A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (27), a 2ª fase da Operação Libertatis, prendendo 12 pessoas e desmantelando uma máfia do cigarro que atuava no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. O contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, foragido da Justiça por outros crimes, é um dos alvos da ação.
A PF descobriu que o grupo
criminoso mantinha pessoas em condições de trabalho análogo à escravidão, além
de falsificar e comercializar cigarros com embalagens falsas, praticar tráfico
de pessoas e impor violência e terror para obrigar comerciantes a revenderem
seus produtos.
Ao todo, foram cumpridos 21
mandados de prisão preventiva, 26 mandados de busca e apreensão e 12 mandados
de medida cautelar nos dois estados. A operação também resultou no bloqueio,
sequestro e apreensão de bens avaliados em cerca de R$ 350 milhões, incluindo
imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e valores
depositados em contas bancárias.
A investigação, que durou dois
anos, teve início após a descoberta de três fábricas clandestinas de cigarros e
o resgate de trabalhadores paraguaios em condições sub-humanas na 1ª fase da
Operação Libertatis, deflagrada em março de 2023.
A PF apurou que o grupo criminoso
contava com uma célula de segurança paralela, coordenada por um policial
federal e integrada por policiais militares e bombeiros, além de um policial
rodoviário federal que escoltava cargas ilegais. A renda obtida com a venda dos
cigarros era lavada ou enviada a contas no exterior.
Os investigados poderão responder
por crimes como organização criminosa, redução a condição análoga à de escravo,
tráfico de pessoas, crime contra a saúde pública, fraude no comércio, sonegação
fiscal, crime contra a relação de consumo, falsificação de documentos, violação
de direito autoral, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Gazeta Brasil
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