Atleta macaense paraolímpico é convocado para o Mundial de Basquete
Pela primeira vez na história do esporte de Macaé, um atleta paraolímpico se destaca e está sendo chamado para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Basquete em cadeiras de rodas, na cidade de Paris, na França, em julho deste ano.
Trata-se do macaense Luís Henrique, 20 anos, morador da localidade da Brasília, na Barra de Macaé. O atleta participa há mais de dois anos do projeto Paraolímpico de Basquete, promovido pela prefeitura, por meio da secretaria de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer.
O projeto da prefeitura de basquete em cadeira de rodas foi implantando no primeiro governo do prefeito Riverton Mussi, em 2006, com a finalidade de integrar o deficiente no convívio social, promover o esporte, aumentar a autoestima e, é claro, a busca de vitórias em competições oficiais. O projeto da prefeitura é voltado para pessoas com deficiência nos membros inferiores, como paraplégicos, amputados ou com seqüelas de poliomielite, e começou com 10 participantes, e hoje já tem uma equipe que disputa campeonatos regionais e o nacional. Poucas cidades do Brasil têm essa garra de tocar um projeto paraolímpico.
Convocação - A convocação se deu graças a sua superação e ao desenvolvimento junto com o time que há um ano e meio disputou o campeonato carioca e o brasileiro da terceira divisão, consagrando-se vice-campeão, em Brasília. Isso capacitou a equipe paraolímpica a disputar o campeonato brasileiro da segunda divisão que irá acontecer no mês de setembro, em Recife.
- Este ano, tivemos a grata surpresa de ver um dos nossos atletas sendo convocado para a Seleção Brasileira de Basquete em cadeira de rodas, ele que se sagrou campeão da copa latina de juniores (Sub-23), no México, classificando-se automaticamente para o campeonato mundial que será realizado na França - revelou Antônio Carlos Magalhães, o Pulga, técnico da equipe Macaense de Basquete Paraolímpica.
Segundo Pulga, que já trabalha com a equipe desde 2006, normalmente um cadeirante leva de dois a três anos para poder competir, mas a equipe macaense já tem conseguido resultados expressivos em pouco mais de um ano e meio, nesse audacioso projeto paraolímpico que começou por iniciativa do prefeito Riverton Mussi, do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência (CMPPD) e da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer. “O projeto paraolímpico, em Macaé, surgiu com a intenção de educar e dar orientação cultural às pessoas de pouca acessibilidade física, sensibilizando os portadores de necessidades especiais e ao mesmo tempo levantando sua autoestima”, disse.
Para o secretário de Esporte e Lazer, Alex Moraes, a convocação do atleta Luís Henrique é motivo de orgulho para a cidade, pois caracteriza um resgate social ao mesmo tempo em que motiva as pessoas especiais.
- O Luís Henrique é um exemplo disso, pois ao ser convocado para a seleção brasileira só nos enche de orgulho. É o maior exemplo de superação. Na equipe de cadeirante, os outros atletas já o veem como referência, destacou.
Exemplo de superação - O portador de necessidade especial Luís Henrique vem de uma família de baixo poder aquisitivo. O atleta macaense teve a perna esquerda amputada aos nove anos, por causa de um acidente no Rio Macaé, quando uma lancha o vitimou. A convocação para o Mundial Paraolímpico poderá mudar sua vida. “Estou muito feliz por poder contribuir para o esporte e tenho orgulho de ser paraolímpico macaense”, disse.
Os atletas paraolímpicos têm, em Macaé, toda a estrutura para treinar: um dos melhores ginásios do Brasil (Ginásio Municipal engenheiro Maurício Bittencourt) e um incentivo que é o bolsa-atleta. No caso de Luís Henrique, a prefeitura disponibilizou um staff técnico composto por nutricionista e um fisioterapeuta para acompanhar o mais novo atleta que se desponta no paraolímpico brasileiro.
Fonte: Esporte& Saúde
Lagoa Imboassica pode morrer em 130 anos
O alerta foi feito na tarde de ontem pelo professor do Nupem, Francisco Esteves, durante a entrega do relatório anual elaborado pelo Projeto Ecolagoas, que apresentou um diagnóstico do nível de preservação e degradação das lagoas costeiras da região.
Entre os dados mais impressionantes está a previsão do tempo de vida da Lagoa Imboassica, que pode virar um grande brejo em aproximadamente 130 anos, caso o corpo hídrico continue sendo impactado com o lançamento de esgoto, aterros em seu entorno, aberturas irregulares de barra, entre outros. “Se nada for feito com urgência, as futuras gerações não poderão usufruir dessa área. O corpo hídrico poderia viver até cinco mil anos se não sofresse tantos impactos provocados pelo crescimento desordenado da cidade”, alertou o pesquisador.
De acordo com Chico Esteves, os números foram calculados em cima dos estudos e monitoramentos realizados há cerca de 20 anos na Lagoa, que já perdeu 60%¨de sua área de alagamento e quase 10% de seu espelho d´água. O especialista destacou a preocupação com o corpo hídrico e ainda mostrou a relação do lançamento de esgoto com o efeito estufa. “Lagoas que recebem muito esgoto, como a Imboassica, acabam produzindo muito metano que é lançado na atmosfera e contribui para o efeito estufa muito mais do que o gás carbônico”, apontou Chico Esteves.
Entre outras conclusões apontadas no relatório estão as aberturas artificiais da barra de areia, provocando profundas modificações no ecossistema, como o seu assoreamento acelerado e a redução da diversidade de fauna. Chico Esteves também falou sobre a falta de sinergia entre os órgãos gestores do meio ambiente, responsáveis pela fiscalização e gerenciamento dos ecossistemas. “Como consequência, podemos exemplificar a falta de diretrizes que permitam estabelecer medidas de preservação a longo prazo para estes ambientes e normas de uso múltiplo dos benefícios e serviços que o ecossistema proporciona”, falou.
Chico Esteves ainda alertou sobre a degradação da Lagoa de Carapebus, que apesar de estar inserida no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, chega a apresentar um alto índice de contaminação por esgoto. “O despejo de esgoto e abertura artificial de barra de areia estão promovendo alterações ecológicas de grande magnitude. Tais alterações são observadas especialmente onde desagua o Canal Caxanga, que recebe grande parte do esgoto de Carapebus. Os resultados obtidos são comparáveis aos observados na Lagoa Imboassica”, informou o professor, completando que a crescente e desordenada ocupação das margens da Lagoa de Carapebus está provocando uma redução drástica no seu espelho d´água.
O relatório referente ao ano de 2008 foi elaborado por profissionais do Projeto Ecolagoas, que conta com o patrocínio da Petrobras e realiza o estudo das lagoas de Jurubatiba, Carapebus, Paulista e Imboassica. O documento foi entregue para os representantes das prefeituras de Macaé, Rio das Ostras, Quissamã e Carapebus durante encontro no auditório do Nupem. "Esperamos que esse documento sirva como subsídio para aplicar no gerenciamento das lagoas onde cada município está trabalhando", orientou Chico Esteves.
CPI da Alerj garante presença de Aziz
O mistério aumentou durante a tarde de ontem. A tendência era de que o ex-subsecretário de Políticas Pedagógicas e ex-presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Jorge Aziz, não comparecesse ao encontro com deputados na Assembleia Legislativa (Alerj), nesta quinta-feira.
Isso porque durante duas semanas, com idas-e-vindas ao município, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga prestação de contas de cidades fluminenses ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) não havia conseguido notificá-lo e confirmado sua presença para depoimento. Porém, o rumo da história se alterou.
“Todos eles virão, tenho certeza que eles terão bom senso e vão comparecer”, garante a deputada estadual e presidente da comissão, Cidinha Campos (PDT). Nestes “eles” ao qual a parlamentar se refere, estão também os ex-prefeitos de Carapebus Eduardo Cordeiro e Rubem Vicente além de Jorge Aziz - que era dúvida até então. Cidinha não abre o jogo e deixa sem mais esclarecimentos sobre os motivos de sua certeza sobre o comparecimento do ex-secretário de Desenvolvimento Local de Macaé diante da CPI do TCE. Mas repete: “Eles virão.”
O coro também é entoado pelo vice-presidente da comissão, Marcelo Freixo (PSol). O parlamentar também garante a presença de Aziz para esclarecer o contrato firmado por ele com a empresa SIM - principal investigada pela compra de votos de conselheiros do TCE por parte de Prefeituras fluminenses - quando estava à frente da Funemac. “Ele é obrigado a vir, independente de querer ou não”, expõe Freixo. “A CPI tem esse poder”, completa o deputado, lembrando que se necessário a Alerj pode acionar força policial para encontrar os convocados.
Outro depoimento esperado para quinta-feira, a partir da 10 horas, é de Eduardo Cordeiro e Rubem Vicente. Segundo Freixo, Carapebus é “o município chave” para as investigações. “Foi onde a Polícia Federal mais investigou e tem mais informações”, lembra o parlamentar. “Se tornou uma cidade decisiva”, finaliza ele.
Defesa Civil alerta para fortes chuvas
A equipe da Defesa Civil municipal emitiu no final da tarde de ontem um comunicado de alerta para a possibilidade de chuvas fortes previstas para atingir Macaé entre a noite de ontem e a madrugada de hoje.
De acordo com as autoridades, o risco é do registro de situações emergenciais como alagamentos, deslizamentos de encostas e até barreiras. A orientação é para que a população fique atenta aos imprevistos.
O comunicado, encaminhado pela coordenadoria extraordinária da Defesa Civil, apontou também a possibilidade de tempestades com raio e ventos fortes. Em caso de emergência, a população deve ligar para o Disque-Emergência - 199 para acionar as equipes de agentes que estarão de prontidão 24h para atuar em qualquer emergência.
O alerta foi baseado em informações obtidas pelas autoridades através do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Sistema de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro (SIMERJ) e Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC).
Os primeiro sinais da mudança do tempo foram registrados no final da tarde da última segunda-feira, quando os macaenses foram surpreendidos pela chuva que começou a cair no final da tarde. A tempestade persistiu até o início da manhã de ontem. No entanto, nenhum problema foi registrado na cidade.
De acordo com a previsão do Clima Tempo, o tempo permanecerá chuvoso durante todo o dia de hoje. Já até a próxima sexta-feira, a expectativa é que as tempestades sejam registradas no final do dia.
Reunião sobre greve segue hoje
Foi uma tarde intensa entre a Federação Única dos Petroleiros e outros representantes da classe junto à direção da Petrobras. Uma reunião, que começou por volta das 16 horas, discutia as reivindicações dos profissionais diante da greve nacional - que teve início à meia-noite de segunda-feira.
Em pauta, assuntos relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores e também o pagamento e a quantia a ser repassada aos funcionários pela participação nos lucros. Foram cerca de três horas de negociação - aponta daqui, critica dali. Porém, após muita discussão, e pelo avançado da hora, o encontro foi interrompido e prossegue hoje, assim como a greve. Desta forma, segue o planejado pelos petroleiros: manter o movimento até sexta-feira, com uma assembléia neste quinto dia para decidir os rumos da paralisação.
Durante o final da tarde de ontem, ainda sem saber o resultado da mesa-redonda entre gerentes da Petrobras e representante dos petroleiros, o auditório do Sindipetro-NF foi palco para mais uma reunião. Durante o encontro, os profissionais comentavam a situação da greve e passavam informes sobre o andamento da paralisação em diferentes setores da companhia. Na segunda-feira, depois da tensa madrugada vivida pela Bacia de Campos durante o início da greve, uma reunião semelhante também foi feita - com os grevistas de plataformas, que tentaram tomar o controle das embarcações, dando seus relatos.
“As plataformas que ficam sob o controle da equipe de contingência estão em perigo, é um risco de vida não só aos próprios funcionários da equipe de contingência mas também para todos que estão no local”, alerta um dos diretores do Sindipetro-NF, Valdick de Oliveira. Segundo ele, muitos não têm a experiência que teriam os petroleiros. “Isso comprova o que viemos dizendo: a irresponsabilidade da política de SMS da companhia é muito grande”, completa o sindicalista. Ele até relata um caso que aconteceu durante o dia de ontem.
Segundo Valdick, um bote de resgate ficou suspenso em uma plataforma na Bacia de Campos. Trata-se da P-48, um navio FPSO. “O bote parou na metade do caminho, não sobe e nem desce”, conta ele. Isso, de acordo com Valdick, viria pela inexperiência da equipe de contingência que comanda a plataforma. “Na greve, a Petrobras tem que justificar para a Marinha que as plataformas estão seguras, então contratam empresas prediais, sem qualquer experiência na situação”, acusa o sindicalista.
Ainda na noite da última segunda-feira, primeiro dia de greve, a Petrobras publicou uma nota garantindo que ao longo do dia o “diálogo com o movimento sindical” foi mantido. A estatal também rechaçava qualquer risco de abastecimento e repetia que a operação de todas as unidades foi mantida desde o início do movimento. Nas unidades onde não houve troca de turno, as equipes de contingência foram acionadas e assumiram a operações. O comunicado ainda afirma que, na Bacia de Campos, das 40 plataformas, 28 não aderiram ao movimento e que as demais operavam com equipes de contingência. Em nenhum momento, ainda de acordo com a companhia, houve parada de produção na P34 e na PPR1, que operam normalmente.
Dos 47 terminais, responsáveis pelo escoamento da produção e entrega dos produtos, 25 não aderiram à greve. Toda a produção foi escoada e entregue. Nas 11 refinarias, a produção de derivados não foi afetada. Algumas delas aderiram parcialmente à greve e operam com equipes próprias ou com equipes de contingência. As quatro unidades industriais (incluindo a Unidade de Produção de Xisto, Fábricas de Fertilizantes e Lubrificantes) não tiveram sua produção afetada.
Fonte: O Debate
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