Dilma afirmou que em nenhum momento apresentou qualquer sintoma. "Estou me sentindo muito bem até por que essa doença não tem nenhum sintoma", disse ela.
Após a detecção, o gânglio afetado foi retirado para análise laboratorial, que detectou que o nódulo era um tumor maligno em seu estágio mais inicial. Segundo a equipe médica, a ministra passou então por exames extensivos que confirmaram que aquele era o único foco da doença em seu organismo. "O único nódulo que existia foi retirado," afirmou a hematologia Yana Novis.
Dilma já passou por uma sessão de quimioterapia, mas afirmou que não sofreu com nenhum sintoma. "Os efeitos colaterais esperados são mínimos", disse Novis. Ela deve passar por novas sessões de quatro horas cada, uma vez a cada três semanas pelos próximos quatro meses, em São Paulo.
Aliados políticos, como o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, estiveram no hospital para conversar com Dilma. O vereador José Américo Dias, presidente do diretório municipal do PT em São Paulo, disse que ficou sabendo da doença da ministra pela imprensa, neste sábado. "Foi uma surpresa para mim e para muita gente do PT, mas creio que a estratégia de manter sigilo até saber da extensão da doença foi acertada", disse. Para ele, a notícia da doença não afetará em nada os planos políticos do PT.
Resultados finais confirmam Zuma como presidente da África do Sul
ANC se prepara para completar duas décadas de poder no país. Ele não conseguiu, entretanto, os dois terços dos votos que esperava.
Três dias após as eleições nacionais e provinciais, com todos os votos apurados, o futuro político da África do Sul, pelo menos pelos próximos cinco anos, está traçado. Mais uma vez, pela quarta consecutiva, o partido que no passado lutou contra o apartheid (regime de segregação que separava negros e brancos dentro da sociedade) e que atualmente coleciona denúncias de corrupção foi o escolhido para governar o país encharcado de problemas como violência, Aids, desemprego e, é claro, corrupção.
O ANC (Congresso Nacional Africano, da sigla em inglês), e o agora presidente Jacob Gedlevihlekisa Zuma, de 67 anos, reuniram 65,9% dos votos.
Criado em 1912, o ANC tinha o objetivo de lutar pela opressão do governo branco. O movimento que reunia negros de todas as áreas cresceu até, no ano de 1920, ganhar características militantes e, em 1994, finalmente, chegar ao poder na África do Sul. A pressão internacional e a luta de grupos ativistas antiapartheid, especialmente, a luta do próprio ANC, colocaram fim ao regime no ano de 1990. A transição durou quatro anos quando, oficialmente, Nelson Mandela tornou-se presidente, dando início a uma nova era para o país, governado até então pela população branca.
Na primeira eleição democrática, o partido de Mandela (como os sul-africanos costumam falar) venceu com 62,65%,, ou seja, 12.237.655 votos e 252 cadeiras no parlamento. Em 1999, no primeiro governo de Thabo Mbeki, o ANC ficou com 66,35% da preferência, 10.601.330 dos votos e 266 cadeiras. Na segunda fase do período Mbeki, o partido aumentou a sua força na Assembléia Nacional com 279 assentos, 69,69% e 10.880.915 dos votos.
Duas décadas
O partido que deu a liberdade à África do Sul rompendo com o passado racista completa 15 anos no poder. Os mandatos legitimados pelo povo e, especialmente, o que começa hoje, dão ao ANC mais cinco anos de confiança rumo às duas décadas de monopólio político no país.
Nas oito das nove províncias da África do Sul, o partido que não é mais de Mandela, mas sim de Zuma, foi maioria e por isso garante a soberania na administração nacional e nas provinciais, com exceção de Western Cape. Em Gauteng, por exemplo, capital administrativa do país onde ficam Petrória e Johanesburgo, o partido ficou com 64,7% dos votos, o DA (Aliança Democrática) com 21,27% e o COPE (Congresso do Povo) com 7,78%. Em Kwazulu-Natal, 62,9% dos votos foram para o ANC, seguido pelo IPL (Inkafa Partido da Liberdade) com 22,4%, do DA com 9,1% e do COPE com 1,29%.
‘Risco revolucionário’
Enquanto grande parte da população de eleitores comemora a vitória do líder zulu, alguns temem o que pode ser feito à democracia sul-africana. Com vitória nessas eleições, o ANC fortifica o poder garantindo o reinado de duas décadas. Zuma estará, a princípio, até 2014 na presidência totalizando 20 anos de monopólio do partido. Segundo o advogado Paul Hofman, que trabalhou na investigação do acordo de armas (no qual Zuma foi um dos principais beneficiados com subornos), o maior problema do ANC no poder não é a corrupção, mas o que o próximo presidente pode fazer com a Constituição. “Sabemos que Jacob Zuma aponta os juízes, controla todos. A Constituição é suprema. O centro do poder é a Constituição e, para mim, o maior perigo no momento é de o Zuma e o ANC, com a maioria das cadeiras, provocarem uma revolução na política”, teme o advogado, lembrando que Zuma foi absolvido de todos os processos. No início do mês, Zuma declarou em entrevista ao jornal “Mercury” que pretende rever o status do Tribunal Constitucional porque os juízes eram bem capazes de cometer erros. Essas e outras declarações assustam Hoffman. Fazendo uma comparação com o passado e com o que pode acontecer em um futuro próximo, o advogado diz que, na administração, o pior de Mbeki era centralizar o poder nas mãos de poucos e que, com Zuma, pode ser bem pior. “Ele pode quebrar a democracia”, fala.
Segundo o advogado, Zuma não será um simples líder. O carisma e a força dele dentro da cultura pode ser uma combinação perigosa. “Acredito que ele não é a pessoa ideal para ser o presidente”, completa.
Preocupação também expõe a prefeita da Cidade do Cabo Helen Zille e líder do DA, que nesta eleição, ficou com 16,66% dos votos. Há tempos, Zille afirma publicamente que teme o controle cada vez mais centralizado do ANC. Os líderes do partido (agora do Zuma), em grande parte, são businessmen espalhados por importantes companhias do país. Desta forma, eles mantêm o controle da política e da economia com eles. “O problema não é só uma nova classe que surge, uma elite negra com dinheiro, mas sim, uma classe que vai monopolizar o poder”, respondeu a prefeita da Cidade do Cabo quando, ainda em 2007, perguntada em um debate sobre o porquê de tanto barulho quando se fala em BEE (Black Economic Empowerment). A briga dela contra o BEE permanece e é uma das questões sempre abordadas pela imprensa.
Regime para todos
Vitorioso e comemorando o novo cargo, o proximo presidente da Africa do Sul disse na tarde deste sabado que durante o seu mandato fará um regime para todos, sem qualquer distinção de cor ou raça. O novo presidente governará para todos os sul-africanos, declarou a imprensa mais cedo.
Também neste sábado, Brigalia Bam, presidente da Comissão Eleitoral, elogiou o processo de votação dizendo que as eleições de 2009 correram bem expressando liberdade nas urnas. "Tenho muito orgulho em declarar que as eleições de 2009 foram justas e livres", disse.
O famoso cartunista, que recebeu o G1 em seu escritório, conta que ilustra o cenário político da África do Sul desde o regime do apartheid, porém o trabalho crítico tomou força mesmo no governo Thabo Mbeki (1999 – 2008) quando, segundo ele, a corrupção ficou fora de controle.
“Eu ouço e vejo muitos erros dentro do país. A minha grande motivação para produzir sobre os absurdos que acontecem é persistir em uma mudança”, diz Zapiro, como assina nas charges, que já repercutiram em 13 livros com desenhos de políticos de todo o mundo, além de um especial com centenas de páginas sobre a nova democracia sul-africana. Dentro do elogiado acervo de Zapiro, o próximo presidente, sem a menor dúvida, é um dos personagens principais. Charges denunciando corrupção (em especial o Acordo de Armas, que teria beneficiado Jacob Zuma com alguns milhões em propinas), estupro e a opinião em relação ao combate à Aids estão no topo das preferidas. “Ele tem uma inacreditável opinião sexual. Ele sabia que a pessoa tinha HIV, mas disse que fazer sexo sem preservativo não é problema porque ele toma uma ducha depois”, relembra chocado.
Uma ducha para evitar a Aids
Em frente aos juízes, enquanto era julgado por estupro em 2006, Zuma se defendeu e disse que fez sexo com a mulher porque ela estaria o provocando com trajes inadequados. Como ele é um exímio representante da cultura zulu cumpriu o seu papel de um homem viril e fez sexo sim com a mulher. Ele disse que o sexo foi consensual, a vítima de 31 anos e soro-positivo, contou que sofreu um estupro terrível. Questionado sobre o uso do preservativo, ele disse que não havia usado, porque para evitar o contágio ele:“toma uma ducha depois da relação sexual!” A declaração caiu como uma bomba nas organizações de combate à Aids no país que se esforçam para minimizar a epidemia que se alastra por 12% da população baixando a expectativa de vida para 51 anos.
“É desanimador saber que os que deveriam apoiar a nossa luta continuam ignorando a importância de se combater a Aids”, conta Nathan Geffen, porta-voz do TAC (Treatment Action Campaign, ONG referência no combate à doença). Ele diz que lamenta que grande parte da população acredite em soluções sem fundamento e que os políticos ainda sejam um mau exemplo. “Se o presidente fala uma coisa dessas, como fica o nosso trabalho de conscientização?”, completa Nathan.
Ataques
As declarações que chocaram o TAC e gente de toda a parte deram uma boa ideia para o trabalho de Zapiro que a partir daquele dia passou a acrescentar um chuveiro na cabeça de Zuma sempre que o político é mencionado. “O primeiro ‘Zuma shower’ que eu fiz foi em 2006, depois dessa pérola. É uma forma de criticar e de não ser conivente com esses absurdos”, fala o cartunista processado pelo futuro presidente. “Ele disse que ia me processar em 15 milhões de rands por eu manchar a reputação dele. Ficou tão furioso que dizia isso em entrevistas e para toda imprensa. Falava que eu o chamava de corrupto e estuprador”, diz o cartunista.
A charge que mais irritou o futuro presidente e todo o CNA foi, quando em setembro de 2008, Zapiro desenhou Zuma se preparando para estuprar uma mulher de olhos vendados segurada por representantes do partido. Sobre esse trabalho que gerou muita polêmica em toda África do Sul, Zapiro diz que a mulher, na verdade, era a Justiça que havia absolvido o próximo presidente de uma das acusações de corrupção no ano passado.
“Ele disse que eu estava o acusando de estuprar uma mulher branca e ridicularizando o partido”, conta o cartunista que até hoje diz não entender que diferença fazia a cor da mulher. “O que estava implícito na charge era o poder de Zuma, que com toda a sua influência controla os juízes, um verdadeiro estupro ao sistema”, explica.
Quanto ao processo de 15 milhões que Zuma prometeu em 2006 após a piada do chuveiro, os advogados dele baixaram para 10 e depois um pouco mais. Hoje, em 2009, há dois processos contra Zapiro movidos pelo presidente. Um de dois milhões e outro de sete milhões de rands. Ambos com a justificativa de ferir a reputação dele. Sobre a expectativa com Zuma na presidência, Zapiro acredita que os partidos de oposição vão se unir para não deixarem o CNA no controle como ele esteve desde 1994. “Espero que a oposição fique mais forte e que as pessoas não fiquem tão passivas diante das irregularidades”, finaliza Zapiro.
Irmão diz que brasileira pretendia ficar na Argentina
"Ela nunca falava mal do país, gostava muito de lá", relembra. Fernanda não tinha planos de voltar ao Brasil tão cedo, acrescenta.
A jovem Fernanda Soares Correia, de 21 anos,morta em Buenos Aires em abril, tinha planos de ficar no país. Segundo seu irmão, Adriano Correia, a irmã se dizia feliz onde morava e não iria voltar tão cedo ao país natal. “Ela terminou um curso de comissária de bordo e começou uma faculdade de veterinária”, contou. De acordo com o seu pai, Paulo Soares Correia, que é pedreiro em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, a jovem foi morta pelo namorado, que depois teria se matado. O crime teria sido passional, diz o pai. Adriano contou que a irmã trabalhou em um café em Buenos Aires, e que depois começou a fazer reportagens sobre turismo e algumas traduções. Mas não soube especificar onde ela trabalhava. Os dois trocavam mensagens pela internet regularmente, em um site de relacionamentos.
Fernanda visitou o Brasil em janeiro
A última vez que Adriano viu a irmã foi em janeiro, quando ela veio ao Brasil. “Ela nunca falava mal do país, gostava muito de lá, ela pretendia ficar.”
Fernanda Soares Correia morreu no dia 11 de abril. Segundo o advogado argentino Carlos Jorge, amigo de Fernanda, ela foi morta pelo namorado com um tiro no lado direito da cabeça. Ele teria histórico de depressão, acrescenta Jorge. Ainda de acordo com o advogado, o namorado de Fernanda era funcionário administrativo da Mercedes Benz e já tentara o suicídio duas outras vezes. Carlos Jorge informou ainda que a polícia encontrou uma carta na qual o jovem dizia que a vida dele não era boa.
O pai de Fernanda ficou sabendo da morte de sua filha depois de uma ligação do consulado do Brasil em Buenos Aires. Amigos dela na Argentina também tentaram contato com a família para dar a notícia.
A família decidiu cremar o corpo da vítima em Buenos Aires e trazer as cinzas para o Brasil. Segundo o advogado, o traslado do corpo para o Brasil custaria cerca de 8 mil dólares.
Mas Paulo agora tenta arrumar dinheiro para conseguir viajar até Buenos Aires, transportar o corpo da filha e pagar os custos da cremação. Segundo ele, são necessários R$ 2.5 mil para a viagem e gastos no país.
Jovem queria comprar uma moto
Fernanda morreu no dia 11 de abril, mas no dia 12, como a família ainda não havia recebido notícias da morte de Fernanda, uma mensagem de seu irmão, Adriano, desejava boa Páscoa à irmã. No dia seguinte, uma outra mensagem do irmão pedia notícias à jovem: “liga urgente.” A família já sabia que algo de ruim tinha acontecido. No dia seguinte, vários amigos pediam notícias à Fernanda.
Em uma das mensagens enviadas por Fernanda para Adriano, a jovem escreveu que tinha um novo número de contato. Ela informou ainda que estava morando em um apartamento que considerava muito bom e que “tem tudo o que imagina”. A mensagem foi enviada no dia 5 de agosto do ano passado. Segundo o advogado Carlos Jorge, foi nesse período que Fernanda foi morar com o namorado argentino. O pai contou que a filha foi morar fora há dois anos. Primeiro, ela teria alugado um apartamento com três amigos. Depois, teria conhecido o namorado e foi morar com ele. O advogado da família afirmou que os dois se conheceram pela internet. A jovem contou ao irmão em julho que estava trabalhando no Café Havana naquele mês, mas que tinha outro emprego em vista e que o trabalho estava “muito puxado”, tendo que trabalhar de segunda a sábado. Ela tinha planos de fazer uma entrevista para trabalhar na companhia aérea Lan Chile. Fernanda também planejava comprar uma moto. Em outubro chegou a conversar com o irmão sobre a possibilidade. “Creio que vou comprar uma moto, mas não fala nada pro meu pai não, não tenho muita certeza. aki (Aqui) é dificil conduzir, estou vendo ainda...”
Saiba como funciona o exame americano no qual o novo Enem se baseia
Nacional, o SAT é cobrado pela maioria das universidades dos EUA. MEC propõe que vestibular das federais seja unificado pelo Enem.
Aos 17 anos, Marcos Henrique Tavares Rosa, passou por um estresse diferente do enfrentado pela maioria dos estudantes de sua idade. Em vez de prestar vestibular, focou seus estudos em matemática e inglês e fez duas provas, que usou para tentar vaga em seis universidades americanas.
A primeira delas foi o SAT Reasoning Test (teste de raciocínio, numa tradução livre), exame americano nacional que é aplicado também no exterior. A prova tem questões objetivas e discursivas de matemática e de interpretação de textos, além de uma redação, com o objetivo de avaliar o pensamento crítico do candidato.
O SAT é usado pela maioria das universidades dos Estados Unidos como um dos critérios para o ingresso de estudantes e serve de inspiração para o Ministério da Educação (MEC) elaborar o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e propor o vestibular unificado das universidades federais. Como têm autonomia, a adesão depende das próprias universidades. Algumas já se manifestaram, mas boa parte deve ter uma definição até o fim de abril ou início de maio.
O objetivo do MEC com a nova prova é avaliar as habilidades dos candidatos, mas com um conteúdo mais aprofundado. Serão 200 questões, divididas em quatro grandes eixos (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), e uma redação.
SAT
Existente desde a década de 40, o SAT é aplicado sete vezes ao ano nos EUA e seis vezes no exterior por uma instituição chamada College Board . No início, SAT era a abreviação para Scholastic Aptitude Test (ou teste de aptidão acadêmica). A partir da década de 90, passou a ser chamado de SAT Reasoning Test ou, simplesmente, SAT 1).
“Na verdade, a exigência do SAT é uma parte do processo de seleção para o ingresso nas faculdades”, afirma Thais Burmeister Pires, coordenadora do Centro de EducaçãoEducationUSA da Alumni, que é o centro oficial do governo americano para orientação de estudo nos EUA. “São avaliados também o histório escolar do aluno, o envolvimento em atividades voluntários e cartas de referência de professores”, explica.
Além do SAT 1, algumas universidades também pedem o SAT Subject Test, conhecido por SAT 2, em que o candidato escolhe duas ou três matérias específicas.
Foi o caso do estudante Marcos, que também fez essa prova. “Como eu queria engenharia, fiz provas de matemática e espanhol”, conta. “Foi menos puxado do que fazer vestibular, mas fiquei muito ansioso até receber uma resposta das instituições.” Ele foi aceito em três e escolheu estudar engenharia na Universidade de Michigan, onde começa em agosto.
Há um outro exame nacional nos Estados Unidos que também é aceito pelas universidades, o ACT , mas o seu conteúdo é mais focado em conceitos teóricos do que o SAT.
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