Em entrevista coletiva em Tóquio, após visita de Estado ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou réu por suposta tentativa de golpe de Estado. Lula afirmou que Bolsonaro deveria “parar de chorar” e “cair na realidade”.
“É visível que o ex-presidente tentou dar um
golpe no país. É visível, com todas as provas, que ele tentou contribuir para o
meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente, para o assassinato do
ex-presidente da Justiça Eleitoral brasileira. Não adianta agora ele ficar
fazendo bravata dizendo que está sendo perseguido”, disse Lula aos jornalistas.
O presidente afirmou que a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) se baseia em “autos do processo,
depois de meses de investigação muito bem feita pela Polícia Federal e pelo MPF
[Ministério Público Federal] e com muita delação de gente importante”.
“Ele sabe o que ele fez. Não
adianta ficar pedindo anistia antes do julgamento. Isso significa estar dizendo
‘eu sou culpado’. Ele deveria se preocupar em provar que é inocente. Como não
tem como provar que é inocente, fica tentando fazer provocação com a sociedade
brasileira”, completou Lula.
Jair Bolsonaro e sete aliados
viraram réus por suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão foi tomada
pela Primeira Turma do STF, que aceitou, de forma unânime, a denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR). Todos do grupo são acusados de cinco
crimes, cujas penas, somadas, passam de 30 anos de prisão.
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Dano contra o patrimônio da União;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Agora, o STF dará início à fase
de instrução do caso, com o recolhimento de provas e de depoimentos. Ao final
desta etapa, a Corte marcará um julgamento para analisar o caso, decidindo se
os réus serão condenados ou absolvidos das acusações.
A decisão foi criticada por
Bolsonaro, que disse que as acusações são infundadas. Na declaração, o
ex-presidente voltou a falar que sua defesa não teve acesso total à delação
premiada do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e proferiu novos ataques ao
ministro Alexandre de Moraes. Para ele, a decisão do STF “deve ser pessoal”.
Gazeta Brasil
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