Analista Pedro Venceslau, no Agora CNN, trouxe as informações de que Mendonça Filho planeja apresentar mudanças substanciais, incluindo fim da progressão de regime para integrantes de facções
O relator da PEC da Segurança na
Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, pretende incluir mudanças significativas
no texto original, incluindo a prisão após condenação em segunda instância para
crimes graves. A proposta de votação está prevista para 4 de dezembro, após
conversas com Hugo Motta. Informações são de Pedro Venceslau no Agora CNN.
Entre as principais alterações previstas está o fim da
progressão de regime para integrantes de facções criminosas, medida que se soma
ao conjunto de propostas em discussão no contexto da segurança pública
nacional.
Mudanças no Conselho Nacional
Outra alteração importante diz
respeito ao Conselho Nacional de Segurança Pública. "O relator me diz que
não tem nada contra a criação deste Conselho, desde que ele seja apenas
consultivo, e não um que tenha o poder de deliberar sobre as ações nos
estados", explica o analista de Política da CNN. "Isto porque os
estados ficariam em minoria, ainda que tenha uma representação da sociedade
civil". Seria consultivo, sem o poder de fazer resoluções.
Um exemplo prático das
implicações dessa mudança envolve o uso de câmeras corporais por policiais. Atualmente, o Ministério da
Justiça e Segurança Pública orienta pelo modelo de gravação ininterrupta, onde
o policial não pode desligar o equipamento. No entanto, os estados podem
aceitar ou não. A maioria prefere o modelo que permite ligar e desligar,
argumentando a preservação da privacidade dos agentes.
A discussão sobre a PEC da
Segurança ocorre em um momento em que 33 projetos de lei relacionados à
segurança pública tramitam no Congresso Nacional. Dois outros projetos compartilham
a liderança no debate: o PL Antifacção, com assinatura do Palácio do Planalto, e
o PL do Terrorismo, apresentada por Guilherme Derrite.
"O curioso é que se o
projeto de Derrite é aprovado, classificando as organizações criminosas como
terroristas, quem irá combater o CV e o PCC não será a Polícia Civil ou Militar
dos estados, e sim a Polífica Federal, o que é tudo que os governadores não
querem", avalia Venceslau.
CNN

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