Jéssica Carla Moraes Rosa, de 26 anos, e o pai, José Carlos da Costa Moraes, de 55, foram executados por traficantes em casa, em Itaperuna — Foto: Reprodução redes sociais
Uma mulher também ficou ferida
durante o segundo ataque; três homens foram presos e um adolescente apreendido
durante operações conjuntas das polícias Civil e Militar.
Pai e filha foram executados
durante um dos dois ataques ligados à guerra entre facções criminosas que
deixaram cinco mortos em Itaperuna,
no Noroeste Fluminense, entre sexta-feira (5) e sábado (6).
De acordo com a Polícia Civil,
Jéssica Carla Moraes Rosa, de 26 anos, e o pai, José Carlos da Costa Moraes, de
55, foram executados por vingança, no bairro Carulas, na madrugada de sábado
(6), horas depois de três homens terem sido mortos a tiros em um primeiro
ataque, na sexta.
“Como os rivais [dois irmãos] não
foram encontrados, por não mais residirem no local, um traficante, que é o
mandante do crime, deu a ordem de execução dos familiares dos rivais",
disse o delegado Carlos Augusto Guimarães.
"As vítimas foram
obrigadas a sair de casa, colocadas de joelhos e baleadas”, completou o
delegado.
Uma mulher de 49 anos também foi
baleada, mas já teve alta do hospital. Os corpos de José Carlos e Jéssica
Carla, que, segundo a polícia, não tinham envolvimento com o tráfico, foram
enterrados na tarde deste domingo (7), no cemitério São João Batista.
Ataque anterior teria motivado
a vingança
O primeiro ataque, ainda na noite
de sexta, ocorreu na Rua Cândido Freitas Bastos, no bairro Matinada. O
comandante do 29º BPM, coronel Fabiano Souza, explicou que dois criminosos
chegaram em uma moto de cor preta, sem placa, e fizeram os disparos.
“Armado, o garupa desceu da
motocicleta, foi em direção às vítimas e atirou contra duas delas. O condutor
da moto teria disparado contra o terceiro homem”, disse o comandante.
Uma casa apontada pela polícia
como usada pelo tráfico de drogas, que havia sido alvo de mandado de busca e
apreensão, foi incendiada neste domingo (7).
Prisões em flagrante
Ainda no sábado, policiais civis
da 143ª Delegacia de Polícia, com apoio do 29º BPM, prenderam em flagrante dois
homens apontados como executores do duplo homicídio contra Jéssica Carla e o
pai, José Carlos, além da tentativa de homicídio.
Segundo a investigação, os crimes
foram ordenados de dentro da facção TCP, em represália à morte das vítimas do
triplo homicídio no bairro Matinada, cuja autoria segue sendo investigada.
O comandante do Batalhão de
Itaperuna contou ao g1 que
o principal executor das mortes da família tem 23 anotações criminais.
"O assassinato covarde de
uma família foi praticado por um dos marginais que tem 23 anotações criminais.
Ele já responde por roubo, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo
e associação para o tráfico. Nós prendemos e fazemos nosso papel como polícia
ostensiva. Um meliante como este não pode permanecer no convívio social"
disse o coronel Fabiano.
De acordo com a polícia, outros
dois suspeitos foram presos durante cumprimento de mandados em um imóvel ligado
ao tráfico no bairro Niterói, também em Itaperuna.
No local, foi constatado furto de
energia. Neste caso, um homem e um adolescente foram autuados por furto de
energia e associação para o tráfico de drogas.
Incêndio em casa alvo de
buscas
Na manhã de domingo (7), o Corpo
de Bombeiros foi acionado para combater um incêndio em uma residência na Rua
Dr. Cavalcante Sobral, bairro Niterói.
“A casa era usada por uma facção
criminosa e tinha sido alvo de nossas buscas no dia anterior. Acreditamos que o
incêndio foi provocado para destruir provas”, disse o delegado Carlos Augusto
Guimarães ao g1.
Segundo ele, o imóvel estava
abandonado e havia sido invadido por traficantes. A Defesa Civil Municipal foi
acionada para avaliar a estrutura do local, e uma perícia foi marcada para a
próxima sexta-feira (12).
A família que morava na
residência informou ao município que vai permanecer em casa de parentes até a
vistoria, já que há risco devido à fumaça, e aguarda o resultado de possíveis danos
estruturais.
A 143ª DP de Itaperuna pede para
a população apoiar com informações, que podem ser enviadas de forma anônima
pelo WhatsApp (22) 98831-8027.
Por Lili Bustilho,
Yuri Ramos, Yasmin Lima, g1 — Itaperuna

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