Felipe Santa Cruz já havia acionado o STF por declarações de Bolsonaro sobre o desaparecimento do pai do ex-titular da OAB na ditadura
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe
Santa Cruz publicou em sua conta do X [antigo Twitter] que, “no seu
mundo ideal, a pena de morte para traição aos cânones democráticos seria pena
de morte com bala na nuca”. A frase foi publicada em resposta a um internauta
que questionou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) na
segunda-feira (4/8).
Na postagem que deu origem à
troca de mensagens, Santa Cruz escreveu: “Hoje [o dia da prisão de Bolsonaro] é
um dia de festa! Esse merda [referindo-se a Jair Bolsonaro] que matou tantos na
pandemia está preso. Que os mortos o assombrem”.
Felipe Santa Cruz e Jair
Bolsonaro já haviam protagonizado embates anteriores. Em 2019, enquanto era
presidente da OAB, Santa Cruz acionou o Supremo Tribunal Federal após
declarações de Bolsonaro sobre o desaparecimento de seu pai, Fernando Augusto
de Santa Cruz Oliveira, durante a ditadura militar.
À época, Bolsonaro também
questionou publicamente a atuação da OAB no caso do autor da facada contra ele
em 2018, Adélio Bispo. O então presidente perguntou: “Por que a OAB impediu que
a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do
Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”.
Em seguida, sem ter sido
perguntado sobre o assunto, Bolsonaro comentou o caso do pai de Santa Cruz. “Um
dia, se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai
dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir
a verdade. Eu conto para ele”, disse na ocasião.
Após a fala, Santa Cruz pediu ao
STF que notificasse o então presidente da República para prestar
esclarecimentos sobre a declaração.
Rafaela Felicciano/Metrópoles

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