Ministro do STF ameaça decretar
prisão imediata do ex-presidente se advogados não se manifestarem em 24 horas
O ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta
segunda-feira (21) que os advogados do ex-presidente
Jair Bolsonaro se manifestem, em até 24 horas, sobre o suposto
descumprimento das medidas
cautelares impostas a ele. A decisão afirma que, caso a defesa não
preste os devidos esclarecimentos no prazo estabelecido, poderá ser decretada a
prisão imediata de Bolsonaro.
“Intimem-se os advogados
regularmente constituídos por Jair Messias Bolsonaro para, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, prestarem esclarecimentos sobre o descumprimento das
medidas cautelares impostas, sob pena de decretação imediata da prisão do réu”,
escreveu Moraes, citando o artigo 312, §1º, do Código de Processo Penal. A
determinação também foi enviada à PGR
(Procuradoria-Geral da República), para ciência do órgão.
Moraes cobrou explicações por
Bolsonaro ter falado com a imprensa nesta segunda-feira durante visita à Câmara
dos Deputados. Desde a última sexta-feira (18), o ex-presidente tem que cumprir
uma série de medidas cautelares por determinação do ministro, entre elas não
usar redes sociais.
Nesta segunda, Moraes explicou
que a proibição a redes sociais também vale para transmissões, retransmissões
ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas de Bolsonaro em
qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros.
Antes de deixar a Câmara nesta
segunda-feira, Bolsonaro fez uma rápida declaração aos jornalistas. A fala dele
foi veiculada em redes sociais. Filho do ex-presidente, o deputado Eduardo
Bolsonaro (PL-SP) compartilhou a fala (leia mais abaixo).
Ele mostrou a tornozeleira
eletrônica colocada na perna esquerda dele — outra medida cautelar — e disse
que o aparelho é um “símbolo de máxima humilhação”.
“Não roubei os cofres públicos,
não roubei recursos públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é
um símbolo da máxima humilhação desse país”, afirmou Bolsonaro a jornalistas.
“Uma pessoa inocente. É uma
covardia o que estão fazendo com um ex-presidente da república. Nós vamos
enfrentar a tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus”, prosseguiu.
Moraes citou postagem de Eduardo
Na decisão que cobrou explicações
da defesa de Bolsonaro, Moraes incluiu a publicação feita por Eduardo da
declaração do ex-presidente na Câmara.
Na postagem, o deputado critica o
ministro do STF.
“A escalada autoritária promovida
por Alexandre de Moraes acaba de atingir outro patamar. Dessa vez, a decisão
absurda de proibir meu pai de dar entrevistas (algo que nem chefes de facções
ou corruptos que hoje mandam no país sofreram) atinge não apenas o seu alvo,
mas também a imprensa, agora impedida de exercer seu ofício, e toda a
população, privada de seu direito à informação.”
A escalada autoritária promovida por Alexandre de Moraes acaba de atingir
outro patamar. Dessa vez, a decisão absurda de proibir meu pai de dar
entrevistas (algo que nem chefes de facções ou corruptos que hoje mandam no
país sofreram) atinge não apenas o seu alvo, mas também a… pic.twitter.com/Rlg7XsoXak
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷
(@BolsonaroSP) July
21, 2025

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