Produzido pela Organon, contraceptivo tem três anos de duração e eficácia comprovada de 99,95%
O Ministério da Saúde vai
incorporar o implante subdérmico de etonogestrel, produzido pela Organon, à
relação de métodos contraceptivos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (2), em reunião da Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS, que aprovou o seu uso na rede pública, e
será publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União. De acordo com a
pasta, serão distribuídos 1,8 milhão de dispositivos até 2026, sendo 500 mil
ainda neste ano.
Em janeiro, a Agência Nacional de
Saúde Suplementar já tinha tornado obrigatória a oferta de implantes
subdérmicos de etonogestrel para contracepção por planos de saúde para um
subgrupo de mulheres.
O implante subdérmico de
etonogestrel é um tipo de contraceptivo de longa duração, em forma de uma fina
haste flexível, de 4cm por 2mm de diâmetro, colocado embaixo da pele do braço
em um procedimento rápido, com anestesia local. Ele libera lentamente um
hormônio, o etonogestrel, em baixas quantidades ao longo de três anos,
prevenindo a gravidez com um mecanismo duplo de proteção, que aumenta a
densidade do fluido uterino, impedindo a entrada de espermatozoides no
útero.
Segundo o diretor médico
associado da Organon, Tiago Almeida, os implantes são métodos mais eficazes até
que a própria laqueadura de trompas. Além disso, fazem parte dos contraceptivos
conhecidos como LARCS, de longa duração.
"O Ministério da Saúde tomou
uma decisão importante para ampliar o acesso ao planejamento reprodutivo.
Estudos clínicos nos mostram que o implante de etonogestrel possui uma eficácia
de 99,95%. Isso acontece, especialmente, porque não há risco de esquecimento de
utilizá-lo, como pode ocorrer com outros métodos", explica o
executivo.
Os casos contraindicados para uso
desses implantes são os de pacientes com distúrbio tromboembólico venoso ativo;
com doença ou tumor hepático (benigno ou maligno) ou histórico familiar dessas
enfermidades; presença ou suspeita de malignidades sensíveis a esteroide
sexual; sangramento vaginal não diagnosticado; e hipersensibilidade à
substância ativa ou componentes do dispositivo.

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