Moradores de favelas viram fotógrafos e lançam livro
'Viva favela' reúne 50 fotos do cotidiano de diferentes favelas. Fotografias foram expostas em galerias de Nova York.
Ao longo de oito anos, sete moradores de favelas do Rio, Niterói, na Região Metropolitana, e da Baixada Fluminense, clicaram mais de 50 mil fotos das comunidades carentes em que vivem e que frequentam. O resultado do trabalho desses correspondentes comunitários, gente que foi capacitado pela ONG Viva Rio para atuar como fotógrafos e jornalistas, é o livro “Viva Favela”.
Com cerca de 50 fotografias de Deise Lane, Kita Pedroza, Nando Dias, Rodrigues Moura, Sandra Delgado, Tony Barros e Walter Mesquita, o livro revela as alegrias, dificuldades e o lazer dos moradores das favelas como a Rocinha, Mangueira, Morro do Alemão, Santa Marta, Cidade de Deus, entre outras.
As imagens fizeram sucesso nos Estados Unidos e encantaram o professor Peter Lucas, membro da New York University e da The New School University, que fez um texto para o livro.
"Em 2005, o Viva Favela ganhou o prestigiado prêmio de estímulo à fotografia documental concendido pelo Open Society Institute, em Nova York, numa competição acirrada entre projetos de fotografia documental acerca dos direitos humanos originários de diversas partes do mundo", escreve.
Sem clichês
De acordo com Rubem César Fernandes, diretor executivo da ONG Viva Rio e um dos criadores do Viva Favela, o projeto tem como objetivo mostrar um olhar não estereotipado da vida nas comunidades cariocas.
“Morro e asfalto se estranham em nossos dias, mas os fotógrafos rompem o medo e nos oferecem uma intimidade que faz bem ao olhar. Transformam as circunstâncias pobres e violentas da favela num ambiente que dá gosto de frequentar. Mostram que, para além dos nobres princípios que embalam o bom trabalho existe o sentimento indispensável de amor e prazer pela vida que vibra lá fora, do outro lado da cerca que nos protege” argumenta Rubem César Fernandes.
Banho na laje, funk e futebol
O tradicional banho na laje, as coreografias embaladas pelo funk e o fanatismo pelo futebol são uma das marcas registradas da coletânea. O livro “Viva Favela” será lançado na terça-feira (31), na livraria Folha Seca, na Rua do Ouvidor nº 37, no Centro, às 18h30.
O evento de lançamento da coletânea terá apresentações de hip hop e de dança de rua, com o grupo Gang de Break Consciente, da Rocinha, desfile de modelos do projeto Lente dos Sonhos, da Cidade de Deus e exposição de fotos premiadas no Open Society Institute Documentary Photography Distribution Grant, tíitulo conquistado pelo Viva Favela no Estados Unidos, em 2005 .
Outras fotos do acervo dos correspondentes comunitários estão no site www.vivafavela.com.br
Casa da Ciência da UFRJ mostra mosquito da dengue de perto
Exposições 'Vias do Coração' e 'Dengue' começam na quinta (2). São esperados 10 mil visitantes até o dia 26 de abril.
Todo o ciclo da vida do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, acompanhado por microscópio. Essa é uma das atrações da exposição "Dengue", que será inaugurada na quinta-feira (2) na Casa da Ciência da UFRJ, em Botafogo, e que terá uma outra mostra - "Vias do Coração".
Integrando o projeto Ciência Móvel – Vida e saúde para todos, as exposições são inspiradas em modelos adotados por museus internacionais de ciências, e tiveram alguns materiais cedidos pelo Museu Ciência e Indústria de Chicago. A exposição “Vias do Coração” terá jogos eletrônicos que ajudarão os visitantes a aprender sobre doenças cardiovasculares. Durante o percurso, será possível calcular quantas vezes o coração do visitante já bateu desde o seu nascimento.
Uma exposição para toda da família
A diretora de comunicação do laboratório sanofi-aventis, um dos organizadores do evento, afirma que a exposição interessa pessoas de qualquer idade. "Esperamos receber toda a família. Afinal, são exposições muito dinâmicas e informativas”, diz Maria Cristina Moscardi.
Já a exposição “Dengue” traz muitas curiosidades, como as fases do ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti. “Pensando na situação atual do Rio de Janeiro em relação a dengue, criamos oficinas para que os jovens aprendam sobre essa doença. A intenção é que a criança leve informações pra casa, trazendo consequências positivas”, afirma José Ribamar Ferreira, coordenador do Projeto Ciência Móvel. Em setembro de 2008, as exposições estiveram em São Paulo, na Estação Ciência da USP, e receberam em média mil visitantes por dia. “No Rio esperamos receber 10 mil pessoas durante a exposição”, afirma Maria Cristina.
Serviço:
Casa da Ciência da UFRJ - Rua Lauro Muller, n° 3, Botafogo.
Horário de funcionamento: terça a sexta - das 9 às 20 h
Sábados, domingos e feriados - das 10 às 20 h
Entrada franca, de 2 a 26 de abril.
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Morador de Niterói sofre com morcegos dentro de casa
Animais estão trancados em um quarto da residência. Veterinária diz para ele não tentar capturá-los por conta própria.
Diniz Alves Fernandes, morador de Barreto, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, afirma que há mais de 50 morcegos em um quarto da sua casa. Como ele não conseguiu tirá-los de lá, simplesmente fechou a porta.
Ele conta que o problema começou há seis anos. Naquela época, havia apenas um casal de morcegos na casa. Diniz Alves foi morar em Minas Gerais. Ao voltar, se deparou com a grande quantidade de animais no quarto. A veterinária Sabrina Toledo, do zoológico de Niterói, orienta o morador: “O importante é que ele não tente capturá-los por conta própria ou os morcegos vão atacá-lo e mordê-lo. Morcego, como qualquer mamífero, pode transmitir raiva. Seu Diniz tem que entrar em contato com a Vigilância Sanitária para que profissionais capacitados façam a captura, com segurança”, disse ela.
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