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Ilha riscada do mapa na Barra da Tijuca vira controvérsia

Geógrafo da UFRJ critica remoção sem uma avaliação técnica.  Autoridade ambiental afirma que área não era ilha e, sim, banco de areia.

O desaparecimento de uma ilha, para uns, ou de um banco de areia, para outros, e que foi riscada ou riscado do mapa na Lagoa da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em data que ninguém sabe, ainda provoca controvérsia.

 

Se o critério for de livro escolar, que define ilha como uma porção de terra cercada de água por todos os lados, só um lado tem razão, mas o outro lado afirma: o banco de areia atrapalhava o sistema de lagoas na Baixada de Jacarepagua.  

 

O governo estadual não é muito claro sobre o caso: acredita, porém, que a ilha ou banco de areia, de aproximadamente 20 mil metros quadrados, que constava em todos os registros cartográficos oficiais do município, tenha sido dragado durante o programa de despoluição da lagoa, ocorrido na gestão da governadora Rosinha Garotinho (2003-2006).  Para o professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Elmo Amador, a intervenção foi equivocada. “Toda ilha, a rigor, foi uma coroa de areia. Se fizeram essa dragagem sem nenhum critério, sem prestar contas à sociedade, cometeram mais um atentado ambiental”, afirmou o ambientalista, que já participou de programas de despoluição da Baía de Guanabara e das lagoas da Baixada de Jacarepaguá. 

Ilha consolidada

“Aquela ilha já estava consolidada, com vegetação, formação consistente, e abrigava um ecossistema. Ou seja, tinha uma importância ecológica”, disse o professor Elmo.

 

“A dragagem é necessária, para a reposição do fluxo da lagoa e entrada da maré, mas a isso poderia ser feito sem destruir um acidente geográfico. Com esse argumento de mal necessário destroem praias, baías e matas”, acrescenta.  Segundo ainda o geógrafo, a intervenção deveria obedecer os procedimentos legais, após a elaboração de um Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (Rima), e convocação de audiências públicas para prestar contas à população. “Nada disso foi feito”, conclui. 

 

O diretor de recuperação ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Carlos Abenza, minimiza as consequências da suposta dragagem. “Era uma ilha, já que todo monte de terra cercado de água é uma ilha. Mas não era de formação rochosa, e sim um grande banco de areia que estava prejudicando o sistema lagunar, impedindo a troca hídrica e de nutrientes”, afirma.

 

De acordo com Abenza, o projeto de recuperação da lagoa foi iniciado em 2003, mas foi interrompido depois de outras avaliações técnicas e um estudo ambiental que mostravam riscos de poluição da praia da Macumba.  Depois de refeito, o projeto passou a prever a realização de abertura de um novo canal, além do desassoreamento e dragagem do sistema lagunar. A execução seria por meio de parceria com a iniciativa privada, sem ônus para o estado. 

Custo de R$ 20 milhões

O diretor do Inea afirmou também que a retirada dos resíduos e o destino final, o chamado “bota-fora”, pode custar, numa avaliação sobre o custo de remoção da suposta ilha, em torno de R$ 20 milhões. “O fundo da lagoa precisa ser tratado. Além de retirar os sedimentos, é necessário fazer um trabalho de recuperação, melhorando o leito”.  Abenza explica ainda que o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) para licenciamento será concluído em abril. As obras estão previstas para reiniciar em maio, caso consigam parcerias com a iniciativa privada.

O desaparecimento da suposta ilha foi divulgado após a comparação de duas imagens aéreas da lagoa da Tijuca, uma de 2004 e a outra de 2008.

Recurso para derrubar 'minhocão' da Rocinha será julgado nesta quarta

Processo será analisado na 13ª Câmara Cível. Prefeitura vai verificar denúncia de obra irregular na Barra da Tijuca.

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça julgará nesta quarta-feira (25) o recurso da prefeitura do Rio contra decisão do desembargador Sérgio Jerônimo Abreu da Silveira, que proibiu a demolição do prédio conhecido como "Minhocão", na Rocinha, na Zona Sul da cidade. A relatora do caso é a desembargadora Inês Trindade.

A obra, embargada desde 2007 e que já recebeu quatro autos de infração, tem dois pavimentos com 22 unidades com pouco mais de 16 metros quadrados, cada uma. A construção está sendo realizada sem licenciamento.

 

De acordo com a prefeitura, desde 1992 estão proibidas novas construções na Rocinha, que não sejam feitas pelo poder público. 

Minhocão da Muzema

Na segunda-feira (23), a prefeitura interditou um prédio de cinco andares construído sem licença na Favela da Muzema, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O primeiro andar do imóvel já estava habitado, conforme constatado por técnicos da Secretaria municipal de Urbanismo, que estiveram no local para verificar denúncias de irregularidades feitas pelo biólogo Mário Moscatelli.

 

Operação apreende 1 t de maconha e estoura laboratório na Rocinha

Ação conta com cerca de 250 homens de diversas delegacias.  Traficantes da comunidade tentam invadir a Ladeira dos Tabajaras.

Cerca de 250 agentes de diversas delegacias especializadas apreenderam na manhã desta quarta-feira (25) aproximadamente uma tonelada de maconha e estouraram um laboratório de refino de drogas na Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.  Segundo o delegado Ronaldo Oliveira, do Departamento de Polícia da Capital (DPC), o objetivo da operação é reprimir a ação de traficantes da região, que tentam desde o último sábado (21) tomar pontos de venda de drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, também na Zona Sul.  De acordo com o delegado, houve troca de tiros logo no início da ação desta manhã. No entanto, não há registro de mortos e feridos, nem de prisões.

 

A operação continua nesta manhã. 

Confrontos deixam cinco mortos

Os confrontos na Ladeira dos Tabajaras já deixaram cinco mortos desde o último sábado. Durante operações da PM na região, 19 pessoas foram presas.  Foram apreendidos duas granadas, munição de diversos calibres, uma submetralhadora e três rádios de comunicação.   

O confronto entre as facções criminosas trouxe medo para moradores de vários bairros da Zona Sul.

 

De acordo com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a ocupação na comunidade é por tempo indeterminado.

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