A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, responde a uma pergunta da imprensa durante a coletiva diária na sede do governo, em Washington, DC. Shawn Thew/EFE/EPA
Declaração foi feita por meio de
um comunicado lido pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt; EUA buscam
solução diplomática, mas querem evitar que o Irã desenvolva armas nucleares
O presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump,
afirmou nesta quinta-feira (19) que decidirá “nas próximas duas semanas” se o
país entrará diretamente no conflito entre Israel e Irã, que já dura sete dias. A
declaração foi feita por meio de um comunicado lido pela porta-voz da Casa Branca, Karoline
Leavitt. Segundo o texto, a decisão dependerá da possibilidade de um acordo
diplomático com o Irã: “Com base no fato de que há uma chance substancial de
negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei
minha decisão de ir ou não nas próximas duas semanas”, disse Trump.
Leavitt ressaltou que o
presidente busca uma solução diplomática, mas quer evitar que o Irã desenvolva
armas nucleares. Para isso, qualquer acordo precisaria impedir o enriquecimento
de urânio e eliminar a capacidade do país de produzir uma bomba atômica.
Segundo Trump, a república islâmica só precisaria de duas semanas para
construir a arma nuclear.
Desde sexta-feira (14), Israel e
Irã trocam ataques em diferentes frentes, o que aumentou a pressão para que os
Estados Unidos assumam papel ativo no conflito. Na quarta-feira (18), Trump
reuniu-se com o Conselho de Segurança Nacional e teria aprovado, de forma
preliminar, planos para um ataque ao Irã, segundo fontes da imprensa americana
— embora a informação ainda não tenha sido confirmada oficialmente. Em
resposta, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que qualquer
ofensiva americana terá “consequências sérias e irreparáveis”.
Especialistas apontam que uma
participação direta dos Estados Unidos no conflito se torna cada vez mais
provável por uma série de fatores. O primeiro é a aliança histórica com Israel.
Os EUA são o principal aliado militar e diplomático do governo israelense. Em
fevereiro, Trump retomou a política de “pressão máxima” sobre o Irã e já
declarou que pode recorrer à força caso fracassem as tentativas de negociação.
Outro fator é a movimentação militar americana. Os EUA enviaram caças, aviões
estratégicos e navios de guerra ao Oriente Médio.
Há também a capacidade bélica
exclusiva dos EUA contra o programa nuclear iraniano. Segundo especialistas,
apenas os Estados Unidos possuem armamento suficiente para destruir os bunkers
subterrâneos usados pelo Irã para enriquecer urânio. Isso reforça a pressão
sobre Washington para agir, sobretudo diante do alerta da Casa Branca de que o
Irã poderia produzir uma bomba nuclear em apenas duas semanas.
Com informações da AFP
.jpg)
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!