Desde que assumiu o poder em agosto de 2022, Petro tem alimentado a ideia de um golpe de Estado contra ele e de um plano para assassiná-lo. REUTERS/Nathalia Angarita
Um alerta de inteligência advertiu
que a aeronave estava sendo rastreada a partir das Canárias; em cada novo
deslocamento de Gustavo Petro, serão realizadas operações de forças especiais
O avião presidencial em que
viajava na semana passada o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de
volta de Sevilha, na Espanha,
onde participou da IV Conferência Internacional da ONU, foi desviado após a
detecção de uma possível ameaça durante seu pouso em Bogotá. “Nosso presidente
da República, por ser também chefe de Governo, chefe de Estado e comandante
supremo das Forças Armadas, de alguma forma se torna um alvo militar para
diferentes ameaças”, declarou à “Caracol Radio”, nesta terça-feira (8), o
ministro da Defesa, Pedro
Sánchez.
Segundo relatos da imprensa local
ontem, o voo presidencial partiu na última quarta-feira de Sevilha e fez uma
parada programada nas Ilhas Canárias. No entanto, um alerta de inteligência
advertiu que a aeronave estava sendo rastreada a partir das Canárias, o que
levou o avião a ser redirecionado para Pereira, capital do departamento de
Risaralda, no centro-oeste do país.
Sánchez explicou hoje que seu
ministério “optou por tomar medidas de segurança em todos os sentidos” e
reforçou a segurança de Petro, tanto ao redor da Casa de Nariño, sede
presidencial, quanto em seus deslocamentos. “A segurança do presidente está
totalmente garantida”, assegurou o ministro, que insistiu que o chefe de Estado
é sempre um alvo potencial de ameaças.
Nesse contexto, Sánchez relembrou
os atentados que também sofreram os ex-presidentes Álvaro Uribe (2002-2010) e
Iván Duque (2018-2022). O titular da Defesa já havia anunciado na semana
passada que o governo aumentará as medidas de segurança em torno de Petro
devido às “ameaças latentes” contra ele. O ministro detalhou que, além do
esquema de proteção habitual que acompanha o mandatário a todo momento, novos
grupos de inteligência, vigilância e reação serão adicionados.
Em cada deslocamento do
presidente, serão realizadas operações de forças especiais, aeronaves da Força
Aeroespacial Colombiana serão enviadas e os anéis de segurança serão reforçados,
acrescentou. Essas medidas são tomadas em meio à deterioração da situação de
segurança no país, e um mês após o atentado contra o senador e aspirante à
Presidência Miguel Uribe Turbay, do partido de direita Centro Democrático, que
foi baleado e gravemente ferido em 7 de junho, durante um comício de campanha
em Bogotá, para as eleições de 2026.
Outras denúncias de possíveis
atentados
Desde que assumiu o poder em
agosto de 2022, Petro tem alimentado a ideia de um golpe de Estado contra ele e
de um plano para assassiná-lo, sem apontar ninguém em particular, por meio de
mensagens publicadas em suas redes sociais e em intervenções públicas.
Em setembro do ano passado,
assegurou que a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA),
através do embaixador do país em Bogotá, o alertou sobre um suposto plano para
assassiná-lo antes do fim de 2024 em um atentado com um caminhão carregado com
dinamite. Em março, o presidente afirmou que narcotraficantes que buscam
controlar as plantações de coca no sudoeste do país queriam matá-lo e que “já
são quatro tentativas”.
Petro também denunciou um mês
antes que narcotraficantes compraram dois mísseis para atacar seu avião devido
ao trabalho que seu governo está fazendo contra “as grandes máfias” do país.
Mesmo quando era candidato presidencial, o atual mandatário denunciou que uma
quadrilha criminosa chamada ‘La Cordillera’ pretendia cometer um atentado para
assassiná-lo.
Com informações da EFE

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